Análise da microdureza Vickers de zircônia Y-TZP pré-sinterizada para a usinagem e posterior aplicação como copings

Autores

  • Lieca Kavashima
  • Matheus Gallo Sanches
  • Edson Antonio Capello Sousa
  • Carla Müller Ramos
  • Ana Flávia Sanches Borges
  • Carlos Alberto Fortulan
  • Cesar Renato Foschini

Resumo

A zircônia Y-TZP é muito utilizada na confecção de coping como material estrutural para próteses odontológicas
devido à sua cor branca/perolada opaca e resistência mecânica. Estas próteses são confeccionadas por
usinagem com apoio de um software de CAM (Computer Aided Manufacturing), a partir de blocos prensados
e pré-sinterizados. A pré-sinterização consiste em aquecer os blocos compactados a altas temperaturas, com
uma taxa lenta de aquecimento até o início da formação dos pescoços entre as partículas, quando proporciona
dureza/resistência e usinabilidade. Uma contradição, pois a dureza/resistência mecânica é necessária para
proporcionar estabilidade as forças de corte, mas se muito duro, pode dificultar a usinagem então se deve
encontrar uma faixa de compromisso de temperatura entre estabilidade e usinabilidade. Dessa forma, o objetivo
do presente trabalho foi investigar a relação entre a microdureza e temperatura de pré-sinterização da
zircônia Y-TZP e seu comportamento ao ser submetido à usinagem. O ensaio de microdureza foi escolhido
como representante de resistência mecânica por ser não destrutivo e de resultado imediato. O pó de zircônia
experimental foi submetido à prensagem uniaxial seguido de prensagem isostática a frio à 200 MPa e présinterização
entre 900°C e 950°C. Os blocos foram cortados e submetidos ao teste de estabilidade na usinagem
e ensaio de microdureza Vickers sendo os dados submetidos ao teste de “normalidade” de Anderson-
Darlin com p > 0,05. Foi utilizada ANOVA de um fator com o teste de Tukey-Kramer para verificar as diferenças
entre as médias dos grupos. A investigação demonstrou que a diferença de 50°C na temperatura de
pré-sinterização, acima de 900°C afetou significativamente a microdureza, contudo os tempos de patamar 2 e
4 horas não a influenciou significativamente. A maior temperatura de pré-sinterização dos grupos experimentais
testados possibilitou um melhor comportamento na usinagem com o apoio de um software CAM, sendo a
microdureza similar ao material comercial ZL.

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Publicado

2017-11-13

Edição

Seção

Artigos