Uma análise do feminismo para além do binarismo em “Enquanto meus pés balançam”, de JeisiEkê de Lundu

Autores

  • Elisiane Santos de Matos Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)
  • Sandra Maria Pereira do Sacramento Universidade Estadual de Santa Cruz

DOI:

https://doi.org/10.35520/flbc.2019.v11n22a24410

Palavras-chave:

gênero, binarismo, representação, heterossexualidade compulsória.

Resumo

O presente artigo trata a respeito da construção discursiva da identidade de gênero para além do binarismo, buscando entender como o constructo ideológico torna invisíveis as identidades de gênero inadequadas ao modelo ditado pela heterossexualidade compulsória do desejo. Tendo como corpus literário o poema “Enquanto meus pés balançam”, de autoria de Jeisiekê de Lundu, intenta-se compreender como a matriz cultural que torna não inteligível e, portanto, fora do campo da representação, a identidade de gênero que não decorre nem do sexo, nem do gênero.  Para tanto, utiliza-se como arcabouço teórico: Simone de Beauvoir (1980), Célia Amorós e Ana de Miguel Alvarez (2010), Judith Butler (2014), Pierre Bourdieu (2000), entre outros.

Biografia do Autor

Elisiane Santos de Matos, Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)

Mestra em Letras – Linguagens e Representações pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).

Sandra Maria Pereira do Sacramento, Universidade Estadual de Santa Cruz

Professora do Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).

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Publicado

2020-04-12

Edição

Seção

Ensaios