UMA ANÁLISE DO “DISQUE DENÚNCIA” NA ROMÊNIA PÓS-COMUNISTA
Autores
Cerasel Cuteanu
O autor é jornalista, PhD pela Universidade de Petrosani, Romênia.
Resumo
RESUMONo início dos anos '90 do século XX, a Romênia entrou em suafase pós-comunista, em que importou contornos, normas e construtos que,infelizmente, foram aplicados com muito desperdício, e, em última análise, demaneira ineficiente. Entre eles, o “disque denúncia” é um exemplo dos conceitosocidentais que -- como provaremos depois -- não podem ser funcionais em paísesque possuem uma dimensão cultural de essência pós-comunista. A fim de verificara hipótese, nós olhamos para o sistema universitário da Romênia, um campo que,potencialmente, é mais aberto ao novo e ao reformismo, e descobrimos que elemantém excessiva implicação política, ao lado de práticas não democráticas(escondidas sob a capa de procedimentos democráticos e maiorias tirânicas),iguais às que havia durante o comunismo, enquanto educadores competitivos sãomarginalizados. O resultado é a óbvia mediocridade do sistema, considerando queas decisões, no nível da gestão, são tomadas com base em razões políticas,anticompetitivas. Em tal sistema, “disque denunciantes” são isolados por seuscolegas de trabalho, a retaliação não é algo considerado fora do normal(considerando que tal organização é orientada por liderança), e a instituiçãopermanece “sagrada”, mas anticompetitiva. Aplicando o esquema interpretativo deHofstede, nossa conclusão é que dimensões culturais (isto é, a distância hierárquica,o individualismo e o evitar incertezas) são um fundamento para a razão depermanecermos céticos sobre a imposição de uma cultura de “disque denúncia” emum ambiente pós-comunista. Palavras-chaves: Ética aplicada, disque denúncia,Romênia, pós-comunismo, Geert Hofstede. ABSTRACTAt thebeginning of the ‘90's, Romania entered its post-communist phase, a phase thatimported Western frames, norms, and constructs, which, unfortunately, wereapplied quite loosely, and, finally, inefficiently. Among these,whistle-blowing is an example of Western concepts that -- we will further prove-- cannot be functional in countries, having a cultural dimension, of apost-communist essence. In order to verify the hypothesis, we looked at theuniversity system in Romania, a field that, potentially, is more open towardsthe new and the reformism, and discovered that it maintains the excessiveimplication of the political, as well as undemocratic practices (hidden underdemocratic procedures and tyrannical majorities), same as during communism,while competitive educators are marginalized. The result is the obviousmediocrity of the system, considering that decisions, at the level ofmanagement, are made based on anti-competitive, political reasoning. In such asystem, whistle-blowers are isolated by their coworkers, retaliation is notsomething considered out of the ordinary (considering that such an organizationis leader-oriented), and the institution remains “sacre”, but anti-competitive.Applying Hofstede's scheme of interpretation, our conclusion is that culturaldimensions (i.e. power distance, individualism, uncertainty avoidance) are anargument for the reason that we remain skeptical about the imposing of aculture of whistle-blowing in a post-communist environment. Key-wordws: applied ethics, whistle-blowing, Romania,post-communism, Geert Hofstede.
Biografia do Autor
Cerasel Cuteanu, O autor é jornalista, PhD pela Universidade de Petrosani, Romênia.