Tragédia moderna em língua portuguesa: essencialismo e historicidade
DOI:
https://doi.org/10.35520/diadorim.2025.v27n1a67585Resumo
Muitos foram os pensadores e críticos que apregoaram, em momentos históricos e contextos estéticos distintos, a morte da tragédia. A suposta incompatibilidade entre as premissas do gênero trágico e a ruína da cosmovisão mitológica e, posteriormente, a consolidação das modernas dinâmicas de sociabilidade, no entanto, foi denunciada por outros literatos como uma forma de segregação social e consolidação simbólica da opressão de classes. É objetivo deste artigo evidenciar como o debate em torno da tragédia, capitaneado por um lado por Friedrich Nietzsche e George Steiner e por outro por Raymond Williams e Terry Eagleton, oscila entre uma perspectiva essencialista, conservadora e formalista e outra que busca historicizar a forma de modo a mapear as permanências e rupturas no bojo de uma manifestação teatral tanto secular quanto perene na história das letras ocidentais. Com isso, torna-se possível identificar uma revitalização da tragédia nos séculos XX e XXI em autores lusófonos, que se valem do trágico para denunciar os paradigmas de intersubjetividade e reificação do homem no mundo moderno.
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