As crianças no processo migratório: Uma realidade que continua vigente

Autores

  • Karina Benavides T.
  • Daniel Llanos Erazo

DOI:

https://doi.org/10.54948/desidades.v0i25.32404

Resumo

O processo migratório tem sido uma atividade constante para o ser humano desde o início, em nível global, e as razões pelas quais se toma a decisão de migrar respondem às necessidades de sobrevivência ao longo da história. No caso latino-americano e, particularmente, no do território equatoriano, a crise econômica e a instabilidade política levaram ao crescimento do desemprego e à instabilidade social. A referida migração foi realizada em condições de ilegalidade e por meio de grandes dívidas com pessoas ou entidades ilegais, que impunham juros elevados e, portanto, tais dívidas deveriam ser pagas o mais rápido possível. Para isso, aqueles que migravam tinham de enfrentar condições de vida quase sub-humanas, com o objetivo de economizar e poder enviar as remessas necessárias para o pagamento dos seus bens. Tal situação colocou quem migrava em posição heróica dentro do círculo familiar e da sociedade como um todo, porque, devido às remessas que chegavam ao país, e à dolarização, a economia conseguiu se estabilizar em nível nacional, aumentando a circulação do dinheiro e, com isso, o acesso a bens e serviços que anos antes não estavam ao alcance da população em geral, devido aos altos custos de aquisição. Neste contexto, a ausência de pais e/ou mães estava justiicada dentro do entorno familiar, recebendo carta branca em benefício de maiores acessos econômicos e práticas sociais diferentes das práticas dos progenitores.
palavras chave: migração, jovens, família, crianças.

Referências

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Publicado

18-02-2020

Edição

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TEMAS EM DESTAQUE