Objeto Direto Anafórico como Estratégia de Referenciação: Mediação Didática para o Ensino Fundamental

Autores

  • Angela Marina Bravin dos Santos Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro / UFRRJ
  • Clea Daniele Cruz de Lima Escola Municipal João Proença

DOI:

https://doi.org/10.35520/diadorim.2017.v19n2a10182

Palavras-chave:

Estudo e uso do objeto direto anafórico, Contínuos de variação linguística, Estratégias de referenciação, Ensino Colaborativo

Resumo

Esta é uma pesquisa-ação (TRIPP, 2005) para estudo e uso do objeto direto anafórico no sétimo ano do Ensino Fundamental. No português brasileiro, essa categoria pode ser realizada por meio de clíticos, sintagmas nominais, pronomes pessoais e por uma anáfora zero, o objeto direto nulo, sendo, portanto, uma realização variável. A escola, geralmente, focaliza o estudo dos clíticos, pautando-se na memorização de nomenclaturas e em atividades descontextualizadas que não refletem o seu uso. O objetivo deste trabalho é justamente apresentar atividades didáticas que possibilitem ao aluno lidar com as quatro estratégias do objeto direto anafórico, a depender do evento linguístico em que está inserido. Trata-se de uma mediação didática com base na abordagem colaborativa de ensino/aprendizagem (BEHRENS, 2013), associada a duas abordagens linguísticas: i) a da Referenciação (KOCH, 2006; WERNECK, 2015, CAVALCANTE, 2009) e ii) a dos Contínuos (BORTONI-RICARDO, 2004, 2005), com ênfase no contínuo oralidade-letramento.

Biografia do Autor

Angela Marina Bravin dos Santos, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro / UFRRJ

Departamento de Letras e Comunicação

Clea Daniele Cruz de Lima, Escola Municipal João Proença

Professora de Língua Portuguesa da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, atuando na Escola João Proença.

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Publicado

2017-12-29

Edição

Seção

III. Para o tratamento de norma e variação no ensino de gramática