A Cooperação Espontânea: Relativizando a Importância da Atividade Formal de Gestão no Funcionamento das Organizações.

Authors

  • Marcos Luís Procópio Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT)

DOI:

https://doi.org/10.21446/scg_ufrj.v2i1.13123

Abstract

O presente ensaio procura criticar, a partir do debate de algumas teorias consagradas no campo da administração sobre a cooperação humana, o papel de demasiada importância que é comumente atribuído à atividade formal e centralizada de gestão ou administração para o funcionamento das organizações. Parte-se da constatação de que a moderna ciência administrativa ocidental supervaloriza a importância da cooperação formal para explicar os processos organizacionais em detrimento de um enfoque na cooperação informal ou espontânea. Para realizar tal propósito são analisadas três contribuições teórico-conceituais sobre a cooperação, pertencentes a três autores igualmente importantes no campo da administração: Amitai Etzioni, Chester Barnard e Elton Mayo. Por fim, conclui-se que grande parte da cooperação que estrutura e sustenta as organizações sociais de trabalho não depende, ao contrário do que defende (direta ou indiretamente) a teoria ortodoxa da administração, do exercício deliberado e premeditado de coordenação da atividade humana realizado por um núcleo centralizado e centralizador de poder.

Published

2010-01-28

Issue

Section

Artigos