Compreendendo as propriedades (estrutural, espectroscópica, colorimétrica e térmica) de sais de níquel

Autores

  • Tamara Maria de Andrade
  • Felipe Quadros Mariani
  • Cícero Venâncio Nunes Júnior
  • Mariane Dalpasquale
  • Marins Danczuk
  • Fauze Jacó Anaissi

Resumo

 Sais de níquel (acetato, cloreto e nitrato) são de uso corriqueiro nos laboratórios de síntese inorgânica e orgâ-nica. No processo de obtenção de óxidos, hidróxidos e oxi-hidróxidos de níquel para as mais diversas aplica-ções (baterias, pigmentos, sensores e eletrocatálise, por exemplo) se faz necessário compreender as caracte-rísticas, as propriedades estruturais e eletrônicas, que cada sal precursor pode conferir ao produto final. Como premissa, foi realizado uma avaliação do comportamento estrutural, espectroscópico e térmico de sais de ní-quel. O perfil de difração de raios X (DRX) possibilitou identificar a rede cristalina e seus parâmetros. Dados espectroscópicos (UV-Vis) mostram a similaridade de absorção em solução e as bandas atribuídas de acordo com as transições permitidas e proibidas para o íon hexa(aquo)níquel(II). Porém, os espectros se diferenciam quando se avalia os sólidos por refletância difusa. Fato que possibilita calcular as energias de band gap para cada sal; acetato 2,85 eV, cloreto 2,46 eV e nitrato 2,61 eV. Dados colorimétricos (L*a*b) permitem prever que a intensidade de tom verde diminui na sequência: nitrato > cloreto > acetato. Curvas térmicas (TG/DTA) inferem grau de pureza e quantificam o número de moléculas de água de hidratação, compatíveis com os da-dos do fornecedor. A análise morfológica (MEV) e estrutural (DRX) das partículas geradas nas curvas térmi-cas permitiram determinar a composição estimada de NiO residual, com maior precisão para o derivado do nitrato de níquel (NiO1,1), com tamanho de partícula da ordem de 0,1 μm, o menor entre os resíduos.

Palavras-chave: Sais de níquel, caracterização, espectroscopia, colorimetria.

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Publicado

2018-08-15

Edição

Seção

Artigos