A resistência: uma vida

Autores

  • Diana Klinger Universidade Federal Fluminense, Niterói - RJ

DOI:

https://doi.org/10.1590/1517-106x/2018202184195

Resumo

A partir do romance de Diamela Eltit Jamais o fogo nunca (2017), o presente trabalho indaga de que maneira a narrativa literária intervém numa discussão em torno do conceito de vida, que se insere no terreno da biopolítica e que atravessa os campos do direito, da biologia, da medicina e da filosofia. No romance, a palavra “célula” que aparece repetidamente, adquirindo diversas significações, é o ponto de partida para se pensar nas complexas articulações entre o biológico e o político.

Biografia do Autor

Diana Klinger, Universidade Federal Fluminense, Niterói - RJ

Diana Klinger é professora de Teoria da Literatura da Universidade Federal Fluminense. É autora dos livros Escritas de si, escritas do outro. O retorno do autor e a virada etnográfica (7Letras, 2012) e Literatura e ética. Da forma para a força (Rocco, 2014). Pesquisadora do CNPq e Jovem Cientista do Nosso Estado, pela FAPERJ.

Referências

CZERESNIA, Dina; FERNANDES MEDINA, Daniela. A filosofia de Gilbert Simondon e a noção de relação em biologia. (2017, no prelo)

BUTLER, Judith. Quadros de Guerra: Quando a vida é passível de luto? Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015.[2009]

DELEUZE, Gilles. L'immanence: une vie. Philosophie, Paris, n.47, septembre 1995, p. 4-7.

DELEUZE, Gilles. A imanência: uma vida. Revista Educação e Realidade, n. 27, jul-dez 2002, p. 11-18.

ELTIT, Diamela. Jamais o fogo nunca. Belo Horizonte: Relicário Edições, 2017. ESPOSITO, Roberto. Tercera Persona. Política de la vida y filosofía de lo impersonal. Buenos Aires: Amorrortu, 2009.

FASSIN, Didier. Another politics of life is possible. Theory, Culture & Society 2009, v. 26, n.5, p. 44--60

FOUCAULT, Michel. As Palavras e as Coisas: Uma Arqueologia das Ciências Humanas. São Paulo: Martins Fontes, 1995.

FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 1999. FOUCAULT, Michel. Nascimento da biopolítica. São Paulo: Martins Fontes, 2008. FUKS, Julián. A Resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.

JACOB, F. A Lógica da Vida: Uma História da Hereditariedade. Rio de Janeiro, Graal. 1983.

PETRYNA, Adriana. Life exposed. Biological citizens after Chernobyl. Princeton: Princeton University Press, 2002.

ROLLEMBERG, Denise. Resistência. Memória da ocupação nazista na França e na Itália. São Paulo: Alameda, 2016.

SIMONDON, Gilbert. L'individuation à la lumière des notions de forme et d'infotmation. Grenoble: Millon, 2005.

RABINOW, Paul; ROSE, Nicolás. ftoughts on the concept of biopower today. Disponível em <http://www.urbanlab.org/articles/Rabinow%20and%20Rose- BiopowerToday03.pdf>

ROSANO, Susana. Los héroes y los muertos: sobre la violencia revolucionaria de los años setenta. Badebec, v. 5, n. 9, septiembre, 2015.

VIDAL, Paloma. A literatura como resistência no romance de Julián Fuks. Disponível em : <https://oglobo.globo.com/cultura/livros/a-literatura-como-resistencia-no- romance-de-julian-fuks-18220517#ixzz4tKwaIu9g>

Downloads

Publicado

2018-07-06

Edição

Seção

Artigos