Análise do PPP da Escola Bosque, Belém, Pará

Conteúdo do artigo principal

José Bittencourt da Silva
Elisangela Castro Redig Pinto
Marcio Fernando Duarte Pinheiro

Resumo

O processo de criação da Escola Bosque ligou-se às discussões nacionais e internacionais do desenvolvimento sustentável das décadas de 1980 e 1990. Atualmente, gestores e professores desta escola promoveram a construção de um novo Projeto Político Pedagógico (PPP) com o intuito de atualizar o projeto anterior que data de 1996. Com base em princípios metodológicos da análise de discurso e de conteúdo, objetiva-se neste artigo analisar o atual PPP da Escola Bosque, enfocando a dimensão da Educação Ambiental. Este documento revela intencionalidades que denotam sua filiação ideológica institucional formadora de crianças, adolescentes, jovens e adultos residentes localmente.

Detalhes do artigo

Seção
Artigos
Biografia do Autor

José Bittencourt da Silva, Universidade Federal do Pará

Pós-Doutorado em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (FACED/UFBA, 2016); Doutorado em Ciências Ambientais pela Universidade Federal do Pará (UFPA, 2007); Mestrado em Planejamento do Desenvolvimento pela Universidade Federal do Pará (UFPA, 2003); Especialização em Ciência Política pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Pará (IFCH/UFPA, 1995); Licenciatura e Bacharelado em Ciências Sociais pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Pará (IFCH/UFPA, 1993). Atualmente é professor Associado da Universidade Federal do Pará, atuando na graduação (Faculdade de Educação-FAED) e Pós-Graduação (Programa de Pós-Graduação em Currículo e Gestão da Escola Básica-PPEB-UFPA).

Elisangela Castro Redig Pinto, Universidade Federal do Pará

Graduada em Geografia pela Universidade Federal do Pará e Pós-Graduada Lato Sensu em Educação Ambiental e Uso de Recursos Hídricos pela Faculdade Integrada Brasil Amazônia-FIBRA. Atua como voluntária no Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação e Desenvolvimento da Amazônia (GEPEDA) do Instituto de Ciências da Educação da Universidade Federal do Pará - UFPA. Atualmente é discente do mestrado em Currículo e Gestão da Escola Básica na linha de Gestão e Organização do Trabalho Pedagógico na Escola Básica.

Marcio Fernando Duarte Pinheiro, Universidade Federal do Pará

É graduado em Tecnologia em Gestão Ambiental pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará - IFPA - Campus Bragança. Realizou estágio e desenvolveu atividades de pesquisas no Laboratório de Geografia do IFPA. É Especialista em Educação Ambiental com ênfase em espaços educadores sustentáveis pela Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP. Tem experiência na área de Ciências Ambientais e Educação. Atua nos seguintes temas: em Educação Ambiental, Currículo, Campos Naturais, Unidade de Conservação, Impactos Ambientais e Recursos Minerais.

Referências

BELÉM (Município). Lei nº 7747, de 2 de janeiro de 1995. Autoriza o Poder Executivo a criar o Centro de Referência em Educação Ambiental -- Escola Bosque "Professor Eidorfe Moreira", na Ilha de Caratateua, Distrito de Outeiro, Município de Belém e dá outras providências. Lei Ordinária N.º 7747. Belém, PARÁ, 4 jan. 1995. Disponível em: <http://www.belem.pa.gov.br/semaj/app/Sistema/view_lei.php?lei=7747&ano=1995&tipo=1>. Acesso em: 23 out. 2017.

_______. Projeto Educacional. Secretaria Municipal de Educação, Fundação Centro de Referência em Educação Ambiental Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira. Belém: 1994.

______. Projeto Político Pedagógica da Escola Bosque. Belém: Secretaria Municipal de Educação, Fundação Centro de Referência em Educação Ambiental Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira, 2017.

BARDIN, Laurence. Uanalyse de contenu. Paris: Presses Universitaires de France, 1977.

BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. DOU. Brasília, DF, 20 dez. 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: 1 maio 2015.

BRASIL. Ministério da Educação Conselho Nacional de Educação Conselho Pleno. Resolução nº 2, de 15 de Junho de 2012. Estabelece as Diretrizes Curriculares nacionais para a Educação Ambiental. In. Diário Oficial da União, Brasília, 18 de jun. 2012 -- Seção 1 -- p.70.

CARNEIRO FILHO, Arnaldo. Atlas de pressões e ameaças às terras indígenas na Amazônia brasileira. Arnaldo Carneiro Filho, Oswaldo Braga de Souza. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2009. Disponível em: http://www.mstemdados.org/sites/default/files/Atlas%20de%20press%C3%B5es%20e%20amea%C3%A7as%20%C3%A0s%20Terras%20Ind%C3%ADgenas%20na%20Amaz%C3%B4nia%20Brasileira%20%E2%80%93%20Instituto%20Socioambiental%20%E2%80%93%20ISA,%202009.pdf. Acesso em: 18 set. 2017;

CAVALIERE, Ana Maria. Escolas de tempo integral versus alunos em tempo integral. Em Aberto, Brasília, v. 22, n. 80, p. 51-63, abr. 2009. Disponível em: http://emaberto.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/download/2220/2187. Acesso em: 04 dez. 2017.

DEMO, Pedro. Inovações educativas na prefeitura de Belém: uma experiência de 4 anos na secretaria de educação. In: Caminhos da educação. Belém: PMB/SEMEC, 1996. (Série Planejamento, n. 3).

FEIO, Aldemyr. Escola Bosque, 16 anos depois. In: Jornal do Feio. Disponível em: http://aldemyrfeio.blogspot.com.br/2012/04/escola-bosque-16-anos-depois.html. Acesso em: 23 out. 2017.

GALEANO, Eduardo. As palavras andantes. 5. ed. Porto Alegre: L&PM, 2007.

HEIDEGGER, Martin. H¶lderlinsHymnen "Germanien" und "Der Rhein". 2ª ed., GA 39. Frankfurt a/M, Klostermann, 1980.

KOSIK, Karel. Dialética do Concreto. 5a Ed., Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.

LAYRARGUES, Philippe Pomier; LIMA, Gustavo Ferreira da Costa. As macrotendências político-pedagógicas da educação ambiental brasileira. Ambiente e sociedade, São Paulo, v. 17, n. 1, p. 23-40, Mar. 2014. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-753X2014000100003&lng=en&nrm=iso>. Accesso em: 27 Maio 2016.

LOPES, Luciano M. N. O rompimento da barragem de Mariana e seus impactos socioambientais. Sinapse Múltipla, 5 (1), jun 1-14, 2016. Disponível em: http://periodicos.pucminas.br/index.php/sinapsemultipla. Acesso em: 18 set. 2017.

LOUREIRO, Carlos Frederico B. Educação Ambiental Crítica: contribuições e desafios. In: MELLO, Soraia Silva de; TRAJBER, Rachel (Org.). Vamos cuidar do Brasil: conceitos e práticas em educação ambiental na escola. Brasília: UNESCO, 2007, p. 65-72.

______. Educação Ambiental Crítica: contribuições e desafios. Disponível em: https://www.google.com.br/search?dcr=0&source=hp&ei=p5gNWvCvPIOawASmlL_YCw&q=Educa%C3%A7%C3%A3o+Ambiental+Cr%C3%ADtica%3A+contribui%C3%A7%C3%B5es+e+desafios&oq=Educa%C3%A7%C3%A3o+Ambiental+Cr%C3%ADtica%3A+contribui%C3%A7%C3%B5es+e+desafios&gs_l=psy-ab.3..0.11298.11298.0.13516.1.1.0.0.0.0.436.436.4-1.1.0....0...1.1.64.psy-ab..0.1.436....0.e7zsySKZcbg. Acesso em: 16 set. 2017.

LÖWY, Michael. O que é ecossocialismo? 2ª ed., São Paulo: Cortez, 2014 (Coleção questões da nossa época, v. 54).

MENDES, André Trigueiro. Mundo Sustentável 2: novos rumos para um planeta em crise. São Paulo: Globo, 2012.

MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Tradução de Catarina Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaya; revisão técnica de Edgard de Assis Carvalho. 8. Ed. São Paulo: Cortez, Brasília, DF: UNESCO, 2003, p.40-141.

ORLANDI, Eni P. Análise de Discurso: princípios e procedimentos. 11ª ed., Campinas, São Paulo: Pontes Editores, 2013.

______. Discurso e texto: formulação e circulação dos sentidos. 4ª ed., Campinas: Pontes Editores, 2012.

PENA, Rodolfo F. Alves. Atividades que mais consomem água. Brasil Escola. Disponível em: http://brasilescola.uol.com.br/geografia/atividades-que-mais-consomem-agua.htm. Acesso em: 19 nov. 2017.

REIGOTA, M. Desafios à educação ambiental escolar. In: JACOBI, P. et al. (Org.). Educação, meio ambiente e cidadania: reflexões e experiências. São Paulo: SMA, 1998. p.43.

REIS, Maria Izabel Alves dos. Gestão, trabalho e adoecimento docente: caminhos e descaminhos na Escola Bosque. Orientadora Olgaísses Cabral Maués. Dissertação (Mestrado em Educação) -- Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Belém, 2009.

SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia: polêmicas do nosso tempo. 32ª ed., Campinas, SP: Autores Associados, 1999.

TRAJBER, Rachel; MENDONÇA, Patrícia Ramos (Org.). Educação na diversidade: o que fazem as escolas que dizem que fazem educação ambiental. Brasília: Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2006. (Coleção Educação para Todos, Série Avaliação; n. 6, v. 23).

TRIVIÑOS, Augusto Nibaldo Silva. Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais: a Pesquisa Qualitativa em Educação -- O Positivismo, A Fenomenologia, O Marxismo. 5 ed. 18 reimpr. São Paulo: Atlas, 2009.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro (Org.). Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. 14ª. Ed. Papirus, 2002.