DROPOUT IN THE LIBRARY SCIENCE COURSE AT THE FEDERAL UNIVERSITY OF AMAZONAS BETWEEN 2017 AND 2021: STUDENT PROFILE

Levi Antonio Faneco Rabelo

ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4734-3302

Graduado em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Brasil.

E-mail: levyfaneco@gmail.com

EVASÃO NO CURSO DE BIBLIOTECONOMIA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS ENTRE 2017 – 2021: PERFIL DOS ALUNOS

Suely Oliveira Moraes Marquez

ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8781-5349

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Brasil. Professora Associada da UFAM, Brasil.

E-mail: suelymoraes@ufam.edu.br

Luiz Fernando Correia de Almeida

ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1145-1259

Mestre em Educação pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Brasil.

E-mail: luizfernanalmeida@gmail.com

RESUMO: Este estudo tem como objetivo investigar o perfil e os fatores que contribuíram para a evasão dos discentes no curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) no período de 2017 a 2021. A metodologia se caracteriza como qualitativa, para tal, foi realizada uma pesquisa bibliográfica e documental para embasamento da análise do processo de desistência dos alunos. Com base no que foi relatado, o perfil dos respondentes, que evadiram, é composto, em sua maioria, por mulheres, entre 19 e 25 anos, no que tange à relação com o curso evadido, a baixa concorrência no vestibular foi um dos motivos para a escolha do curso. Com a identificação desses fatores, o curso de Biblioteconomia da UFAM poderá planejar ações mais eficazes para prevenir a evasão e garantir a permanência dos estudantes.

PALAVRAS-CHAVE: biblioteconomia; Universidade Federal do Amazonas; evasão.

ABSTRACT: This study aims to investigate the profile and factors that contributed to student dropout rates in the Library Science course at the Federal University of Amazonas (UFAM) from 2017 to 2021. The methodology is characterized as qualitative, and for this purpose, a bibliographic and documentary research was carried out to support the analysis of the student dropout process. Based on what was reported, the profile of the respondents who dropped out is composed, in their majority, of women, between 19 and 25 years old. Regarding the relationship with the course they dropped out of, the low competition in the entrance exam was one of the reasons for choosing the course. By identifying these factors, the Library Science course at UFAM will be able to plan more effective actions to prevent dropout rates and ensure student retention.

Keywords: library science; Federal University of Amazonas; dropout.

1 INTRODUÇÃO

A decisão sobre a carreira profissional, costuma ser tomada aos 17 e 19 anos, geralmente ao fim do ensino médio, sendo frequentemente influenciada por pressões familiares e pela expectativa de ingresso na universidade. Lima e Pimentel (2017) afirmam que o mercado de trabalho se intensifica na decisão unânime de escolha do curso de nível superior.

A escolha prematura de um curso, levada pela entrada precoce numa universidade, sem conhecer suas aptidões e potencial real, além das dificuldades de adaptação perante as exigências dos professores, a mudança do ensino médio para o superior são fatores que influenciam diretamente a evasão dos alunos.

Outros fatores que contribuem para essa ocorrência são a condição de muitos universitários como ‘trabalhadores-estudantes’ e a qualificação do corpo docente, que exerce influência direta na experiência de aprendizagem dos discentes (Furtado e Alves, 2012).

No caso dos cursos de Biblioteconomia, a baixa concorrência durante o processo seletivo por meio das modalidades institucionalizadas pelas universidades é uma recorrência, em meio a isso, detecta-se a baixa seletividade e prestígio social reduzido entre os jovens, pela ausência de conhecimento das atribuições do profissional bibliotecário e dos campos de atuação, sendo um fenômeno impactante a oferta de profissionais qualificados para o mercado de trabalho.

Neste contexto, o presente estudo se propõe a investigar o perfil dos alunos que abandonaram o curso de Biblioteconomia da UFAM entre os anos de 2017 e 2021. A partir da análise dos dados, pretende-se compreender as razões que levaram os estudantes a desistirem do curso, buscando identificar os principais fatores que contribuíram para a interrupção dos estudos, visando propor ações para a retenção de alunos e a melhoria da qualidade do ensino.

2 DESENVOLVIMENTO

A evasão, segundo Neri (2009), ocorre por conta de três situações específicas: o desconhecimento dos gestores das políticas públicas; a falta de interesse dos pais e dos alunos sobre a educação; e as restrições que impedem as pessoas de explorar os retornos da educação a longo prazo.

Um fato que chama a atenção é que, não se trata de um fenômeno recorrente somente na educação básica, podendo afetar tanto o nível médio quanto o superior, Gatti et al. (1991) afirma que os alunos com o nível de desempenho baixo, possuem os menores percentuais de rendimento escolar e consequentemente são mais propensos a evadirem.

Além disso, pode-se citar a instituição de ensino como um fator de afastamento do discente. Como cada um possui seu próprio capital cultural, as instituições devem assimilar as dimensões políticas, históricas, socioeconômicas, ideológicas e institucionais que o envolve. Segundo Rumberger (1995), a evasão é um processo complexo, dinâmico e cumulativo que direciona a saída da vida acadêmica, essa fuga nada mais é que, o estágio final desse processo.

2.1 EVASÃO UNIVERSITÁRIA E SUAS MOTIVAÇÕES

No aspecto da evasão universitária, Baggi (2009) diz que estaria diretamente relacionado às questões de ordem acadêmica, como as expectativas em relação ao curso, que pode tanto estimulá-lo como desestimulá-lo. Além dos fatores externos, como questões socioeconômicas a exemplo disto a necessidade de composição da renda familiar, falta ou dificuldade de se identificar com o curso, escolha precoce do curso somada a falta de teste vocacionais que possam identificar potenciais aptidões, dificuldade de adaptação da vida acadêmica e dificuldade na relação ensino-aprendizagem que pode ter um relação atrelada a baixa qualidade da educação básica de alunos que ingressam na universidade.

Além desses fatores que estão diretamente relacionados ao próprio indivíduo, pode-se citar os fatores internos que estão relacionados à própria instituição de ensino superior:

1) Peculiares a questões acadêmicas tais como: currículos desatualizados, alongados, com rígida cadeia de pré-requisitos, além da falta de clareza sobre o próprio projeto pedagógico do curso; 2) relacionadas a questões didático-pedagógicas, por exemplo, critérios impróprios de avaliação de desempenho discente, relacionadas à falta de formação pedagógica ou ao desinteresse do docente; 3) vinculadas à ausência ou ao pequeno número de programas institucionais para o estudante, como Iniciação Científica, Monitoria, programas PET (Programa Especial de Treinamento), etc...; 4) decorrentes de insuficiente estrutura de apoio ao ensino de graduação, laboratórios de ensino, equipamentos de informática, etc...; 5) inexistência de um sistema público nacional que viabilize a racionalização da utilização das vagas, afastando a possibilidade da matrícula em duas universidades (Comissão especial, 1996, p. 62).

A evasão no ensino superior reflete, além de fatores psicológicos como autocobrança e pressão familiar, a má formação da estrutura educacional de níveis fundamentais, recorrente na ausência de investimentos no sistema público, principalmente no que tange a educação básica do país.

A despeito disso:

Há diferentes modelos que tentam explicar as razões que levam os estudantes a evadirem da educação superior, o que demonstra a complexidade do problema. Há o modelo desenvolvido por Jesen (1981) que utiliza variáveis econômicas para descrever o comportamento do estudante evadido. Já o modelo de Fishbein e Ajzen (1977) faz uso de características psicológicas dos estudantes que evadiram para analisar o fenômeno (Bernardo et al., 2016). O modelo mais citado na literatura sobre evasão é o modelo do Tinto (1975), esse relaciona a evasão com variáveis relacionadas aos antecedentes familiares, atributos individuais e experiências educacionais anteriores (Silva e Mariano, 2021) (Ferreira et al. 2023, p. 6).

Para Soares (2013), uma solução a ser proposta para reduzir a frequência dessas evasões no curso, envolve uma orientação de caráter profissional e psicológico para os discentes que ingressaram sob as circunstâncias apresentadas, para que os alunos venham a se identificar profissionalmente com a área.

O comprometimento com o curso, pode ser visto quando se analisa as diferenças entre os cursos mais valorizados, como medicina e direito, que possuem uma taxa de evasão mais baixa comparativamente com as demais áreas. A percepção negativa do mercado pode afetar a evasão do estudante de um determinado curso para um que tenha uma maior possibilidade de sucesso profissional (Ferreira et al., 2023).

2.2 CURSO DE BIBLIOTECONOMIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

 O Curso de Biblioteconomia da Universidade do Amazonas foi criado e autorizado a funcionar por meio da Resolução nº 2.966/66, de 14/11/1966 do Conselho Universitário da Universidade do Amazonas, ficando incorporado ao Departamento de Letras da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade do Amazonas. O Curso foi projetado para ser temporário, funcionando de 1967 a 1971, tempo suficiente para formar três turmas que suprissem o quadro de funcionários que a Universidade, a fim de suprir a necessidade de organizar suas bibliotecas.

Nos seus 50 anos de institucionalização, o curso de Biblioteconomia usufruiu das seguintes estruturas curriculares 1967, 1974, 1985, 1994, para a formação dos seus discentes, sendo que a estrutura curricular de 2009/2 é considerada a sua versão corrente.

Em 2009, fruto de uma ampla e extensa discussão entre os docentes do curso, foi instituído o PPC do Curso de Biblioteconomia da UFAM, elaborado pela necessidade de atender às novas propostas pedagógicas, bem como as diretrizes curriculares nacionais aprovadas pelo Ministério da Educação para a área de Biblioteconomia, conforme Parecer CNE/CES nº 492/2001 e Resolução CNE/CES nº 19/2002 (Borges; Oliveira, 2020).

O Projeto Político do Curso (PPC) do Curso de Biblioteconomia apresenta uma estrutura curricular distribuída da seguinte forma: a) disciplinas de fundamentação gerais; b) instrumentais; e c) disciplinas de formação profissional, onde deve-se cumprir 150 créditos, equivalentes a carga horária de 2.745 horas-aula, a serem integralizados em, no mínimo 8 (oito) e, no máximo 14 (quatorze) períodos letivos.

Na estrutura curricular de 2009, o perfil do profissional a ser formado na área está voltado:

[...] para o desempenho proficiente e criativo das atividades do ciclo documentário (reunião, tratamento e difusão de documentos e informação) e do ciclo informacional (produção, transferência e uso de documentos e informação) e a participação ativa nos processos de construção e reconstrução da realidade social. Essa formação, entretanto, depende do desenvolvimento de certas competências e do domínio de habilidades vinculadas aos conteúdos teórico-práticos do campo da Biblioteconomia por parte dos egressos, aspectos que impõem a busca pelo aprimoramento contínuo e a observação de padrões éticos de conduta, ante aos desafios da profissão (Universidade Federal do Amazonas, 2008, p. 10).

No que se refere às disciplinas, o novo currículo ampliou em 100% a carga de conteúdo de conhecimento gerais, além da redução do número de disciplinas de natureza técnica, justificando essa decisão pela repetição de conteúdos em diversas unidades curriculares. As disciplinas estão distribuídas no modelo por periodização. Nas colunas à direita, apresentam-se o quantitativo de créditos, as cargas horárias e os pré-requisitos para o cumprimento de cada uma delas. Nas Figuras abaixo apresentam as disciplinas obrigatórias e optativas ofertadas pelo curso.

1

De modo geral, Simões e Marquez (2015) aponta que a estrutura curricular do Curso visa oportunizar alternativas para uma formação profissional compatível com as características do mercado de trabalho do mundo contemporâneo e do profissional da informação que poderá atuar em sistemas e ambientes de informação, vinculados às instituições dos setores públicos, privados e do terceiro setor.

Apesar dos avanços curriculares promovidos pelo PPC de 2009 e de sua adequação às diretrizes nacionais, se observa que a estrutura do curso ainda enfrenta desafios que podem impactar diretamente a permanência discente. A ênfase nas disciplinas de formação geral nos primeiros períodos, por exemplo, pode gerar desmotivação entre os ingressantes que esperam um contato mais imediato com conteúdos específicos da área de Biblioteconomia, como indica Santos (2005).

Nesse sentido, o aumento das disciplinas de formação geral e a redução de conteúdos técnicos — embora justificadas pela superposição de ementas — exigem acompanhamento constante, visto que podem influenciar na percepção de relevância do curso e, consequentemente, na decisão de permanência dos estudantes. Assim, é importante que o currículo se articule com políticas de acolhimento e orientação profissional desde os primeiros períodos, aproximando os alunos da realidade do campo profissional e valorizando a identidade do bibliotecário como agente participante na atuação educacional, informacional e sociocultural.

A análise curricular, mais do que um requisito burocrático, deve ser compreendida como um dispositivo pedagógico para repensar as condições de permanência estudantil e combater os fatores estruturais da evasão no ensino superior, especialmente em cursos historicamente marcados por baixa visibilidade social como a Biblioteconomia.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa caracteriza-se como aplicada, por se tratar de uma investigação voltada para um contexto específico. Quanto aos objetivos, classifica-se como exploratória e descritiva, pois busca compreender e descrever os motivos da evasão dos alunos do curso. De acordo com Gil (2009, p. 41) a pesquisa exploratória tem como objetivo “proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito [...]”. Dessa maneira, torna-se possível identificar quem são esses alunos e qual o seu perfil.

Em relação aos procedimentos metodológicos, este estudo se caracteriza por ser bibliográfico e documental, por se apoiar tanto na literatura da área quanto em documentos institucionais, como os relatórios escolares dos envolvidos e o PPC do curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Amazonas.

Quanto à natureza, trata-se de uma pesquisa qualitativa, com o intuito de ter uma maior compreensão das questões envolvidas no objetivo do estudo.

O universo da pesquisa abrange os alunos do curso de Biblioteconomia da UFAM, tendo como amostra os que ingressaram entre os anos de 2017 a 2021.

A coleta dos dados foi realizada por meio de documentos disponibilizados pela Coordenação do curso, As informações foram transcritas e, posteriormente , submetidas às análises de conteúdo. 

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os gráficos e tabelas abaixo, contemplam os dados disponibilizados pela Coordenação do Curso de Biblioteconomia. Se buscou utilizar nesta pesquisa gráficos para facilitar a visualização quanto aos dados coletados, de modo a revelar as informações que foram colhidas e comparar com o que se encontra na literatura.

Os Gráficos a seguir, apresentam dados dos discentes evadidos no período de 2017 a 2021.

O Gráfico 1 expõe que 44 dos discentes evadidos, 68,2% (30) são do gênero feminino, e 31,8% (14) do masculino. A predominância feminina no curso de Biblioteconomia é resultado de um conjunto de fatores históricos, sociais e culturais. Oo estudo de Duarte (2014, p. 36) aponta que uma das causas da evasão no curso de Biblioteconomia, é a falta de conhecimento da expansão da área de atuação profissional do bibliotecário, além da crença de que há poucas oportunidades de emprego na profissão. .

Os achados do estudo de Silva (2013) indicam que, de modo geral, as mulheres tendem a permanecer mais tempo no ensino superior do que os homens, apresentando maior “tempo de sobrevivência” nos cursos analisados, especialmente nos de cinco anos. Esse dado é reforçado por pesquisas internacionais, como a de Bound, Lovenheim e Turner (2009) e Santelices et al. (2016), que apontam a persistência feminina como uma tendência estatisticamente relevante.

No caso do curso de Biblioteconomia da UFAM, o maior número de mulheres entre os discentes evadidos não deve ser interpretado, isoladamente, como um indicativo de maior propensão feminina à evasão. Isso porque as mulheres já representam, historicamente, a maioria do corpo discente do curso desde o ingresso. Assim, é natural que, em termos absolutos, também componham a maior parte dos casos de evasão. Portanto, para uma análise mais precisa, é fundamental considerar a proporção de evasão em relação ao total de matriculados por gênero, evitando interpretações equivocadas baseadas apenas em números totais

Ademais, o estudo de Silva (2013) sugere que políticas de apoio financeiro, como o Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), o PROUNI integral e o apoio moradia, são variáveis com impacto positivo na permanência estudantil, especialmente entre alunas de baixa renda. Isso reforça a importância de uma análise interseccional que considere gênero, classe e faixa etária para compreender os fatores que levam mulheres à evasão.

No caso da Biblioteconomia, em que muitas estudantes conciliam os estudos com responsabilidades familiares e atividades profissionais, a ausência ou precariedade desses auxílios pode intensificar as dificuldades de permanência. Portanto, embora mulheres historicamente apresentem maior resiliência, essa condição não é imune a rupturas diante da sobrecarga estrutural vivida por alunas em situação de vulnerabilidade, revelando a importância de políticas institucionais sensíveis à condição feminina no ensino superior.

O quantitativo de alunos que ingressam anualmente para cursar são 56 alunos, pelas modalidades institucionais locais, como o Processo Seletivo Contínuo (PSC) e o Processo Seletivo Extramacro (PSE). Além desses, temos os alunos que ingressam por meio do Sistema de Seleção Unificado (SiSU). Na Tabela abaixo, expõe-se o percentual de ingressos no Curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Amazonas através dessas modalidades.

Modalidade de Ingressão

Nº de Alunos

2017

2018

2019

2020

2021

PSC – AC

-

-

-

-

-

PSC – PPI1 (Esc. Pub., Renda até 1.5)

-

-

1

1

-

PSC – PPI2 (Esc. Pub., Independe Renda)

-

-

-

1

-

SiSU – AC

4

3

-

1

1

SiSU – AC-BE

-

-

3

1

2

SiSU - PPI1 (Esc. Pub., Renda até 1.5)

2

1

2

2

2

SISU - PPI2 (Esc. Pub., Independe Renda)

-

1

3

3

-

Legenda: Processo Seletivo Contínuo – Modalidade Ampla Concorrência (PSC - AC); Processo Seletivo Contínuo – estudantes egressos de escolas públicas e que cumulativamente comprovaram receber renda familiar bruta per capita mensal igual ou inferior a 1,5 salário mínimo, que se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas (PSC - PPI1 (Esc. Pub., Renda até 1.5); Processo Seletivo Contínuo – estudantes egressos de escolas públicas, independentemente de renda, que se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas (PSC - PPI2 (Esc. Pub., Independe Renda); Sistema de Seleção Unificado - modalidade Ampla Concorrência (SiSU- AC); Sistema de Seleção Unificado - modalidade Concorrência com a Bonificação Estadual (SiSU - AC-BE); Sistema de Seleção Unificado - estudantes egressos de escolas públicas e que cumulativamente comprovaram receber renda familiar bruta per capita mensal igual ou inferior a 1,5 salário mínimo, que se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas (SISU - PPI1 (Esc. Pub., Renda até 1.5); Sistema de Seleção Unificado - estudantes egressos de escolas públicas, independentemente de renda, que se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas (SISU - PPI2 (Esc. Pub., Independe Renda).

A Tabela 1 descreve que o SiSU se destaca como o principal método de ingresso no curso de Biblioteconomia, correspondendo a 82,4% dos dados da pesquisa. Em contraste, o PSC representa apenas 17,6%. Essa divergência pode ser atribuída à falta de conhecimento sobre o curso de Biblioteconomia entre os alunos do ensino médio, resultando em baixa adesão por essa modalidade.

A análise das modalidades de ingresso no curso de Biblioteconomia da UFAM entre 2017 e 2021 evidencia o predomínio do SiSU como principal via de acesso, representando 82,4% do total de registros. A baixa adesão ao Processo Seletivo Contínuo (PSC), especialmente entre alunos da rede pública estadual, sugere um desconhecimento ou desvalorização do curso no contexto local, apontando para uma necessária reaproximação entre a universidade e as escolas da região.

Além disso, a presença expressiva de ingressantes pelas modalidades PPI1 e PPI2, voltadas a estudantes negros, indígenas e de baixa renda, evidencia a importância das políticas de ações afirmativas no perfil sociodemográfico do curso. Esses dados reforçam a pensar políticas de permanência que considerem a interseccionalidade entre raça, classe e território, de modo a reduzir as taxas de evasão e garantir um ambiente acadêmico mais inclusivo e equitativo. Para muito além disso, a reflexão sobre aspectos identitários devem ser refletidos nos mecanismos de ingresso na biblioteconomia, mas também nos documentos e diretriz do curso, no fim de proporcionar uma construção diversa e plural na área.

Nesse cenário, a Tabela 2 expõe o quantitativo de alunos que ingressaram e evadiram do curso.

ANO

Ingressantes

Evadidos

2017

17,6%

2,9%

2018

14,7%

14,7%

2019

26,5%

14,7%

2020

26,5%

38,2%

2021

14,7%

29,5%

Os dados fornecidos pela Coordenação do Curso de Biblioteconomia indicam que, entre os discentes que evadiram durante o recorte temporal de 2017-2021, os percentuais foram de 2,9% (1 aluno) em 2017, 14,7% (5 alunos) em 2018 e 14,7% (5) em 2019. O número de evasão dos anos sequentes teve um aumento, tendo como fator a pandemia da COVID-19, onde observamos que o número de evadidos em 2020 foi de 38,2% (13 alunos) e em 2021 foi 29,5% (10 alunos). No contexto da pandemia, diversos fatores influenciaram diretamente os discentes.

De acordo com Carneiro e Menezes (2023) dentre os fatores que influenciam os discentes a evadirem no contexto pandêmico, destacam-se a falta de: organização da rotina de estudos; concentração nas aulas; acesso à internet, bem como recursos financeiros; material didático; computadores e celulares.

Além disso,

As metodologias utilizadas no Ensino Remoto Emergencial (ERE) pelos professores, em sua grande maioria, foram distribuídas nas aulas síncronas e assíncronas através do Google meet, Google class, youtube, vídeos, slides, debates de textos, quis, kahoot, ensaios virtuais. Foi dominante o uso de metodologias ativas [...]. Por se tratar de disciplinas diversas, as avaliações efetuadas também foram diversificadas [...] (Pecegueiro; Marinho, 2022, p. 9).

A ausência de familiaridade dos discentes com a utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) influenciou diretamente na sua adaptação ao novo cenário estabelecido, a barreira tecnológica contribuiu para a menor participação em aulas online simultâneas e atividades individuais, além de gerar sentimentos de isolamento e distância dos colegas e professores.

Os fatores mencionados contribuíram significativamente para o aumento da evasão nos cursos de graduação da Universidade Federal do Amazonas, conforme demonstrado no período analisado. a A pandemia não apenas acentuou desigualdades educacionais já existentes, como também evidenciou a necessidade de políticas públicas voltadas à garantia do direito à permanência estudantil, sobretudo em cursos como o de Biblioteconomia cuja inserção social e reconhecimento profissional ainda carecem de maior consolidação.

A análise da evasão neste período deve considerar, portanto, a interseção entre as condições materiais de acesso ao ensino remoto e os aspectos emocionais, sociais e pedagógicos da trajetória universitária dos estudantes. O Gráfico a seguir detalha os períodos letivos que apresentam maior abandono.

Gráfico 2 – Periodização de Evasão

O Gráfico 2, demonstra a periodização em que as ocorrências de evasão são mais frequentes. De acordo com Santos (2022) afirma que seria interessante esclarecer aos futuros pretendentes ao curso, quais os objetivos da área que irão cursar, bem como o perfil do egresso que a UFAM se propõe a formar.

Dessa forma, muitos dos alunos não perderiam tempo e nem se frustrariam com o curso, e, as vagas seriam efetivamente destinadas aqueles que realmente querem abraçar a profissão. Segundo o Projeto Pedagógico do Curso (PPC) de Biblioteconomia da UFAM, o tempo mínimo de duração do curso é de oito e no máximo quatorze semestres.

A evasão inicial é um problema notável, com 10,4% (5) dos alunos matriculados ausentes das aulas. A pressão familiar, decorrente da percepção de que a Biblioteconomia oferece poucas oportunidades de emprego, é um dos principais motivos. Conforme apontado por Silva (2017), os primeiros dois períodos do curso são os mais críticos em relação à desistência.

Além disso, é apontado por Soares e Ferreira (2013) que a escolha do curso foi baseada na baixa concorrência do curso, o que mostra que os alunos possuem pouco conhecimento sobre a filosofia, o mercado profissional e a dimensão social e política da profissão de bibliotecário.

Essa evasão inicial, ainda antes da consolidação da matrícula, também merece destaque, com 10,4% dos alunos (5) deixando de frequentar o curso logo após o ingresso. Essa saída precoce pode estar relacionada a fatores como pressão familiar, baixa atratividade da profissão, e expectativas desalinhadas com relação ao curso, como apontado por Silva (2017) e Santos (2022). A percepção de que a Biblioteconomia oferece poucas oportunidades profissionais ou de que não se trata de uma carreira “visível” no imaginário social contribui para que muitos estudantes não se sintam pertencentes à área logo no início da graduação.

Adicionalmente, 25,0% (12) e 12,5% (6) dos alunos abandonaram o curso no primeiro ano. Essa evasão pode ser atribuída ao currículo inicial, que inclui disciplinas comuns às áreas de Ciências Humanas e Filosofia, como Introdução à Filosofia, Sociologia I, Psicologia Geral, Língua Portuguesa, Lógica I, Informática Instrumental e Psicologia Social.

A escassez de disciplinas específicas de Biblioteconomia nos períodos iniciais, como Introdução à Biblioteconomia, pode contribuir para a desmotivação dos alunos. Santos (2005) e Medeiros (2014) destacam a importância de atividades introdutórias intensivas para apresentar a profissão e o curso, permitindo que alunos desinteressados decidam pela evasão mais cedo.

No segundo ano, a evasão atinge 14,6% (7) no terceiro período da graduação, coincidindo com o início das disciplinas específicas da formação profissional. A partir daí, a evasão diminui gradualmente, registrando 10,4% (5), 6,3% (3) e 2,1% (1) nos períodos subsequentes.

Nos períodos intermediários (4º ao 7º), há uma tendência de queda na evasão como aponta o gráfico, o que pode indicar que os alunos que permanecem até essas etapas já passaram por um processo de maior identificação com a área e estão mais adaptados às exigências do curso. No entanto, essa permanência também esbarra em desafios, como a reprovação em disciplinas técnicas e obrigatórias que não têm correspondência em outros cursos, dificultando a mobilidade estudantil e contribuindo para a evasão tardia. Segundo Almeida (2023), disciplinas como TCC, Estágio II a IV, Fontes de Informação e Metodologia da Pesquisa I figuram entre os principais pontos de retenção.

Além disso, a exigência de 210 horas em disciplinas optativas, representa um desafio para os alunos, que frequentemente necessitam buscar matérias em outros cursos, devido à restrita oferta no período da tarde, e quando existe a disponibilidade dos professores. A incompatibilidade de horários, é apontado por Carvalho e Perota (1990) como uma das causas de evasão, uma vez que muitos discentes realizam estágios remunerados ou trabalhos no contraturno do curso, impossibilitando de participar de disciplinas que possuem o interesse.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo identificou que os evadidos do curso de Biblioteconomia são, predominantemente, mulheres oriundas da escola pública, que ingressaram no ensino superior logo após o término do ensino médio, muitas vezes sem pleno conhecimento sobre a área de formação. Outra parcela dos estudantes pertence a grupos socioeconômicos que necessitam conciliar trabalho e estudo para garantir a permanência no curso.

O curso de Biblioteconomia da UFAM, no que se refere à evasão dos discentes, têm problemas similares aos que são encontrados na literatura. Um dos fatores recorrentes está relacionado ao ingresso ao curso sem a clara intenção de concluir, somado à presença de concepções equivocadas em relação à profissão do bibliotecário, muitas vezes vista como uma área antiquada e desatualizada em relação às exigências do mercado de trabalho atual.

Entretanto, para além dos aspectos subjetivos ou individuais, é necessário considerar também os determinantes estruturais que impactam a permanência no curso. A evasão pode estar associada à baixa oferta de postos de trabalho no campo biblioteconômico, especialmente nas regiões periféricas e do interior. A tímida implementação da Lei nº 12.244/2010, que determina a universalização das bibliotecas escolares em instituições públicas e privadas até 2020, evidencia esse problema: o Estado brasileiro falhou em consolidar uma política pública estruturante que ampliaria de forma significativa o mercado de trabalho para os egressos da área. A insuficiência de concursos públicos, o fechamento de bibliotecas e a precarização das condições de trabalho tornam a perspectiva profissional pouco promissora para muitos estudantes, o que pode desestimular sua permanência no curso.

Diante desse cenário, é importante que os cursos de Biblioteconomia adotem medidas estratégicas para enfrentar a evasão. Isso inclui, entre outras ações, a atualização curricular, especialmente nos períodos iniciais, incorporando disciplinas introdutórias que apresentem o campo profissional de forma mais atrativa e realista.

Além disso, seria pertinente a criação de programas de integração profissional, com o apoio de bibliotecários atuantes em diversos setores — público, privado e do terceiro setor — por meio de rodas de conversa, palestras e oficinas, aproximando os estudantes da realidade do trabalho na área. A valorização da identidade profissional desde o início da graduação pode contribuir de maneira significativa para o engajamento discente e a redução dos índices de evasão, na tentativa de refletir sobre a atuação profissional e os campos.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Edilson Coutinho de. Retenção de discentes no curso de graduação em biblioteconomia da universidade federal do Amazonas: uma análise dos ingressantes de 2016. 2023. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Biblioteconomia) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2023. Disponível em: https://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/7166. Acesso em: 9 jul. 2024.

BAGGI, Cristiane Aparecida dos Santos. Evasão e avaliação institucional: uma discussão bibliográfica. 2010. 81 p. Dissertação (Mestrado em Educação) - Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, 2010. 81 p.

BORGES, Vanusa Jardim; OLIVEIRA, Andrezza Pereira. Memória organizacional das matrizes curriculares do curso de biblioteconomia da universidade federal do Amazonas: 1962-2009. In: BARBALHO, Celia Regina Simonetti; INOMATA, Danielly Oliveira (orgs.). Informação em biblioteconomia. Manaus: EDUA, 2020. Disponível em: https://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/5793. Acesso em: 1 abr. 2025.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS. UFAM. Projeto Pedagógico do Curso de Biblioteconomia. Manaus: UFAM, 2008.

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Essa estrutura curricular esteve em vigor até o segundo semestre de 2023, a partir do primeiro semestre de 2024, iniciou-se a transição para a nova estrutura curricular, onde as disciplinas encontram-se distribuídas nos seguintes eixos: a) fundamentação; b) gestão e tecnologia; c) tratamento técnico; d) pesquisa e; e) transversal. Com o objetivo de distribuir a carga horária das disciplinas de maneira equilibrada, garantindo que os conteúdos não contemplados no antigo formato fossem dessa forma inseridos, qualificando melhor o profissional da área.

Fonte: Universidade Federal do Amazonas (2008).

Figura 1 – Quadro de disciplinas obrigatórias e optativas

Gráfico 1 – Sexo dos evadidos do Curso de Biblioteconomia

Fonte: Elaborado pelos autores, com base nos dados coletados (2022).

Tabela 1 - Ingresso no curso de Biblioteconomia por modalidade de ingresso

Fonte: Elaborado pelos autores, com base nos dados coletados (2022).

Tabela 2 – Quantitativo de alunos que ingressaram e evadiram do curso entre 2017-2021

Fonte: Elaborado pelos autores, com base nos dados coletados (2022).

Gráfico 2 – Periodização de Evasão

Fonte: Elaborado pelos autores, com base nos dados coletados (2022).