Zoneamento do Potencial de Uso Conservacionista na Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos - RS

Authors

  • José Nunes de Aquino Universidade Federal do Rio Grande do Sul, CEPSRM, Programa de Pós-graduação em Sensoriamento Remoto, Av. Bento Gonçalves 9500, Agronomia, 91509-900, Porto Alegre, RS, Brasil
  • Hugo Henrique Cardoso Salis Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Geociências, Programa de Pós-graduação em Análise e Modelagem de Sistemas Ambientais, Av. Pres. Antônio Carlos 6627, Pampulha, 31270-901, Belo Horizonte, MG, Brasil
  • Samuel Gameiro Universidade Federal do Rio Grande do Sul, CEPSRM, Programa de Pós-graduação em Sensoriamento Remoto, Av. Bento Gonçalves 9500, Agronomia, 91509-900, Porto Alegre, RS, Brasil
  • Marco Antonio de Oliveira Universidade Federal do Rio Grande do Sul, CEPSRM, Programa de Pós-graduação em Sensoriamento Remoto, Av. Bento Gonçalves 9500, Agronomia, 91509-900, Porto Alegre, RS, Brasil
  • Grazieli Rodigheri Universidade Federal do Rio Grande do Sul, CEPSRM, Programa de Pós-graduação em Sensoriamento Remoto, Av. Bento Gonçalves 9500, Agronomia, 91509-900, Porto Alegre, RS, Brasil
  • Alan Pereira da Silva Falcão Mendes Universidade Federal do Rio Grande do Sul, CEPSRM, Programa de Pós-graduação em Sensoriamento Remoto, Av. Bento Gonçalves 9500, Agronomia, 91509-900, Porto Alegre, RS, Brasil
  • Giuliana Andréia Sfredo Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Geociências, Programa de Pós-graduação em Geociências, Av. Bento Gonçalves 9500, Agronomia, 91509-900, Porto Alegre, RS, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.11137/2020_3_292_302

Keywords:

Uso do Solo, Análise Multicritério, Zoneamento Ambiental e Produtivo - ZAP

Abstract

A bacia hidrográfica do Rio dos Sinos concentra uma intensa atividade agrícola e industrial em seu território, o que ao longo dos anos tem provocado um desequilíbrio ambiental e um comprometimento dos seus recursos naturais. Entendendo a bacia como uma unidade de gestão territorial, se faz necessário o aprimoramento e a criação de ferramentas que auxiliem na gestão deste território. Neste sentido, o presente artigo tem como objetivo a aplicação de uma metodologia de zoneamento ambiental, denominada Potencial de Uso Conservacionista (PUC), com fins de estratificar o território da bacia em níveis de potencial natural de uso. Para isso, foram utilizadas bases geoespaciais de solo, litologia e declividade da região, como dados de entrada deste modelo, determinando pesos para essas variáveis, através de uma Análise Hierárquica de Processos (AHP). A partir disto, foram obtidos os níveis de PUC da bacia do Rio dos Sinos, que foram combinados com um mapa de uso e cobertura do solo da região para um diagnóstico dos níveis de conservação da área. Os resultados mostraram que na bacia predominam os níveis de potencial de uso entre “Médio” e “Alto”. A bacia apresenta certo nível de conservação em seu uso do solo no alto curso, o que combina com os níveis “Baixo” e “Muito Baixo” de PUC ali presentes. O desafio principal reside na necessidade de adequação das atividades agrícolas e indústrias no médio e baixo curso da referida bacia, onde se encontram os níveis de potencial de uso “Alto” e “Muito Alto”, a fim de promover o uso sustentável dos recursos ambientais ali presentes e a mitigação dos impactos ambientais destas atividades.

References

COMITESINOS. 2018. Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos. Caracterização da Bacia do Rio dos Sinos. Disponível em: <http://www.comitesinos.com.br/bacia-hidrografica-do-rio-dos-sinos>. Acesso em: 30 jul 2018.

Costa, A.M.; Viana, J.H.M; Evangelista, L.P.; Carvalho, D.C.; Pedras, K.C.; Horta, I.M.; Salis, H.H.C.; Rocha, M.P.P. & Sampaio, J.L.D. 2017a. Ponderação de variáveis ambientais para a determinação do Potencial de Uso Conservacionista para o estado de Minas Gerais. Geografias, 14 (1):118-134.

Costa, A.M.; Salis, H.H.C.; Viana, J.H.M; Aquino, J.N. & Rocha, M.P.P. 2017b. Zoneamento ambiental e produtivo: uso da modelagem para identificação e potencialidades e limitações no uso do solo. Informe Agropecuário, 38(300): 81-91.

CPRM. 2010. SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL. Mapa geológico do Estado do Rio Grande do Sul: [Porto Alegre]. Escala: 1:1.000.000. Programa Geologia do Brasil. Levantamento da Geodiversidade.

EMBRAPA. 1979. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de Solos (Rio de Janeiro, RJ). Súmula da 10a. Reunião Técnica de Levantamento de Solos. Rio de Janeiro, 83p.

EMBRAPA. 2013. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Agência Embrapa de Tecnologia da Informação - AGEITEC. Árvore do Conhecimento: Solos Tropicais. Disponível em: <http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/solos_tropicais/Abertura.html>. Acesso: 02 ago 2018

ESRI. 2016. Environmental Systems Research Institute. 2016. Programa de computador. ArcGIS (versão 10.5), Estados Unidos.

FEPAM. 2018. Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luís Roessler. 2018. Biblioteca Digital da FEPAM: Arquivos digitais para uso em SIG - base cartográfica digital do RS 1:250.000. Disponível em: <http://www.fepam.rs.gov.br/biblioteca/geo/bases_geo.asp>. Acesso: 28 jun 2018.

Figueiredo, J.A.S.; Drumm, E.; Rodrigues, M.A.S. & Spilki, F.R. 2010. The Rio dos Sinos watershed: an economic and social space and its interface with environmental status. Brazilian Journal of Biology, 70(4): 131-1136. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s1519-69842010000600001.

GOOGLE EARTH PRO. 2018. Disponível em: <https://www.google.com/earth/>. Acesso em: 01 ago 2018.

Hupffer, H.M.; Ashton, M.S.G. & Naime, R.A. 2012. Sustentabilidade em crise no Rio dos Sinos, RS: o sistema jurídico brasileiro e as possibilidades de turismo sustentável. Revista Brasileira de Ciências Ambientais, 26: 1-12.

MICROSOFT. 2013. Programa de computador. Excel (versão 15), Estados Unidos.

MINAS GERAIS. 2016. Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais – SEMAD e Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais – SEAPA. Metodologia para elaboração do Zoneamento Ambiental Produtivo: ZAP de sub-bacias hidrográficas. Minas Gerais.

Projeto MapBiomas. 2016 – Coleção 2 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil. Acessado em 20 jul 2018 através do link: http://mapbiomas.org

Santos, H.G.; Jacomine, P.K.T.; Anjos, L.H.C.; Oliveira, V.Á.; Lumbreras, J.F.; Coelho, M.R.; Almeida, J.A.; Cunha, T.J.F. & Oliveira, J.B. 2013. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. – 3 ed. rev. ampl. – Brasília, DF: Embrapa.

Saaty, T.L. 1991. Método de Análise Hierárquica. São Paulo, Makron Books, 367 p.

Saaty, T.L. 2000. Fundamentals of Decision Making and Priority Theory with the Analytic Hierarchy Process. RWS Publications, Pittsburg, USA.

Vanacôr, R.N. 2006. Sensoriamento remoto e geoprocessamento aplicados ao mapeamento das áreas susceptíveis a movimentos de massa na região nordeste do estado do Rio Grande do Sul. Dissertação de Mestrado em Sensoriamento Remoto, Centro Estadual de Pesquisas em Sensoriamento Remoto e Meteorologia - CEPSRM, Curso de Pós-graduação em Sensoriamento Remoto da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, RS, 132p.

USGS. 2018. United States Geological Survey. Earth Explorer. Disponível em: <https://earthexplorer.usgs.gov/>. Acesso em 26 Fev. 2018.

Published

2020-09-30

Issue

Section

Article