De onde vem o “novo” Três objeções a Marcos Nobre

Autores

  • Luiz Philipe de Caux UFRN

DOI:

https://doi.org/10.35920/arf.v23i1.43443

Palavras-chave:

Teoria crítica, dialética, modernidade, Fenomenologia do Espírito, formação, Hegel

Resumo

Resumo

O artigo busca inserir a obra Como nasce o novo no contexto mais largo da produção teórica de Marcos Nobre, formulando a partir daí três objeções. A primeira delas tenta deixar à mostra uma contradição entre a ideia de uma “atualização” da Fenomenologia do espírito e o par de conceitos de “diagnóstico” e “modelo” de Nobre. A segunda contesta a ideia de uma diferença radical entre o “projeto moderno” do Hegel autor da Fenomenologia e do autor da Enciclopédia, considerando, junto do aspecto temporal da ideia de modernidade, também seu aspecto espacial. Por fim, a terceira questiona o caráter crítico da redução da ideia de fenomenologia em Nobre à ideia de uma “visada
da subjetivação da dominação” e a tentativa de desvincular “reconstrução” e “intersubjetividade”.

 

Abstract
The essay aims at inserting the book Como nasce o novo in the broader context of Marcos Nobre’s theoretical production, and then at formulating three objections. The first one tries to expose a contradiction between the idea of an “actualization” of the Phenomenology of Spirit and Nobre’s pair of concepts “diagnosis” and “model”. The second one contests the idea of a radical difference between the “project of modernity” of Hegel, the author of the Phenomenology, and Hegel, the author of the Encyclopedia, considering along the temporal aspect of the idea of
modernity also its spatial aspect. Finally, the third one puts in question the critical character of the reduction of the idea of phenomenology to the idea of a “point of view of subjectivation of domination” and the attempt to detach “reconstruction” and “intersubjectivity” from each other.

Referências

ABROMEIT, J. 2011. Max Horkheimer and the foundations of the Frankfurt School. New York:Cambridge University Press. DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9780511977039

ADORNO, Th.W. 2002. Ontologie und Dialektik (1960/61). In: Nachgelassene Schriften, IV.7.Ed. R. Tiedemann. Frankfurt a.M.: Suhrkamp.

ADORNO, Th.W. 2003. Zur Metakritik der Erkenntnistheorie. Drei Studien zu Hegel In:Gesammelte Schriften, Bd. 5). Frankfurt a.M.: Surhkamp.

ANDERS, G. 1956. Die Antiquiertheit des Menschen: Über die Seele im Zeitalter derzweiten industriellen Revolution. Munique: C.H.Beck.

ARANTES, P. 1994. Um departamento francês de ultramar: Estudos sobre a formação da cultura filosófica uspiana. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

ARANTES, P. 1996. Ressentimento da dialética: Dialética e experiência intelectual em Hegel (Antigos estudos sobre o ABC da miséria alemã). Rio de Janeiro: Paz e Terra.

DE CAUX, L.Ph. 2017. Intersubjetividade e ontologia social nas revisões da teoria do reconhecimento de Axel Honneth.Ethic@, vol. 16, númerio 1, pp. 35-62. DOI:https://doi.org/10.5007/1677-2954.2017v16n1p35

DE CAUX, L.Ph. 2018. Sobre jovens e velhos: Marcos Nobre entre Fenomenologia e Sistema. Cadernos de Filosofia Alemã, 23 (2), 121-129. DOI:https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v23i2p121-129

GRAMSCI, A. 1977. Quaderni del carcere. Volume primo. In: Quaderni 1-5. Edizione critica dell’Instituto Gramsci. Ed.: V. Gerratana. Turim: Einaudi.

HABERMAS, J. 2000. O discurso filosófico da modernidade: Doze lições. Trad. L. Repa e R. Nascimento. São Paulo: Martins Fontes.

HEGEL, G.W.F. 1986a. Phänomenologie des Geistes. In:Werke, 3. Frankfurt a.M.:Suhrkamp.

HEGEL, G.W.F. 1986b. Grundlinien der Philosophie des Rechts. In: Werke, 7. Frankfurt a.M.: Suhrkamp.

HONNETH, A. 2003. Luta por reconhecimento: A gramática moral dos conflitos sociais. Trad. L. Repa. São Paulo: Editora 34.

NEVES SILVA, E.S. 2009. Coerência em suspensão: Adorno e os modelos de pensamento. Artefilosofia, 7, 55-72.

NOBRE, M. 1998. A dialética negativa de Theodor W. Adorno: A ontologia do estado falso. São Paulo: Iluminuras.

NOBRE, M. 2001. Lukács e os limites da reificação: Um estudo sobre História e consciência de classe. São Paulo: Editora 34.

NOBRE, M. 2004. A Teoria Crítica. Rio de Janeiro: Zahar.

NOBRE, M. 2008. Introdução: Modelos de Teoria Crítica. In: NOBRE, M. (Org.). Curso livre de Teoria Crítica. Campinas: Papirus.

NOBRE, M. 2011. O filósofo municipal, a Setzung e uma nova coalisão lógico-ontológica. Novos Estudos, 90, 35-55. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-33002011000200004

NOBRE, M. 2012. Da “formação” às “redes”: Filosofia e cultura depois da modernização. Cadernos de Filosofia Alemã, 19, 13-36. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318- 9800.v0i19p13-36

NOBRE, M. 2018. Como nasce o novo: Experiência e diagnóstico de tempo na Fenomenologia do espírito de Hegel. São Paulo: Todavia.

NOBRE, M.; MARIN, I.L. 2012. Uma nova antropologia: Unidade crítica e arranjo interdisciplinar na Dialética do Esclarecimento. Cadernos de Filosofia Alemã, 20, 101-122.

DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v0i20p101-122

RITTER, J. 1977. Hegel und die französische Revolution. In: Metaphysik und Politik: Studien zu Aristoteles und Hegel. Frankfurt a.M.: Suhrkamp.

SCHWARZ, R. 1999. Sequências brasileiras: Ensaios. São Paulo: Companhia das Letras.

SCHWARZ, R. 2000. Ao vencedor as batatas: Forma literária e processo social nos inícios do romance brasileiro. São Paulo: Editora 34

Downloads

Publicado

2021-04-30