Uma leitura do prólogo do Sofista de Platão

Autores

  • Nelson de Aguiar Menezes Neto

DOI:

https://doi.org/10.17074/cpc.v1i26.7032

Resumo

O Sofista é um diálogo dramático. De modo semelhante a outros diálogos platônicos, a obra começa com a cena em ação, em discurso direto, dispensando o papel de um narrador e o uso de terceira pessoa. Provavelmente por conta de seu estilo, os passos iniciais da obra (216a a 218b) são comumente tomados como “prólogo”, sendo entendidos como uma introdução ao diálogo como um todo, cuja investigação filosófica propriamente dita se iniciaria apenas a partir do passo 218b, com a busca pela definição do sofista através do método das dicotomias. Fazendo referência às noções de “prólogo” e de “proêmio”, buscamos conferir aos passos iniciais do Sofista um sentido e uma função para além de uma mera introdução. Neles, não se apresenta apenas o projeto de enquadramento do sofista, como também se pode encontrar, de algum modo já esboçado, a sua própria definição. A proposta deste trabalho é desvencilhar-se de uma leitura en passant dos passos iniciais do Sofista, pretendendo uma interpretação que evidencie o seu caráter ao mesmo tempo literário e filosófico.

Publicado

2017-02-13

Edição

Seção

Artigos