Elementos introdutórios para pensar sobre o Exército Industrial de Reserva no Brasil

Autores

Palavras-chave:

Exército Industrial de Reserva. Trabalho. Precarização. Brasil.

Resumo

Neste artigo, a partir de revisão de literatura, pesquisa documental e utilização de dados secundários, buscamos oferecer algumas pistas capazes de nos permitir avançar no entendimento de como as camadas do Exército Industrial de Reserva (EIR) se expressam na realidade brasileira e os tipos de sujeitos e de formas de inserção laboral que a dinamizam. Concluímos indicando que a expansão do EIR vem se dando acompanhada pela generalização da precarização laboral e, conformando, no Brasil, uma nova morfologia da classe trabalhadora.

Biografia do Autor

Hiago Trindade, Universidade Federal de Campina Grande

Professor do Curso de Serviço Social da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG - Campus Sousa). Bacharel (UERN), Mestre (UFRN) e Doutor em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É líder do Grupo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Trabalho, Lutas Sociais e Serviço Social (GETRALSS) e pesquisador da Rede de Estudos e Monitoramento da Reforma Trabalhista - REMIR-Trabalho (IE/CESIT/Unicamp). Interessa-se, particularmente, por estudos e debates na área de Serviço Social e Trabalho Profissional, assim como no campo da Sociologia do Trabalho

Referências

ALVES, Giovanni. A Tragédia de Prometeu. A degradação da pessoa humana que trabalha na era do capitalismo manipulatório. Bauru-SP: Canal 6 Editora, 2016.

BARROS, Albani de. (2018). Prekärer: análise dos fundamentos da precarização do trabalho a partir da crítica da economia política. Tese de Doutorado em Serviço Social. Universidade Federal de Pernambuco. CCSA, 245 folhas.

BEHRING, Elaine. Brasil em contra-reforma: desestruturação do Estado e perda de direitos. São Paulo: Cortez, 2003.

BEZERRA, Aline Crisnir Torres. (2017). Uber: a gestão do relacionamento em novos modelos de negócio. Monografia. Graduação em Relações Internacionais. UFPB, João Pessoa: Paraíba.

CHAN, Jenny; PUN, Ngai; SELDEN, Mark. A política da produção global: Apple, Foxconn e a nova classe trabalhadora chinesa. In: ANTUNES, Ricardo. (Org.). Riqueza e Miséria do Trabalho no Brasil IV. São Paulo: Boitempo, 2019.

CÔRTES, Tiago Rangel; SILVA, Carlos Freire da. Migrantes na costura em São Paulo: paraguaios, bolivianos e brasileiros na indústria de confecções. In: TRAVESSIA-Revista do Migrante, n.74, jan/jul, 2014.

DURÃES, Bruno José Rodrigues. (2006). Trabalhadores de rua de Salvador: precários nos cantos do século XIX para os encantos e desencantos do século XXI. Dissertação de Mestrado em Sociologia. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP.

______. (2011). “Camelô de tecnologia” ou “Camelô Global”:novas formas de expansão do capital na rua. Tese de Doutorado em Ciências Sociais. Universidade Estadual de Campinas. Campinas, SP.

ENGELS, Frederich. A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. São Paulo: Boitempo, 2010.

FÉLIX, Gil. Circulação e superexploração do trabalho: agenda de estudos da condição proletária contemporânea. In: Felix, Gil; Guanais, Juliana. (Org.). Superexploração do trabalho no século XXI:debates contemporâneos. 1ed. Bauru: Práxis, 2018, v. 1, p. 127-163.

FILGUEIRAS, Vitor Araújo. As promessas da Reforma Trabalhista: combate ao desemprego e redução da informalidade. In: KEIN, Dari; OLIVEIRA, Roberto Véras de; FILGUEIRAS, Vitor Araújo (Orgs.). Reforma trabalhista no Brasil:promessas e realidade. Campinas, SP: Curt Nimuendajú, 2019.

GRANATO NETO, Nelson Nei. (2013). Exército Industrial de Reserva: Conceito e mensuração. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Econômico. UFPR, Curitiba, Paraná.

HARVEY, David. O Enigma do Capital. São Paulo: Boitempo, 2012.

______. Os limites do capital. São Paulo: Boitempo, 2013.

IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua/Divulgação Especial Medidas de Subutilização da Força de Trabalho no Brasil. 2019. Disponível em: ftp.ibge.gov.br › pnadc_201201_201603_trimestre_novos_indicadores. Acesso em: 10 ago. 2019.

KEIN, Dari; OLIVEIRA, Roberto Véras de. Para além do discurso: impactos efetivos da Reforma nas formas de contratação In: KEIN, Dari; OLIVEIRA, Roberto Véras de; FILGUEIRAS, Vitor Araújo (Orgs.). Reforma trabalhista no Brasil: promessas e realidade. Campinas, SP: Curt Nimuendajú, 2019.

LUXEMBURGO, Rosa. Introducción a la economía política. Ediciones Internacionales Sedov, s/a.

MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. São Paulo: Abril Cultural, 1989 (Livro 1, volume 1).

______. ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista. São Paulo: Boitempo, 2010.

MÉSZÁROS, István. Para além do capital: rumo a uma teoria da transição. São Paulo: Boitempo, 2011.

MODA, Felipe Bruner. O trabalho dos motoristas da Uber: uma descrição densa e algumas análises. 2019. Disponível em: http://www.niepmarx.blog.br/MM2019/Trabalhos%20aprovados/MC56/MC561.pdf. Acesso em: 20 ago. 2019.

OIT. Políticas de emprego para uma recuperação e desenvolvimento sustentáveis. Debate recorrente no quadro da Declaração da OIT sobre Justiça Social para uma Globalização Justa. Lisboa: Instituto do Emprego e Formação Profissional, 2014.

OLIVEIRA, Francisco de. Crítica à razão dualista: o ornitorrinco. São Paulo: Boitempo, 2003.

SILVA, Carlos Freire da. Viração: o comércio informal dos vendedores ambulantes. In: CABANES, Robert; GEORGES, Isabel et. al. (Orgs.). Saídas de emergência: ganhar/perder a vida na periferia de São Paulo. São Paulo: Boitempo, 2011.

SILVA, William Bezerra da. NÍVEL DE SATISFAÇÃO DOS MOTORISTAS DA UBER COM A EMPRESA: um estudo na cidade de São Luís -MA. Trabalho de Conclusão de Curso em Administração. Universidade Federal do Maranhão (UFMA), 2018.

TAVARES, Maria Augusta. Os fios (in)visíveis da produção capitalista: informalidade e precarização do trabalho. São Paulo: Cortez, 2004.

TELLES, Vera da Silva. Ilegalismos populares e relações de poder nas tramas da cidade. In: CABANES, Robert; GEORGES, Isabel et. al. (Orgs.). Saídas de emergência: ganhar/perder a vida na periferia de São Paulo. São Paulo: Boitempo, 2011.

Downloads

Publicado

2021-09-20

Edição

Seção

Artigos - Temas Livres