CENTRO E PERIFERIA: UM ESTUDO SOBRE A SALA DE AULA

Conteúdo do artigo principal

Maria de Lourdes Sá Earp

Resumo

Este trabalho teve como objetivo descrever a repetência. A pesquisa de campo se desenvolveu em duas escolas públicas da cidade do Rio de Janeiro, uma municipal e outra estadual. Segundo o estudo, as salas de aula se organizam segundo um princípio descrito pela metáfora “centroperiferia”: o professor não ensina todos os alunos. Os alunos que ficam no “centro” da sala de aula recebem mais ensino do que os que ficam na periferia. Há dois tipos de alunos no “centro”: aqueles cujas condições extra-escolares contribuíram para seu lugar privilegiado na sala de aula e alunos com condições sociais mais simples.

Detalhes do artigo

Seção
Número Temático: Avaliação educacional: desafios e perspectivas no cenário nacional e internacional

Referências

BARBOSA, M. L. de O.; RANDALL, L. “Desigualdades sociais e formação de expectativas familiares e de professores”. Caderno CRH, Salvador, v.17, n.41, mai/ago 2004. p.299- 308.

BOURDIEU, P. “A escola conservadora: desigualdades frente à escola e à cultura”. In: NOGUEIRA, M. A. & CATANI, A. (org.), Escritos de Educação. Petrópolis: Vozes, 1999. p.39-64.

BOURDIEU, P. “As categorias do juízo professoral”. In: NOGUEIRA, M. A. & CATANI, A.(org.), Escritos de Educação. Petrópolis: Vozes, 1999. p.185-216.

BRESSOUX, P. “As pesquisas sobre o efeito escola e o efeito-professor”. Educação em Revista, Belo Horizonte, n. 38, dez 2003. p. 17-86.

CARNOY, M.; GOVE, A. K.; MARSHAL, J, H. “As razões das diferenças de desempenho acadêmico na América Latina: dados qualitativos do Brasil, Chile e Cuba”. In: Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v. 84, n. 206/207/208, jan/dez 2003. p. 7-33.

CHARON, J. Sociologia. Rio de Janeiro, Saraiva, 2000.