Brasil-China: um negócio da China ou para a China?

Autores

  • Antônio Márcio Buainain Professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas, Pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento (INCT-PPED).
  • Pedro Abel Vieira Junior Pesquisador da Embrapa Estudos e Capacitação.

Palavras-chave:

Comércio Agrícola Brasil-China, Agronegócio, Exportações Agrícolas

Resumo

O crescimento das relações comerciais entre Brasil e China nesta primeira década do Século XXI foi espetacular; configurou-se uma clara especialização assimétrica, na qual o Brasil exporta principalmente matérias primas agropecuárias e minerais e importa bens  manufaturados  de baixa e média intensidade tecnológica. O artigo sustenta que esta especialização não é, em si, ruim, pois um país da dimensão e com os recursos do Brasil deve explorar e aproveitar todas as oportunidades de geração de riqueza. Os chineses são compradores de soja, algodão, minério de ferro – produtos nos quais o Brasil é competitivo – e não de óleo de soja, têxteis e ferro. Estas exportações de cadeias produtivas importantes abrem oportunidades para a realização de bons negócios, da China, também para o Brasil, e não apenas para a China. A viabilidade destes negócios depende mais da política do que do mercado, mas só se concretizarão se a política não violentar o mercado.

Biografia do Autor

Antônio Márcio Buainain, Professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas, Pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento (INCT-PPED).

Professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas, Pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento (INCT-PPED).

Pedro Abel Vieira Junior, Pesquisador da Embrapa Estudos e Capacitação.

Pesquisador da Embrapa Estudos e Capacitação.

Referências

AMARAL, S.; CASTRO, A. B. (2011). Investimentos chineses no Brasil: uma nova fase da relação Brasil-China. Conselho Empresarial Brasil-China, 52p.

BACEN – BANCO CENTRAL DO BRASIL (2012). Trajetória do Comércio Externo com a China – 2000 a 2010. Boletim Regional do Banco Central do Brasil, p.89-92, Abril 2011. Disponível em

<http://www.bcb.gov.br/pec/boletimregional/port/2011/04/br201104b1p.pdf>. Consultado em 29 de março de 2012.

CHEUNG, Y.; QIAN, X. (2009). The Empirics of China’s outward Direct Investment. Munich: CESIFO WorkingPaper, n.2621, abril 2009.

CNA – CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO BRASIL (2011). Confederação

da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA. ABC, agricultura de baixo carbono: porque investir? Brasília: CNA, 47p.

CNI – CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA (2011). Concorrência Brasil x China em terceiros mercados. São Paulo: Observatório Brasil China, ano 4, n. 3, p.12-16, outubro de 2011.

FAOSTAT (2012). Estatísticas do setor agrícola mundial. Disponível em: <http://faostat.fao.org> Consultado em 29 de março de 2012.

HERITAGE FOUNDATION (2012). China Global Investment Tracker Interactive Map. Disponível em

<http://www.heritage.org/research/projects/china-global-investment-tracker-interactive-map

?query=china+global+investment+tracker+interactive+map>. Consultado em 29 de março de 2012.

KISSINGER, H. (2011). Sobre a China. Rio de Janeiro: Objetiva, 576 p.

MDIC – MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E COMÉRDIO (2012). Estatísticas do

comercio exterior. Disponível em <http://www.mdic.gov.br//sitio/interna/interna. php?area=5&menu=2477&refr=576>. Consultado em 29 de março de 2012.

MCCORRISTON, S; MACLAUREN, D. (2007). An assessment of the economic effects of COFCO. International Agricultural Trade Research Consortium (IATRC) on China’s Agricultural Trade: Issues and Prospects, Beijing, 8 e 9 de julho de 2007.

MIRANDA, S. H. G. ; OZAKI, V. A.; FONSECA, R.; MORTATTI, C. M. (2007). Perspectives of the

bilateral trade China-Brazil: evaluation through a gravity model approach. In: International Agricultural Trade Research Consortium. Summer Meetings, Beijing.

MORTATTI, C. (2009). Determinantes do comércio Brasil-China de commodities e produtos industriais: uma aplicação do modelo VAR. Monografia apresentada à Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ/USP) como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Econômicas. Piracicaba,97p.

OCDE ORGANIZAÇÃO PARA COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO (2012). OCDE

Data Lab. Disponível em: < http://www.oecd.org/statistics>. Consultado em 29 de março de 2012.

QUAGIO, I. (2009). Olhos abertos: a história da nova China. São Paulo: Editora Francis. 272p.

ROSALES, O. (2012). Trade competition from China. Americas Quartely, 26 de Janeiro de 2012.

ROSEN, D.H.; HANEMANN, T. (2011). An American open door? Maximizing the benefits of Chinese Foreign Direct Investment.Center on U.S.-China Relations, Asia Society, Special Report, maio de 2011. 93p.

SALIDJANOVA, N. (2011). Going out: An overview of China’s outward Foreign Direct Investment.

U.S. – China Economic & Security Review Commission, USCC Staff Research Report, março, 2011. 41p.

TENÓRIO, R. (2012). Agricultura – do subsídio à política agrícola. Desafios do Desenvolvimento, ano 8, n.68,p.36-45, 2011. United States Department of Agriculture – USDA. Production, supply and distribution online. Disponível em: <http://apps.fas.usda.gov/psdonline>. Consultado em 29 de março de 2012.

WHITE, R. A. (1984). The morass. United States Intervention in Central America. New York: Harper & Row, 319 p.

WORLD BANK. (2012). Data. Disponível em: <http://data.worldbank.org>. Consultado em 29 de março de 2012.

Downloads

Publicado

2020-02-09

Edição

Seção

Artigos