O ESTÁGIO, A PRECARIZAÇÃO DO MUNDO DO TRABALHO E A FORMAÇÃO DOS(AS) ESTUDANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Autores

  • Renata Linhares Universidade Estadual de Goiás/Escola Superior de Educação Física e Fisioterapia
  • Hugo Leonardo Fonseca da Silva Professor Adjunto - Universidade Federal de Goiás - UFG, Goiania, GO https://orcid.org/0000-0001-7284-8893
  • Ângela Cristina Belém Mascarenhas Faculdade de Educação/Universidade Federal de Goiás
  • Sherry Max de Souza Rede Municipal de Educação de Aparecida de Goiânia/ Programa de Pós-Graduação em Psicologia (UFG)
  • Marcos Jerônimo Diás Júnior Secretaria de Educação do Estado de Goiás

Palavras-chave:

estágio supervisionado não obrigatório, mundo do trabalho, formação

Resumo

Este trabalho apresenta os resultados de pesquisa sobre o estágio supervisionado não obrigatório em nível de graduação, como expressão das relações entre a formação na universidade e a atuação no mundo do trabalho. Metodologicamente procedeu-se com pesquisa teórica associada ao levantamento e análise de dados por meio de entrevistas intensivas e questionários. Seus resultados apontam que o estágio supervisionado não obrigatório se materializa como relações de emprego precarizadas que desvirtuam a formação acadêmica e humana dos estudantes, isto é, um trabalho disforme que se efetiva como violência subliminar.

Biografia do Autor

Renata Linhares, Universidade Estadual de Goiás/Escola Superior de Educação Física e Fisioterapia

Professora da UEG/ESEFFEGO. Mestre em Educação pela UFG. Licenciada em Educação Física (UFG) e Psicologia (PUC/GO).

Hugo Leonardo Fonseca da Silva, Professor Adjunto - Universidade Federal de Goiás - UFG, Goiania, GO

Professor da Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Educação Física e Programa de Pós-Graduação em Psicologia.  Licenciado em Educação Física e Doutor em Ciências Sociais na Educação pela Unicamp.

Ângela Cristina Belém Mascarenhas, Faculdade de Educação/Universidade Federal de Goiás

Professora Aposentada da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás. Doutora em Sociologia (UNB). Socióloga (UFG).

Sherry Max de Souza, Rede Municipal de Educação de Aparecida de Goiânia/ Programa de Pós-Graduação em Psicologia (UFG)

Professor da Rede Municipal de Educação de Aparecida de Goiânia (GO), Mestrando em Psicologia (UFG), Licenciado em História (PUC/GO) e Pedagogia (UFG).

Marcos Jerônimo Diás Júnior, Secretaria de Educação do Estado de Goiás

Professor da Secretaria de Educação do Estado de Goiás, Doutor em Educação (UFG), Licenciado em Educação Física (UFG).

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Publicado

2021-08-02

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Artigos