Student perspective on teaching in subject representation: a range on library degree at the Universidade Federal de Goiás

Perspectivas discentes sobre a formação em tratamento temático da informação: uma incursão sobre a graduação bibliotecária na Universidade Federal de Goiás

Lais Pereira de Oliveira

ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9092-4204

Docente do curso de Biblioteconomia da Universidade Federal de Goiás (UFG), Brasil. Doutora em Ciência da Informação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Brasil.

E-mail: laispereira2@ufg.br

RESUMO: Este estudo aborda o tratamento temático da informação em sua dimensão formativa, tendo como base a visão do aluno que cursa disciplinas do eixo técnico de formação em Biblioteconomia, especificamente as dedicadas a essa vertente de representação do conteúdo documental. O objetivo é analisar a percepção discente sobre o tratamento temático da informação, a partir da formação em nível de graduação bibliotecária nesse eixo. Trata-se de uma pesquisa descritiva, adotando a forma de estudo de caso desenvolvido na Universidade Federal de Goiás, de natureza qualiquantitativa, utilizando questionário como técnica de coleta dos dados. Os resultados demonstram que os discentes possuem experiência no processamento técnico da informação e demonstram intenção de atuação nesse âmbito, associam o tratamento temático da informação principalmente aos processos de classificação, indexação e condensação, além do que o percebem enquanto eixo individualizado na organização da informação, da mesma forma que na esfera do ensino praticado na graduação bibliotecária, mediante disciplinas especificamente detidas ao teor documental. Conclui-se que, no caso em estudo, o tratamento temático da informação é percebido pelo corpo discente em sua especificidade.

PALAVRAS-CHAVE: Organização da informação; tratamento temático da informação; ensino de Biblioteconomia.

ABSTRACT: It approaches the subject representation in its formative dimension, based on the vision of the student who studies subjects in the technical axis of training in Library and Information Science, specifically those dedicated to this aspect of representing documentary content. It aims to analyze student perception about the subject representation, based on undergraduate librarian training in this area. It constitutes descriptive research in the form of a case study developed at the Universidade Federal de Goiás, of a qualitative and quantitative nature. It uses the questionnaire as a data collection technique. The results demonstrate that students have experience in the information processing and demonstrate an intention to act in this area, they associate the subject representation mainly with the processes of classification, indexing and condensation, in addition to what they perceive as an individualized axis in the information organization, in the same way as in the sphere of teaching practiced in the library degree, through subjects specifically focused on documentary content. It is concluded that, in the case under study, the subject representation is perceived by the students in its specificity.

Keywords: Information organization; subject representation; teaching in Library and Information Science.

1 INTRODUÇÃO

O cotidiano bibliotecário em unidades de informação engloba importantes operações de trato informacional, que se prestam à representação tanto de atributos físico-formais quanto temáticos do documento. Nesta última, que representa um dos maiores desafios no escopo organizativo (Guedes; Martinho; Moraes, 2009), configura-se um macroprocesso mediador junto à busca e recuperação, por meio do qual o assunto é apresentado, a saber, o Tratamento Temático da Informação (TTI) (Oliveira; Grácio; Martínez-Ávila, 2020).

Procedimentos de análise, descrição e representação do conteúdo são, então, desenvolvidos no TTI, colocando em interlocução direta os contextos de produção e de uso da informação (Guimarães; Ferreira; Freitas, 2011), na medida em que aproxima o usuário dos registros criados, ao evidenciar o teor da informação representada.

Entretanto, além dessa vertente aplicada, dedicada aquilo sobre o que o documento trata (Guimarães, 2008), o tratamento temático da informação também se estabelece a partir de uma dimensão conceitual e outra formativa. Apresenta-se, pois, tanto no entorno prático-laboral das unidades de informação, como no universo teórico-conceitual das pesquisas científicas e, ainda, no âmbito técnico-formativo dos cursos de Biblioteconomia, sobre o qual especificamente se volta a presente investigação.

A formação universitária em Biblioteconomia, aliás, orienta as ações nesse âmbito (Oliveira, 2018). No Brasil, o ensino na área teve início no ano de 1915, com a Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro. Posteriormente, em 1929, o Instituto Mackenzie inaugurou seu curso em São Paulo (Pinto, 2015; Lemos, 1973). O surgimento gradativo de outros cursos pelo país levou à necessidade de um currículo mínimo (Tanus, 2018).

Ademais, emergem distintas concepções nos primeiros cursos de graduação da área, influenciadas pelas correntes norte-americana e europeia, que se fundem no currículo mínimo aprovado em 1962, ano em que a profissão também é reconhecida como de nível superior garantindo assim uma certa uniformidade nos cursos brasileiros (Mueller, 1985). Contudo, em razão da insatisfação gerada no meio acadêmico, outro currículo mínimo é aprovado em 1982. A Associação Brasileira de Ensino de Biblioteconomia e Documentação (ABEBD) atuou nessa articulação e no processo de integração entre as graduações em Biblioteconomia de outros países (Santos, 1998).

Como consequência, discussões para a harmonização curricular tiveram lugar no âmbito do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL). Os países componentes desse bloco deram lugar a eventos que fomentaram o estudo, a discussão, a articulação e a estruturação de seis núcleos conteudistas básicos, sugeridos para a formação em nível de graduação. Especificamente, o núcleo de processamento da informação apresentou as subdivisões de tratamento descritivo e tratamento temático. De modo que, desde 1996, o TTI é objeto de discussão e reflexão conjunta no contexto do Grupo de Escolas de Biblioteconomia do MERCOSUL (Guimarães; Danuelo; Menezes, 2004).

Desse modo, configurações específicas acerca do TTI e de outros conteúdos formativos ganham forma no decorrer dos anos, incitando substancialmente um olhar permanente sobre o ensino de Biblioteconomia e as diversas perspectivas que dele emanam, no âmbito da pesquisa científica. Ademais, há que se considerar o exposto por Pereira, Oliveira e Chaves (2020, p. 164), “as realidades vivenciadas pelos diferentes cursos nas universidades são bastante distintas”. Assim sendo, o estudo em questão teve como objetivo geral analisar a percepção discente sobre o tratamento temático da informação, a partir da formação em nível de graduação bibliotecária nesse eixo. Para tanto, considerou-se a dimensão formativa em TTI via disciplinas obrigatórias e a concepção do alunado a respeito.

A pesquisa incide sobre a problemática assimilação do tratamento temático da informação de modo individual e particularizado do tratamento descritivo, especialmente no contexto do ensino nessa dimensão. Vale ressaltar o caráter de estudo de caso da presente investigação, que se concentra especificamente em uma instituição: a Universidade Federal de Goiás.

Não obstante, considera-se aqui, o desafio da formação bibliotecária em sua tarefa de nortear o aprendizado de procedimentos, ferramentas e atributos de representação do assunto. Notadamente, portanto, o TTI demanda maiores incursões investigativas capazes de evidenciar a conjuntura formativa presente nas disciplinas a ele concernentes, tanto quanto o modo como são assimiladas pelos discentes da área em sua circunstância teórica, como forma de validar práticas de ensino, condicionar a reflexão e trazer aprimoramentos.

O estudo encontra justificativa em termos teóricos e práticos, considerando que pode contribuir com a teorização em tratamento temático da informação em nível formativo, tanto quanto com o rol instrutivo voltado ao ensino nesse âmbito. Isso porque tematiza e incita o olhar sobre o TTI ao mesmo tempo em que traz à tona questões relativas à formação na área, sob a perspectiva discente.

2 TRATAMENTO TEMÁTICO DA INFORMAÇÃO

A atividade de tratamento temático da informação, representa um construto desenvolvido no Brasil (Martínez-Ávila; Gracioso, 2020), que busca fundar suas bases epistemológicas (Guimarães, 2008). O TTI tem se destacado nos estudos de Organização da Informação (OI) (Pando, 2018) e caracteristicamente, representa também uma de suas dimensões. A OI, por meio do tratamento temático e descritivo, permite concretizar a ação analítico-representativa da informação em nível de assunto e de seus atributos de produção.

O tratamento temático da informação concede, pois, a evidência ao teor de uma obra, o que faz com que assuma sua forma pragmática de intervenção sobre o nível organizativo-representativo de um item informacional. Em que pese essa questão, o TTI “precisa se ater a um referencial específico para própria concretização da sua dimensão aplicada” (Oliveira; Grácio; Martínez-Ávila, 2020, p. 49), estabelecendo-se, assim, a partir da instância teórica e prática. Afinal, sua compreensão conjectural é muito importante, sobretudo para fundamentação do seu caráter pragmático.

O tratamento temático da informação é visto como uma abordagem que está vinculada enquanto subárea da Organização e Representação do Conhecimento (Tartarotti, 2014). Também é comumente associado enquanto processo que é objeto de estudo na Ciência da Informação (Medeiros; Vital; Bräscher, 2016).

De maneira geral, a ação de tratamento representa relevante função no sistema de recuperação da informação, podendo ser dividida em tratamento descritivo e tratamento temático (Dias; Naves, 2013). É assim que “no patamar da organização da informação, que cobre o tratamento da informação, é possível apontar duas direções que se complementam, porém são interdependentes entre si” (Sousa, 2013, p. 137). Dito de outra forma:

[...] no âmbito da organização da informação, atividade de natureza eminentemente mediadora, dois universos se descortinam: o primeiro, ligado ao acesso físico aos documentos e o segundo, de natureza mais complexa, voltado para o acesso ao conteúdo informacional (Guimarães, 2009, p. 105).

Logo, no contexto da organização da informação, “o tratamento temático corresponde à dimensão dedicada ao conteúdo. A ela se opõe o tratamento descritivo, voltado ao aspecto físico dos itens” (Oliveira; Grácio; Martínez-Ávila, 2020, p. 48). De forma conjunta, ambas as vertentes de OI viabilizam o trato documental pela constituição de representações que descrevem formalmente e assinalam o teor dos itens de informação. Mas, apesar de agrupadas nos registros catalográficos, as dimensões descritiva e temática configuram-se, cada qual, individualmente a partir de procedimentos, ferramentas e atributos típicos de cada instância. Nessa percepção, o foco deste estudo se faz predominante sobre o tratamento temático da informação, indo de encontro à crucialidade e relevância deste, ou, dito de outra forma, ao caráter decisivo das ações do TTI (Gracioso; Martínez-Ávila; Simões, 2019).

Além de se relacionar com a organização da informação (Braz; Carvalho, 2017), o TTI também tem forte relação com a Organização do Conhecimento (OC). Sofreu, afinal, diversas influências (Pando, 2018) e, na OC, “encontra terreno fértil à sua concretização” (Oliveira; Grácio; Martínez-Ávila, 2020, p. 48). Para Guimarães (2008), o tratamento temático da informação integra o universo epistemológico da organização do conhecimento.

Associado à OI ou à OC, o fato é que o TTI visa a organização documental de forma concomitante com sua representação temática, assim como facilita o acesso à informação pelo assunto, por meio da busca informacional via termo (Braz; Carvalho, 2017). Configura-se, assim, como relevante processo na recuperação da informação (Tartarotti, 2014).

A abordagem do TTI é, então, sobre o assunto do documento (Sousa; Fujita, 2013; Tartarotti, 2014), buscando sua descrição (Dias; Naves, 2013) e a consequente viabilização da seleção e da pesquisa temática em bases de dados, a partir das representações anteriormente construídas pelo bibliotecário. Diante disso, o tratamento temático da informação evidencia seu importante contributo para todo o ciclo informacional, uma vez que não se restringe somente ao rol de processos relativos ao processamento da informação, mas sim, à própria recuperação.

Vale ressaltar que as correntes teóricas da catalogação de assunto, da indexação e da análise documental marcam o desenvolvimento do TTI (Guimarães, 2008). Outrossim, devido à similitude e à recorrência de diversos vocábulos nessa instância organizativa, palavras como organização, tratamento, descrição e representação são alguns dos termos indistintamente empregados para representar a concepção de tratamento temático da informação. Surgem também, na explicitação das atividades derivadas ou estruturantes desse entorno.

Afinal, propriamente em seu escopo, o TTI supõe “a análise, a condensação e a representação de documentos de acordo com os “assuntos” neles contidos” (Maimone; Kobashi; Mota, 2016, p. 74). Com isso, geram-se registros na forma de diversos produtos de tratamento temático da informação, tais como notação de classificação, termo de indexação e resumo documentário.

Guinchat e Menou (1994, p. 123) explicam que “as operações de descrição de conteúdo remetem à elaboração de diversos produtos que podem eventualmente ser combinados entre si”. Tais produtos, denominados documentários, são resultantes dos processos de classificação, indexação e elaboração de resumo, que integram o TTI. Em suporte destes, somam-se um conjunto de instrumentos na forma de sistemas de classificação, tesauros, política de indexação e norma de resumo.

Dias e Naves (2013) destacam, entre os instrumentos de TTI, as linguagens de indexação de tipo alfabético ou simbólico. No primeiro grupo enquadram-se as listas de cabeçalhos de assuntos e os tesauros; no segundo, os sistemas de classificação bibliográfica. Também são empregadas tabelas de notação, normas para elaboração de resumos e manuais de indexação.

Em suma, o TTI se viabiliza “a partir de instrumentos, processos e produtos característicos do universo temático” (Oliveira; Grácio; Martínez-Ávila, 2020, p. 49). Nesse ponto, se afigura de forma peculiar e precisa ser assim percebido. Apesar disso, acaba assumindo uma constituição teórica subjetiva (Oliveira; Martínez-Ávila, 2019), já que é timidamente abarcado em produções científicas de forma separada do tratamento descritivo, revestindo-se consequentemente de caráter abstrato em sua consecução de modo aplicado.

Via de regra, o TTI é integrado ao escopo da OI ou da OC sem que se preste à sua explicitação particular. Poucos são os casos em que essa individualização é realizada; na maior parte das vezes tendo como ênfase a dimensão descritiva de tratamento ou a catalogação, sem evidenciar a especificidade necessária à análise de assunto e, portanto, a conjuntura procedimental agregada de ferramentas e atributos que formam o TTI.

Nesse sentido, em função da distinção de tratamento na literatura (Oliveira; Grácio; Martínez-Ávila, 2020) e até mesmo por se revestir de subjetividade e se configurar como uma área desafiadora (Sousa, 2013), o TTI precisa ser mais bem explorado nas pesquisas em Biblioteconomia e Ciência da Informação, sobretudo pela importância das reflexões acerca dessa atividade (Sousa; Fujita, 2013), que necessita de estudos voltados para à sistematização de suas teorias e práticas (Pando, 2018).

Não se deve esquecer do vínculo do TTI no trato informacional como um todo (Oliveira; Martínez-Ávila, 2019). Há que se atentar, entretanto, para a displicente abordagem particularizada nas produções técnico-científicas, que acaba incorrendo em dificuldades também nas esferas formativa e prática, já que, nas palavras de Guimarães, Danuello e Menezes (2004) uma diversidade de concepções teóricas acaba tendo lugar nesse eixo.

O entorno do TTI reveste-se, então, de diferentes correntes teóricas, de uma diversidade de designações, de subjetividade e de um caráter desafiador. Além, é claro, das diferenças de tratamento na literatura em detrimento do trato descritivo (Oliveira; Grácio; Martínez-Ávila, 2020).

Ao mesmo tempo, no que se refere à formação em tratamento temático da informação, uma dinâmica especialmente complexa se estabelece. Principalmente pela demanda de profissionais aptos ao trato analítico de assunto, ponderados a ponto de atuar sem propalar a técnica pela técnica, tendo sempre em mente o usuário e não o entorno puramente operacional desse eixo.

2.1 FORMAÇÃO EM TRATAMENTO TEMÁTICO DA INFORMAÇÃO

A análise de assunto, instância base do tratamento temático da informação, surge com sentidos diversos na literatura. Incorre, assim, em dificuldades no trabalho dos indexadores e também dos professores que ministram disciplinas nesse âmbito (Dias; Naves, 2013).

Fato é que, “por um longo período, a atividade de análise temática era tida como qualidade de alguns profissionais” (Sousa, 2013, p. 139). Desse modo, o tecnicismo bibliotecário se estabeleceu e refletiu na própria formação acadêmica do profissional. Todavia, questões sociais e culturais também passaram a ser foco no decorrer dos anos, incitando novas perspectivas de ensino e de atuação profissional sob a ótica reflexiva e ética no trato informacional por assunto, com vistas ao atendimento da necessidade do usuário. Ademais, há um ponto determinante para o tratamento temático da informação, no que se refere ao:

[...] trabalho do bibliotecário pautado na sua experiência, que deve ser edificado desde a sua formação. Essa questão perpassa o ensino das disciplinas que compõem o universo do tratamento temático da informação que muitas vezes acaba se voltando para a teoria, pois nem sempre há condições ou cooperação com bibliotecas para o desenvolvimento das práticas (Braz; Carvalho, 2017, p. 2503).

Desafiadora, portanto, é a condução das disciplinas de classificação e de indexação e resumos. Além da dinâmica de ensino do conteúdo, o professor precisa proporcionar os meios para a prática atrelada à assimilação teórica, do mesmo modo que uma ampla formação em tratamento temático da informação.

Outro relevante aspecto diz respeito à constituição do próprio TTI, que influencia o modo como é ensinado na graduação. O tratamento temático da informação foi marcadamente estabelecido a partir da obra “The subject approach to information”. Foskett, responsável pela publicação, lançou as bases para o reconhecimento da dimensão temática de trato informacional, que também encontrou eco no âmbito do ensino de Biblioteconomia no Brasil – este passou a contar com a tradução do livro de Foskett a partir de 1973 – conforme se discutiam e projetavam questões relativas ao currículo e aos conteúdos minimamente necessários para a formação do bibliotecário.

Entretanto, essa configuração temática se fortaleceu especificamente no contexto brasileiro. Gracioso, Martínez-Ávila e Simões (2019) explicitam, aliás, que o TTI está institucionalizado na perspectiva brasileira, sendo tema objeto de problematização e de produção científica. Apesar disso, há que se ressaltar a distinção de correntes teóricas oriundas das perspectivas norte-americana e europeia, que acabam por perpassar os conteúdos ofertados na graduação em Biblioteconomia, tornando a formação nessa área ainda mais complexa.

Deve-se ressaltar que a formação básica de graduação em Biblioteconomia permite o exercício profissional (Guimarães, 2002). Contudo, a formação do profissional bibliotecário, de modo formal, tem histórico recente, a contar da década de 1910 (Santos, 1998). E isso tendo por base o contexto operacional da Biblioteca Nacional, instituição responsável pelo curso (Pinto, 2015). Muitos desafios foram superados desde então, mas ainda há muito por superar em uma tenra trajetória.

Sabendo que “a educação superior tem papel significativo e relação direta com a construção de espaços de ensino” (Silva; Alauzo, 2019, p. 3), há que se pensar na configuração que tem assumido a dimensão formativa do TTI, pelas bases que esta tem gerado em cada curso pelo país. Ademais, discutir a dimensão investigativa nos cursos de Biblioteconomia leva à consolidação científica da área (Guimarães, 2002), já que aproxima pesquisa e ensino.

Outrossim, sendo a formação na graduação construída por meio do contato do aluno de Biblioteconomia com diversas disciplinas (Funaro; Valls, 2013), necessário se faz analisá-las de modo individual, tanto quanto investigá-las dentro do núcleo ao qual pertencem. E foi justamente esse o cenário estabelecido na presente pesquisa.

3 METODOLOGIA

A pesquisa é descritiva, na forma de estudo de caso e de natureza qualiquantitativa, em função do caráter analítico-interpretativo e expositivo estabelecido a partir dos dados coletados, tendo como objeto o eixo formativo em tratamento temático da informação. O caso investigado é o da Universidade Federal de Goiás (UFG), cuja graduação em Biblioteconomia foi criada no ano de 1980, ora ofertando curso na modalidade presencial e a distância.

Entende-se ser necessário o desenvolvimento de estudos de caso dessa ordem para avançar na compreensão da dimensão formativa em TTI que, no âmbito do curso de Biblioteconomia presencial da UFG, contempla, em seu projeto pedagógico vigente, as disciplinas de Linguagens de Classificação I, Linguagens de Classificação II, Indexação e Resumos e Linguagens Documentárias.

O corpus da pesquisa é representado por discentes da graduação em Biblioteconomia da UFG. A amostra contemplou, especificamente, alunos integrantes do 6º período que cursaram disciplinas do eixo técnico – ofertadas do 3º ao 6º período – pertencentes à dimensão temática e, efetivamente, concluíram essa instância do curso, que integra seu núcleo específico.

Tendo o questionário como técnica de coleta dos dados, utilizou-se de formulário online para sua disseminação aos discentes, concluintes em 2022, participantes da pesquisa. No período de 30 dias, delimitado para a obtenção das respostas, houve retorno de um total de 22 alunos. Sobre esse quantitativo se desenvolve a análise, pautada em configuração analítica subsidiada por gráficos.

4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

A pesquisa buscou, a princípio, entender a proximidade dos discentes participantes do estudo com o universo do processamento técnico da informação, de modo aplicado. Sobretudo porque abre a prerrogativa para uma melhor assimilação desse contexto, em condições de refletir e problematizar a seu respeito, com mais propriedade e exatidão.

A opção pela nomenclatura “processamento técnico” no questionário se fez presente, de início, para que fosse possível a associação direta com a práxis de organização da informação, comumente designada dessa forma entre profissionais atuantes no campo.

Assim, inicialmente questionados acerca da experiência no âmbito do processamento técnico da informação, que integra as ações de tratamento descritivo e temático, os discentes assinalaram, em sua maioria, ter tido contato no estágio, como segue:

Conforme explicitado no Gráfico 1, 59,1% (13) lidam com processamento técnico da informação no estágio, enquanto 31,8% (7) já tiveram contato, mas não estagiam, predominando aqueles que conhecem esse universo por conta de atuação pregressa ou atual nesse contexto.

Nessa medida, pode-se inferir que, na medida em que demonstram significativa proximidade com o contexto ora investigado, que concerne ao processamento técnico desenvolvido em unidades de informação, os respondentes têm melhores condições de expressar suas percepções a respeito do tratamento temático da informação, incluído entre as práticas do processamento técnico.

Parêntese seja feito, aqui, ao fato de que o discente de Biblioteconomia não necessariamente tem a noção exata do processamento técnico da informação por ter cursado mais da metade do curso de graduação. O contato com esse universo, a partir dos estágios realizados pode, pois, agregar sobremaneira a essa compreensão.

Em um segundo momento, indagados a respeito da intenção de exercer a profissão e atuar no processamento técnico, os discentes demonstraram essa propensão, conforme explicitado a seguir:

Como se constata no Gráfico 2, 68,2% (15) pretendem exercer a profissão e também atuar no processamento técnico. Já 18,2% (4), apesar de demonstrarem interesse na carreira como bibliotecários, não desejam exercer funções nesse âmbito. Em menor número, encontram-se aqueles que, por ora, não cogitam o exercício profissional, mas gostariam de atuar no processamento técnico no futuro (9,1%), ou não pretendem se lançar em nenhuma das situações (4,5%).

Essa constatação demonstra uma expressiva propensão dos discentes ao desempenho de procedimentos relativos à organização da informação. Em alguma medida, portanto, o processamento técnico se mostra bastante presente no caso investigado, conforme já observado nas respostas do Gráfico 1, podendo ser considerado como uma possível função na carreira dos respondentes.

Ao serem questionados sobre o que constitui essencialmente o tratamento temático da informação, os discentes revelaram um entendimento predominantemente procedimental. Assim:

De acordo com o Gráfico 3, 68,2% (15) percebem o TTI como ações de classificar, indexar e elaborar resumos dos materiais. Já outros 18,2% (4) consideram que envolve trabalhar com normas e políticas para a representação do conteúdo, enquanto 13,6% (3) ponderam que consiste em construir notações, termos e resumos documentários.

Prevalece, portanto, nas respostas, a associação do tratamento temático da informação ao conjunto de processos técnico-intelectuais envolvidos. Ainda assim, não deixam de aparecer concepções relacionadas aos instrumentos e produtos documentários desse contexto.

Nesse sentido, o TTI apresenta-se como uma configuração um tanto quanto procedimental, sob a perspectiva discente. Sumariamente, portanto, o nível descritivo do TTI, conforme apontado por Dias e Naves (2013), revela-se expressivo na concepção dos respondentes, considerando que os processos que o compõem ganham destaque como elementos que melhor o definem.

Em seguida, ao serem questionados se costumam perceber a dimensão do tratamento temático da informação individualmente, ou seja, separada da dimensão do tratamento descritivo, os discentes assinalaram que sim, conforme ilustrado a seguir:

Conforme ilustrado no Gráfico 4, 63,6% (14) dos discentes sinalizam afirmativamente, justificando que a separação da dimensão de tratamento temático da informação contribui para facilitar a assimilação e a organização da informação. Por outro lado, 36,4% (8) respondem negativamente por acreditarem que essa individualização dificulta.

Esse resultado, relativamente equilibrado, evidencia as distintas interpretações dos discentes matriculados nas disciplinas do eixo de organização da informação da UFG. As constatações seguem, portanto, atreladas às variadas correntes teóricas e escolas de pensamento constitutivas da organização da informação e do modo como esta é vista frente às suas dimensões integrativas, descritiva e temática.

Para além disso, o que foi observado a partir do Gráfico 4, reforça a menção de Pando (2018) às inúmeras influências sofridas pelo tratamento temático da informação, de forma que a busca de solidez epistemológica, apregoada por Guimarães (2008), se mostra de fato relevante, uma vez que discursos dissonantes fazem frente ao entendimento existente a respeito do TTI ainda na graduação bibliotecária.

De forma subsequente, ao serem questionados sobre a identificação com a dimensão do TTI, os discentes sinalizaram que sim. Assim:

Ao todo, como visto no Gráfico 5, 72,7% (16) dos respondentes afirmam que a identificação com a dimensão do TTI resulta da facilidade com ela e do prazer em desenvolvê-la. Diretamente, portanto, tem-se uma amostragem expressiva de discentes que, a priori, são devotados à prática de organização da informação.

Assim sendo, majoritariamente se percebe certa identificação dos discentes com o TTI, o que pode influir no estabelecimento de futura prática profissional atenta e diligente aos princípios de evidência do teor documental. Essa constatação condiciona, então, a atuação em representação de assunto, pela predisposição em sua assimilação.

Quando perguntados acerca da oferta de disciplinas do TTI em separado daquelas do tratamento descritivo, os discentes consideraram ser algo positivo, como detalhado a seguir:

De acordo com o Gráfico 6, 77,3% (17) dos discentes avaliam de maneira positiva a oferta individualizada de disciplinas de tratamento temático da informação, entendendo que tal abordagem facilita a compreensão do todo que é a organização da informação. Sobressai, portanto, o conjunto de discentes que percebe a divisão das disciplinas, nos eixos descritivo e temático, como algo favorável, conforme se observou também de forma bastante semelhante em relação à individualização das dimensões, de modo aplicado, descrita no Gráfico 4.

Em que pese esse cenário, a princípio, o ensino individualizado de tratamento temático e descritivo ecoa na percepção individualizada de tais eixos. Entende-se que a segmentação no curso de graduação permite dar o devido destaque às nuances teórico-metodológicas de cada dimensão. Todavia, há que se refletir até que ponto essa distinção não incorre em prejuízos na assimilação concreta do aspecto catalogador do bibliotecário.

Questionados sobre como se sentiram durante as disciplinas técnicas da área de tratamento temático da informação, os discentes mostraram-se bastante confortáveis, conforme ilustrado a seguir:

Um grupo representado por 68,2% (15) se manifestou extremamente confortável e sem dificuldades nas disciplinas mencionadas, e outros 18,2% (4), se sentiram confortáveis, embora com algumas dificuldades. Juntos, tais grupos de respondentes representam mais de 85% do total.

Denota-se, assim, que o eixo de tratamento temático da informação vem, então, sendo majoritariamente bem assimilado a partir das disciplinas ministradas no caso em estudo. Contudo, há que se destacar pequeno índice de discentes com níveis de dificuldade nessa dimensão, o que permite inferir que o tradicional receio com a área de organização da informação, se faz presente, embora em menor número.

Por fim, quando questionados acerca da disciplina de tratamento temático da informação na qual melhor assimilaram a dinâmica de representação do conteúdo inerente a esse universo e, a essência do trabalho com o assunto, os discentes se mostraram bastante divididos. Assim:

Como se observa no Gráfico 8, 40,9% (9) dos respondentes afirmaram ter tido melhor assimilação em Linguagens de Classificação II; 36,4% (8), em Indexação e Resumos; 13,6% (3), em Linguagens de Classificação I; e 9,1% (2), em Linguagens Documentárias.

Dentro do rol formativo ora vigente na UFG, essas disciplinas possuem naturezas diversas, o que acaba por expressar que os discentes apreendem de distintas formas a essência temática de tratamento temático da informação. Afinal, enquanto algumas disciplinas exploram especificamente o universo procedimental revestido de produtos documentários, outras o cerne é especificamente sobre os instrumentos aplicados no TTI.

Desta feita, o ato classificatório, explorado a partir da Classificação Decimal de Dewey e da Classificação Decimal Universal, que são integradas à disciplina em que os discentes melhor assimilam o TTI, indica, mais uma vez, a percepção procedimental do tratamento temático da informação (Gráfico 3). O mesmo ocorre em relação à segunda disciplina, cujo cerne são os processos de indexação e condensação.

Assim, de modo amplo, o TTI encontra eco na percepção dos discente, principalmente pelo aspecto pragmático que lhe é inerente. Ou seja, classificar, indexar e condensar são as frentes predominantemente estabelecidas no entendimento do alunado, pelas quais se vê a que essa ação de tratar assunto se presta, de fato.

5 CONCLUSÃO

A pesquisa buscou analisar a percepção dos discentes sobre o tratamento temático da informação, considerando sua formação em nível de graduação bibliotecária nesse eixo. Constatou-se que o tratamento temático da informação é percebido em sua especificidade por um expressivo número de discentes com vivência no processamento técnico, essa constatação se estende à percepção individualizada do trato descritivo e à identificação existente com esse eixo.

Há que se destacar, ainda, a forte conexão do TTI com a pragmática de processos de classificação, indexação e condensação, na medida em que são fortes definidores do tratamento temático da informação, pela ótica discente, além de estarem significativamente demarcados tanto nas disciplinas em que os respondentes assimilaram melhor essa dimensão temática quanto no próprio nível de conforto com as mesmas, segundo sinalizaram.

Diante dessas questões, delineia-se uma percepção discente em TTI que se mostra consistente, ainda que extremamente instrumentalizada pelo nível processual ao qual se dedica o bibliotecário, na consecução das suas atividades de classificação, indexação e elaboração de resumos.

Todavia, reforçam-se as limitações do estudo, no que se refere à especificidade formativa da Universidade Federal de Goiás, que aqui foi objetivo, tanto quanto à natureza das questões postas aos pesquisados, concernentes ao olhar individual sobre as disciplinas cursadas nesse curso de graduação, em específico.

Nesse sentido, pesquisas futuras podem se dedicar à ampliação do corpus investigativo para outros cursos do Brasil, com vistas a estabelecer o comparativo frente às inúmeras escolas e tendências formativas em tratamento temático da informação.

REFERÊNCIAS

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Gráfico 1 – Experiência no processamento técnico da informação.

Fonte: elaborado pela autora (2023).

Gráfico 2 – Intenção de exercer a profissão e atuar no processamento técnico.

Fonte: elaborado pela autora (2023).

Gráfico 3 – Definição de tratamento temático da informação.

Fonte: elaborado pela autora (2023).

Gráfico 4 – Percepção individualizada da dimensão de tratamento temático da informação.

Fonte: elaborado pela autora (2023).

Gráfico 5 – Identificação com a dimensão de tratamento temático da informação.

Fonte: elaborado pela autora (2023).

Gráfico 6 – Opinião sobre oferta individualizada de disciplinas do tratamento temático da informação.

Fonte: elaborado pela autora (2023).

Gráfico 7 – Sentimento durante as disciplinas de tratamento temático da informação.

Fonte: elaborado pela autora (2023).

Gráfico 8 – Disciplina de tratamento temático com melhor assimilação.

Fonte: elaborado pela autora (2023).