Resumo
Este artigo analisa a maternidade na comunidade cigana, refletindo sobre suas especificidades culturais, os desafios impostos pela exclusão social e pela ausência de políticas públicas inclusivas. A maternidade cigana é abordada como um espaço de resistência cultural e transmissão identitária, enquanto a falta de acesso às creches revela barreiras estruturais que impactam o desenvolvimento das crianças. O estudo enfatiza a necessidade de políticas educacionais que respeitem as tradições ciganas e promovam a equidade no acesso aos direitos fundamentais.
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