O estágio dois no desenvolvimento linguístico pré-fala: a percepção de consoantes

Autores

  • Eloisa Maria Le Maitre de Oliveira Lima UFRJ
  • Aline da Rocha Gesualdi CEFET-Rio
  • Aniela Improta França UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.31513/linguistica.2009.v5n1a4425

Resumo

Quando um bebê começa a falar, por volta dos 12 meses, evidencia-se um output lingüístico, ainda bem limitado pela própria condição motora do bebê. Como observadores, perdemos então as fases encobertas do Mecanismo de Aquisição de Linguagem (Language Acquisition Device -- LAD), que prepara a circuitaria que dá suporte à fala. O problema é: como monitorar a aquisição de linguagem na mente de um bebê que ainda não fala? Este trabalho retrata o uso de duas técnicas de monitoração próprias para o período pré-fala, correspondendo à primeira e à segunda fases do experimento. A primeira delas é o chupetógrafo, que registra a frequência e a intensidade da sucção de bebês. Sabe-se que nos bebês há uma ligação fisiológica entre a sucção e a atenção. Trata-se da “sucção não-nutritiva” (SNN), que pode manifestar-se pela simples presença da chupeta ou mesmo espontaneamente. Na SNN, há aumento no ritmo e no volume de sucção proporcionalmente ao nível de interesse e foco que o bebê dispensa a determinado estímulo. Desta forma, buscou-se desenvolver um aparelho que registra com precisão a sucção em seus aspectos de frequência por segundo e pressão, de forma que esses dados possam ser relacionados à estimulação linguística. A segunda técnica utilizada foi a monitoração do olhar de bebês para objetos que ele reconhece ou não. Os testes foram feitos com bebês de 3, 4, 5 e 6 meses, e os estímulos eram palavras e não-palavras que designam objetos concretos mostrados para os bebês durante a primeira fase do experimento e reconhecidos por eles durante a segunda fase.

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Publicado

2015-05-31