Norma padrão versus norma culta: o uso dos pronomes átonos de terceira pessoa O(S) e A(S) como objeto indireto no português brasileiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24206/lh.v5iespecial.25544

Palavras-chave:

Norma culta, Norma padrão, Português escrito, Pronomes oblíquos átonos, Objeto indireto.

Resumo

Nem sempre norma padrão e norma culta coincidem. Faraco (2008) propõe uma divisão entre ambas: a primeira refere-se a um conjunto de normas estipuladas e determinadas por instâncias normatizadoras, como a gramática tradicional; a segunda, por sua vez, refere-se a um conjunto de normas efetivamente usadas pelos falantes considerados cultos numa dada sociedade. No que tange ao uso dos pronomes pessoais, este texto elenca exemplos, retirados de fontes escritas que usam a norma padrão,nos quais, a despeito das regras gramaticais tradicionais, as formas “o”, “a” e suas variações encontram-se empregadas na função de objeto indireto. Se as fontes das quais os exemplos foram retirados usam corriqueiramente o português padrão e são, ao mesmo tempo, produzidas por usuários letrados do português, pode-se suspeitar que os pronomes em pauta não vêm sendo usados no português culto segundo as prescrições do padrão. Trata-se de um fenômeno digno de pesquisa linguística. Neste texto (anotações iniciais de pesquisa), pretende-se apresentar a questão e propor uma investigação sobre ela.

Biografia do Autor

Ana Paula Antunes Rocha, Universidade Federal Fluminense

Graduada e mestra em Letras pela Universidade Federal de Juiz de Fora. É doutora em Letras pela PUC-Rio. Realizou estágio pós-doutoral em Letras Vernáculas na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente é professora efetiva do Departamento de Educação do Instituto de Educação de Angra dos Reis, da Universidade Federal Fluminense.

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Publicado

2019-06-25