Considerações sobre a resistência mecânica e o processo de hidratação de cimentos supersulfatados (CSS) formulados com fosfogesso

Autores

  • Bruna Gracioli
  • Maxwell Vinícius Favero Varela
  • Cheila Sirlene Beutler
  • Andreza Frare
  • Caroline Angulski da Luz
  • José Ilo Pereira Filho

Resumo

O Cimento supersulfatado (CSS) é conhecido por ser um aglomerante de baixo impacto ambiental devido aos
materiais que o compõem. Os principais constituintes do CSS são escória de alto forno (até 90%), sulfato de
cálcio (10-20%) e uma pequena quantidade de ativador alcalino (até 5%). Estudos destacam a substituição da
fonte de sulfato de cálcio natural, gipsita, por uma fonte alternativa, como o fosfogesso. No Brasil, a produção
deste material é cerca de 4,5 milhões de toneladas por ano. Pelo fato do CSS compreender um maior teor
de sulfato de cálcio (20%) em sua composição, em relação ao cimento Portlant, permite um maior consumo
de fosfogesso. Esta pesquisa aborda o uso do fosfogesso como fonte alternativa de sulfato de cálcio na elaboração
de CSS, a fim de relatar os efeitos que diferentes teores de sulfato de cálcio (10 e 20%) e de ativador
alcalino (0,2, 0,5 e 0,8%) exercem no desempenho deste tipo de cimento, bem como na formação de compostos
hidratados. A análise dos resultados mostrou que CSS feito com fosfogesso atendeu aos requisitos mínimos
de resistência à compressão exigidos pela norma europeia para cimentos supersulfatados (EN
15743/2010). Foram observadas baixas taxas de calor de hidratação, as quais foram influenciadas principalmente
pelo teor de ativador alcalino. O excesso de ativador alcalino (KOH) teve implicações distintas nas
pastas com diferentes percentuais de sulfato de cálcio. Naquelas com baixo teor (10%), 0,8% de KOH implicou
queda de resistência, enquanto que naquelas com alto teor de sulfato de cálcio (20%), o alto ter de KOH
implicou a instabilidade da etringita.

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Publicado

2017-11-13

Edição

Seção

Artigos