Vivendo o roubo: Um momento de adrenalina, deleite e performance

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17648/dilemas.v13n3.31683

Palavras-chave:

roubo, sujeição criminal, jovens autores de atos infracionais, crime, violências

Resumo

Partindo da vivência de um assalto que se desdobrou em uma pesquisa etnográfica com jovens autores de atos infracionais, o artigo reflete sobre como a experiência da transgressão é capaz de oferecer recompensas únicas ao sujeito (Katz, 1988), sensação que se intensifica para os que estão submetidos ao processo sujeição criminal (MISSE, 2010). Refletindo sobre o aspecto vivencial desses comportamentos tidos como “violentos” (RIFIOTIS, 2006) é possível perceber que um roubo pode ser, também, uma performance criativa que envolve uma série de técnicas e improvisos. Entretanto, a continuidade desse processo de elaboração de si é capaz de se aprofundar tanto no sujeito a ponto de passar a se constituir como parte fundamental do seu ritual da vida cotidiana.

Biografia do Autor

Sophia Prado, Universidade Federal Fluminense

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) da Universidade Federal Fluminense (UFF, Niterói, Brasil). É mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN, Natal, Brasil), especialista em teoria geral do crime pelo Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim, São Paulo, Brasil) e pela Universidade de Coimbra (Coimbra, Portugal), e tem graduação em direito pela UFRN.

Downloads

Publicado

2020-09-14

Edição

Seção

Dossiê Roubo, Violência e Cidade