Empatia direcionada: A representação do preso enquanto vítima na cobertura da crise penitenciária de 2017

Autores

DOI:

https://doi.org/10.4322/dilemas.v15n1.40897

Palavras-chave:

representação, imaginário social, presidiários, facções criminosas, imprensa

Resumo

Este trabalho busca problematizar as representações da população carcerária construídas pela imprensa hegemônica brasileira. A partir de um caso específico — as mortes em série de detentos em unidades prisionais no início de 2017 —, a análise se concentrará na representação do preso enquanto vítima em três jornais impressos de alcance nacional. A construção narrativa do preso-vítima aparece como o contraponto do detento dito “selvagem”. A perspectiva adotada é a de que tal distinção foi feita revalorizando semanticamente uma parte dos detentos sem, no entanto, deixar de reforçar outra representação, tão difundida quanto estigmatizante.

Biografia do Autor

Fabiano Oliveira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPCIS) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). É mestre pelo mesmo programa e graduado em comunicação social (jornalismo) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio, Brasil).

João Trajano Sento-Sé

Professor do Instituto de Ciências Sociais da Uerj e pesquisador do Laboratório de Análise da Violência (LAV) da mesma universidade. É doutor e mestre em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj, Brasil), mestre em comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ, Brasil), e tem graduação em ciências sociais e licenciatura em sociologia pela UFRJ.

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Publicado

2022-01-18

Edição

Seção

Artigos