A bastardia como elemento de construção identitária em "Le Nez qui voque" de Réjean Ducharme

Autores

  • Dayana dos Santos Ribeiro Rafael UFF - Universidade Federal Fluminense

Resumo

Réjean Ducharme escreveu Le nez qui voque em plena Revolução Tranquila. A década 1960-1970 foi pontuada por grandes mudanças nos domínios social, político, econômico e cultural. « Cette ère d'effervescence a renversé de manière pacifique l'ordre établi»1 (JEAN CHAREST), é uma época de ruptura com o passado, de modernização das instituições. A Revolução Tranquila inaugurou uma nova consciência identitária, foi um período enriquecedor para poetas, artistas, criadores e escritores. Le nez qui voque exprime esta ruptura e modernidade, ambos traduzidos pelas ideias, temas abordados e pela linguagem ducharmiana. A obra traduz a vontade de renovar as formas, de inventar, desmistificar o passado clássico francês e deste modo romper com a França. Tais ideias, reflexos da Revolução Tranquila, ajudaram os franco-canadenses originários do Quebec a se identificar como quebequenses e rejeitar « la mère patrie nourricière » e suas « traditions, normes et modèles » (BOUCHARD apud VIANNA NETO, 2012). À partir desta nova consciência coletiva « [...] l'identité de la petite collectivité francophone d'Amérique du Nord isolée dans un mer anglophone. La langue, le passé, la lutte pour la survie ont constitué des poinsts de référence communs » (MATHIEU et LACOURSIERE, 1991, p.1).

Downloads

Publicado

2016-09-19

Edição

Seção

Artigos