Fragmentação e convergências: a agenda da inovação da Câmara e no Senado

Autores

  • Ricardo Lopes da Luz Korb Graduação em agronegócios, Universidade de Brasília.
  • Moisés Balestro Professor do Centro de Pesquisa e Pós-Graduação sobre as Américas, Universidade de Brasília.

Palavras-chave:

Convenção, Desenvolvimento, Inovação, Parlamentares

Resumo

O propósito deste artigo é analisar em que medida houve convergências e divergências em torno da pauta de inovação. O pressuposto teórico da relevância da convergência em torno da agenda de inovação está relacionado com o conceito de convenção tal como estabelecido por Erber (2004) na relação entre inovação e a convenção de desenvolvimento. As convenções constituem um conjunto de crenças partilhadas por uma comunidade (neste caso a comunidade das elites políticas no parlamento) para estabelecer o contexto do problema, os caminhos para a solução dos problemas. A convenção constitui um dispositivo heurístico para lidar com a incerteza. As convenções se assemelham aos paradigmas de Kuhn (1971) no que diz respeito à escolha dos problemas, ao repertório de técnicas procedimentos validados na comunidade para a busca de soluções. Em termos analíticos, são levadas em conta as contribuições do institucionalismo discursivo. A análise dos discursos dos parlamentares em torno de uma agenda de inovação também permite entender melhor a formação das preferências dos atores. De acordo com as contribuições do institucionalismo centradono ator (actor-centred institutionalism), há quatro elementos que ajudam a entender a formação de preferências (Treib, 2015). O primeiro se refere aos próprios interesses institucionais das organizações ou dos partidos como crescimento, força e poder (ainda que no caso brasileiro os partidos sejam fracos e as bancadas são estruturadas em função de grupos de interesse relacionados aos processos de lobby).

Biografia do Autor

Ricardo Lopes da Luz Korb, Graduação em agronegócios, Universidade de Brasília.

Graduação em agronegócios, Universidade de Brasília. Correio: 

Moisés Balestro, Professor do Centro de Pesquisa e Pós-Graduação sobre as Américas, Universidade de Brasília.

Professor do Centro de Pesquisa e Pós-Graduação sobre as Américas, Universidade de Brasília.

Referências

CASSIOLATO, J. E. & LASTRES, H. M. Celso Furtado e os dilemas da indústria e inovação no Brasil. Cadernos do Desenvolvimento, v. 10, n. 17, p. 188-213, 2018.

LASTRES, H. M.. & CASSIOLATO, J. E. Inovação e Desenvolvimento: a força e a permanência das contribuições de Fábio Erber In: Estratégias de desenvolvimento, política industrial e inovação: ensaios emmemória de Fabio Erber. Organizadores: Dulce MONTEIRO FILHA, L. C.; DELORME PRADO, H; & M. M. LASTRES. Rio de Janeiro, BNDES, 2014.

RIBEIRO, E. & CARREIRÃO, Y. e BORBA, J. Sentimentos partidários e antipetismo: condicionantes e covariantes. Opinião Pública, v. 22, n. 3, p. 603–637, 2016.

SCHMIDT, V. A. From Historical Institutionalism to Discursive Institutionalism: Explaining Change in Comparative Political Economy. American Political Science Association Meetings, February, p. 25, 2008

KUHN, T. La estructura de las revoluciones científicas, Ciudad de México: Fondo de Cultura económica, 1971.

ERBER, F. Innovation and the development convention in Brazil. Revista Brasileira de Inovação, v. 3, n. 1, Jan-Jun., p. 35-54, 2004.

SCHMIDT, V. A. Discursive Institutionalism. In: Fischer, Frank & Gottweis, Herbert The Argumentative Turn Revisited. Durham: Duke University Press, 2012.

BRUN, G. & BETZ, G. Analysing practical argumentation In: Hanson, Sven O. et Hadorn, Gertrude H. (edit.). The Argumentative Turn in Policy Analysis: reasoning about uncertainty, Zurich, Springer International Publishing, 2016.

TREIB, O. Akteurzentrierter Institutionalismus. In: Wenzelburger, George & Zohlnhöfer, Reimut (hrsg.). Handbuch Policy-Forschung, Wiesbaden, Springer Verlag, 2015.

Downloads

Publicado

2020-02-09

Edição

Seção

Artigos