A tensão entre política e pedagogia em Hannah Arendt

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Danilo Arnaldo Briskievicz

Resumo

A partir do estudo do ensaio de Arendt intitulado A crise na educação (1958), analisamos dois de seus fundamentos: o histórico e político baseado na noção de destino manifesto do povo norte-americano e a crença de que o pragmatismo de matriz deweyana tornaria possível a superação dos seus dados negativos pela adoção generalizada do seu “credo pedagógico” e de seus princípios anunciados como democráticos. A metodologia utilizada baseou-se na pesquisa bibliográfica e a fundamentação teórica desenvolveu-se em torno do pensamento filosófico de Arendt e de Dewey, como também de seus comentadores. Os resultados alcançados foram o aprofundamento da compreensão da crise da educação no mundo moderno no contexto da filosofia de Hannah Arendt e a apresentação de sua crítica sobre a origem pedagógica e política desta crise nas primeiras décadas do século XX nos Estados Unidos da América.

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Biografia do Autor

Danilo Arnaldo Briskievicz, IFMG - Instituo Federal de Educação de Minas Gerais

Licenciatura em Filosofia pela Universidade Católica de Minas Gerais - PUC-MG, especialista Temas Filosóficos e Mestre em Filosofia Política pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG e Doutorando em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC. Professor de Filosofia e Sociologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais - IFMG, Santa Luzia.

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