Reutilização de terra diatomácea residual proveniente da produção de soros antiofídicos e antitóxicos

Autores

  • Ricardo Adriano Dorledo de Faria
  • Tássia Gabriela Guimarães Pereira Silva
  • Renata Braga Soares
  • Christianne Garcia Rodrigues

Resumo

Na produção de soros antiofídicos e antitóxicos, comumente se utiliza a terra diatomácea, que é um mineral
leve, de baixa massa específica e com alto potencial de adsorção, sendo este comumente empregado em processos
de filtração. A fim de se reutilizar a terra residual dos processos de filtração de soros antiodíficos e
antitóxicos da Fundação Ezequiel Dias, este trabalho propôs sua recuperação via tratamento térmico. Após
Análise Termogravimétrica da terra diatomácea residual, concluiu-se que a partir de 600°C todas as impurezas
presentes neste material haviam sofrido degradação. Assim, uma amostra do mineral saturado foi aquecido
em forno mufla até a temperatura de 700°C. Em seguida, a influência do tratamento térmica nas propriedades
do mineral foi avaliada por meio da determinação dos parâmetros físico-químicos como pH, densidade
aparente, teor de umidade base seca e seu potencial de adsorção em plasma equino hiperimune, principal característica
para sua aplicação no processo de filtração para obtenção dos soros. Foi verificado que as propriedades
físico-químicas do material recuperado estiveram próximas àquelas da terra nova, sendo obtidas diferenças
percentuais de 6,1% para o pH, 12,8% para densidade aparente, 3,6% para o teor de umidade base
seca e 1,4% em relação ao potencial de adsorção relativo. Desta forma, foi possível inferir que o tratamento
térmico proposto não alterou consideravelmente a capacidade de adsorção da terra diatomácea, tornando-a
reutilizável como agente filtrante no processo de produção dos soros.
Palavras-chave: Terra diatomácea, reutilização, soro antiofídico, soro antitóxico.

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Publicado

2019-06-06

Edição

Seção

Artigos