CRISTIANISMO PAULINO E A MORAL ESTOICA: O CASO DA APÁTHEIA

Autores

  • Ian Ferreira Bonze UFRJ

Resumo

Um tema característico da filosofia estoica é a perseverança perante as tribulações e o sofrimento, consideradas como paixões. Os estoicos, entretanto, buscavam uma vida marcada pela apátheia, isto é, a ausência de paixões. Tendo maior proeminência no século I d.C., o estoicismo se tornou a principal filosofia do Império Romano, sendo reconhecido pela sua moralidade. O Mediterrâneo antigo era, neste período, marcado por uma ampla rede de conexões que se estendeu por toda a extensão territorial, rearticulando as fronteiras internas e externas, garantindo um fluxo de bens, pessoas, credos, filosofias etc.. Imerso nesse novo sistema, o cristianismo paulino surge enquanto novo movimento filosófico-religioso, expandindo-se para além das fronteiras externas da Palestina judaica e se estabelecendo ao longo das regiões banhadas pelo mar Mediterrânico. Com base na teoria da História Comparada, desenvolvida por Marc Bloch, o objetivo desse artigo é analisar a moral presente em ambas as manifestações culturais, à luz do fenômeno de integração do século I d.C., a fim de compreender o impacto do estoicismo imperial sobre o cristianismo paulino. Tal estudo parte da análise da Carta de Paulo aos Romanos e das Cartas de Sêneca a Lucílio, tendo como foco principal a apátheia.

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Publicado

2021-03-11

Como Citar

Bonze, I. F. (2021). CRISTIANISMO PAULINO E A MORAL ESTOICA: O CASO DA APÁTHEIA. GAÎA, 10(1). Recuperado de https://revistas.ufrj.br/index.php/gaia/article/view/42217

Edição

Seção

Artigos