Expressões idiomáticas e ditados populares: a natureza dos saberes

Autores

  • Miriam Lemle Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
  • Isabella Lopes Pederneira Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

DOI:

https://doi.org/10.31513/linguistica.2020.v16nEsp.a21904

Palavras-chave:

Estrutura e leitura, leitura semântica e moralidade, saberes linguísticos e sabedorias.

Resumo

Ditados e expressões idiomáticas assemelham-se por serem constituídos por sentenças cuja leitura literal não é a pretendida. A omissão do agente nos idiomas permite a leitura semântica do sintagma verbal, mas a mesma operação destrói totalmente a natureza do ditado. Além disso, no ditado, o intuito extralinguístico de aconselhamento ou valoração moral é uma parte integrante do significado. É surpreendente como a semelhança moral pode ser expressa através de estruturas morfossintáticas e preenchimentos lexicais cuja tradução literal pode ser muito diversa, porém obedece a uma pauta universal estruturada com uma lógica, também universal, que se assemelha à da Gramática Universal. Neste trabalho, assumimos uma teoria modular da mente: o significado de uma expressão idiomática e o julgamento de um tipo de comportamento presente nos ditados populares são provenientes de módulos distintos.

Biografia do Autor

Miriam Lemle, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Professora do Programa de Pós-Graduação em Linguística
Professora Emérita da UFRJ

Isabella Lopes Pederneira, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Professora do Departamento de Letras Vernáculas

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Publicado

2020-11-07