O emprego de resíduos de areia de fundição (RAF) em concreto asfáltico: uma alternativa para a sustentabilidade na pavimentação

Autores

  • Paulo Paiva Oliveira Leite Dyer
  • Luis Miguel Gutierrez Klinsky
  • Silvelene Alessandra Silva
  • Maryangela Geimba de Lima

Resumo

Neste artigo, resíduos de areias de fundição (RAFs) originários de: escavação em aterro sanitário industrial e diretamente de indústrias siderúrgicas automotivas foram testados como agregado em misturas asfálticas à quente. Estes RAFs, juntamente com o agregado miúdo convencional, foram caracterizados fisicamente obtendo no ensaio de: material pulverulento, teores inferiores a 13%; composição granulométrica, curvas de material passante em função da abertura das malhas equivalentes ao agregado miúdo (segundo a norma de agregados); densidade real, aparente e saturada muito próximas ao agregado mineral; micrografia óptica, imagens ampliadas (de 10 e 40 vezes obtidas em um Estereoscópio óptico) das frações representativas do maior e menor tamanhos de grãos, visualmente uniformes e semelhantes entre si. Em seguida, foram elaboradas formulações de misturas de agregados e RAFs contendo teores de substituição dos resíduos de: 0% (mistura Controle), 50 e 100% em relação ao pó de pedra e moldados corpos de prova cilíndricos pelo método giratório SUPERPAVE com cimento asfáltico do tipo CAP 30/45. Estes CPs foram testados no ensaio de tração por compressão diametral, obtendo valores de resistência a tração (RT) da ordem de: 2,0 MPa, para as misturas contendo 50% de RAF (das duas origens) e da ordem de 1,3 MPa nas misturas contendo 100% de RAF; e ensaio de módulo de resiliência obtendo valores médios da ordem de: 2500 a 6000 MPa. Concluiu-se que o RAF possui viabilidade técnica como agregado em pavimentos flexíveis.

Palavras-chave: resíduos, sustentabilidade, pavimentos. 

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Publicado

2021-03-25

Edição

Seção

Artigos