GÊNERO DO DISCURSO CONTO DE FADAS LEITURA E ESCRITA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Jucenilton Alves dos Santos1
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia jucenilton@gmail.com

Maria Aparecida Pacheco Gusmão2
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
prof.cida2011@gmail.com

Introdução

A importância de oferecer às crianças contos com diferentes modelos, de forma contextualizada nos processos de leitura e escrita é bastante peculiar e necessário. Contar e ouvir estórias são atividades mais antigas do homem e desenvolve o prazer pela leitura a partir da imaginação.
Sabe-se que a literatura infantil é de suma importância para obtenção e assimilação de conhecimentos, para o entretenimento lúdico, informação e intercâmbio necessários ao ato de ler e de aprender.
O propósito dessa reflexão nasce de uma preocupação com a prática de leitura em nossas escolas, sobretudo no Ensino infantil. Por meio da leitura, a criança se apropria de culturas e saberes historicamente acumulados pelo ser humano, adquirindo informações que a ajudará na construção de seu conhecimento. Entretanto, percebe-se no cotidiano das escolas, que algumas obras literárias são intocáveis pelos alunos da educação infantil, não sendo usadas de forma correta e criativa. É preciso aproximar o aluno da leitura, atribuindo à literatura uma finalidade prazerosa, pois só assim será possível formar leitores para a vida toda.
Diante da importância do gênero referido, o presente artigo tem como objetivo geral, investigar as práticas de leitura do mesmo nas classes de educação infantil e de contribuir para o debate e reflexão acerca da utilização do gênero literário conto de fadas para os processos de Leitura na aquisição do conhecimento, especificamente na educação infantil.
Através da utilização dos contos, crianças aprendem sobre problemas internos dos seres humanos e sobre suas soluções e também é através deles que o legado cultural é informado às crianças, tendo uma grande contribuição para sua educação moral.
A participação em um projeto educativo significativo acerca da literatura infantil configura-se em considerar as necessidades de aprendizagens dos alunos e um meio de ampliar seus variados recursos cognitivos.
A ação de observar e apreender informações são temáticas concernentes ao processo histórico do homem por meio do qual organiza técnicas de aprendizagem e suas metodologias, redimensionando suas diretrizes, tornando-se um elemento de melhoria do nível cultural da população. Identificar subsídios dos contos de fadas na aprendizagem da criança é percebê-los como significativos no processo formativo das crianças. Desde muito pequenas, as crianças em idade escolar são colocadas em contato com o mundo da literatura infantil na escola e em casa, e isso muito colabora em seu processo de aprendizagem.
Os contos de fadas são muito pertinentes à aprendizagem, não só como um gênero literário, mas também como uma obra literária integralmente compreensível para as crianças. Dentro deste parâmetro, a definição e a acepção mais profunda dos contos de fadas serão sempre diferentes para cada indivíduo e distinto para o mesmo sujeito em vários momentos de sua vida.

Literatura infantil e ensino

Desenvolver o interesse e o hábito pela leitura é um processo contínuo, que pode começar muito cedo, em casa, dar continuidade na escola e continua pela vida inteira. Podem-se elencar diversos fatores que influenciam o interesse pela leitura. O primeiro e, pode ser o mais importante, é determinado pela “viagem literária”, que, segundo Bamberguerd (2000, p. 71) a criança encontra em casa. A criança que ouve histórias desde cedo, que tem contato direto com livros e que seja estimulada, terá um desenvolvimento favorável ao seu vocabulário, bem como a prontidão para a leitura.
O gosto pela leitura e a conquista de um pequeno leitor, nasce de uma relação prazerosa com o livro infantil, uma vez que sonho, fantasia e a própria imaginação se misturam e se completam numa realidade exclusiva, propondo ao leitor vivenciar emoções em conformidade com os personagens da história, impregnando, dessa forma, situações da própria realidade.
É muito importante que pais e professores valorizem e incentivem o ato de ler. É comum observarmos crianças da educação infantil que têm exemplos de leitores em casa, pegar um livro e começar a lê-lo sem saber ler. Segundo Lajolo (2002, p. 7): “quanto mais abrangente a concepção de mundo e de vida, mas intensamente se lê, numa espiral quase sem fim, que pode e deve começar na escola, mas não pode (nem costuma) encerrar-se nela”. O incentivo ou estímulo é a peça-chave para formar leitores.
A literatura infantil possibilita à criança um desenvolvimento emocional, social e cognitivo bastante significativo e eficaz. Os contos de fadas podem ser decisivos para a formação da criança em relação a si mesma e ao mundo que a cerca.
Partindo do pressuposto de que a literatura infantil, através do conto de fadas, é um elemento para a inspiração criadora e questionadora, percebe-se que em muitos momentos ela não é explorada adequadamente como deveria nas escolas. Este fator decorre na maioria das vezes pela falta e/ou pouca informação e criatividade dos educadores.
As estratégias de abordagem ao gênero literário contos de fada, geralmente, não se apresentam diversificadas. Necessário se faz analisar a importância da leitura para o ensino–aprendizagem a partir de uma diversidade textual, enquanto ferramenta para a produção do conhecimento. A literatura infantil é um instrumento de grande importância na construção do conhecimento do educando, quando utilizada de maneira adequada, fazendo com que ele desperte para o mundo da leitura como uma atividade prazerosa através das histórias, pois uma história traz consigo inúmeras possibilidades de aprendizagem. Entre elas estão os valores apontados no texto, os quais poderão ser objeto de diálogo com as crianças possibilitando a troca de opiniões e o desenvolvimento de sua capacidade de expressão.
É notório que os contos de fadas podem proporcionar uma infância permeada pelo encantamento. É um processo que de fato impressiona e estimula os sentimentos. O contato com as histórias infantis oportuniza as crianças a ampliar, transformar e enriquecer sua própria experiência de vida, visto que ouvir e ler histórias permite entrar num mundo curioso, carregado de surpresas, que diverte e ensina.
Os contos de fadas abrem caminho para que a criança aprenda ouvindo a partir de um mundo repleto de imaginação, sonhos e fantasias. Além de encantar a todos os envolvidos no processo da aprendizagem e da aquisição do conhecimento, os contos de fadas são historicamente empregados e de grande relevância no desenvolvimento intelectual na educação infantil. Os contos de fadas são um gênero prodigioso e fascinante que além de valorizar o mundo infantil, atua como um amplo subsídio na resolução de conflitos internos e externos.
Os contos de fadas são enriquecedores e satisfatórios, capazes de mostrar os problemas interiores dos seres humanos, bem como soluções para cada sociedade. A magia dos contos ajuda a formar personalidade, sobretudo na educação infantil, idade na fase da formação da aprendizagem elaborada.
Certamente quando criança, alguém contava alguns contos. Era deveras fantástico. A imaginação ia além da história como, por exemplo, o medo de algum personagem ou o que aconteceria no final. Certamente essas sensações se transformaram em lembranças encantadoras. Por tudo isso, salienta-se a importância dos contos de fadas no desenvolvimento da educação infantil para a contribuição no desempenho dos processos da leitura e da fomentação de bons leitores.
A literatura infantil leva a criança a se apropriar de culturas e saberes historicamente acumulados pelo homem, adquirindo informações que a ajudarão na construção de seu conhecimento.

Vários são os elementos que propiciam o fascínio que a literatura infantil, em especial os contos de fadas exercem sobre as crianças. Importa aqui esclarecer de que maneira a imaginação da criança está sendo estendida; a saber, como um espaço de liberdade e uma espécie de decolagem em direção ao possível quer realizável ou não (PIRES, 2000).

O fascínio que a literatura, em especial os contos de fadas exercem sobre a criança é uma porta aberta para o gosto pela leitura e para o despertar de um leitor ativo.
Ao longo da sua história, o homem é diariamente seduzido pelas narrativas que, de forma simbólica ou realista descrevem/narram a vida a ser vivida ou a própria condição do ser humano, seja relacionada aos deuses, ou restringida aos próprios homens. Dessa maneira, é possível entender que desde o princípio dos tempos os contos de fadas encantam e enlevam os indivíduos. Pires (2000, p. 19) diz que:

o conto de fadas é orientado para o futuro e conduz a criança – em termos que ela pode entender tanto na sua mente consciente quanto na inconsciente – a abandonar seus desejos de dependência infantil e a alcançar uma existência independente mais satisfatória.

O gênero conto de fadas e sua aplicação na sala de aula para o bom desenvolvimento da leitura

Faz-se necessário que o educador torne a leitura dos contos de fadas prazerosa e não apenas de forma mecanizada e cumprimento de obrigação. É preciso despertar o gosto pela leitura e escuta. Escutar contos é o início de uma aprendizagem significativa no sentido de se tornar bons leitores, a partir de descobertas de caminhos infinitos no mundo da imaginação em consonância com a realidade.
A criança ao ouvir um conto na sala de aula, é levada a um mundo de imaginação, mágico, habitado por seres incríveis que chama atenção da própria criança. Partindo desse pressuposto, o uso desse gênero, possibilita uma ponte para o processo de ensino e aprendizagem, o conhecimento, a recreação, informação e interação necessárias ao ato de ler com prazer.
As histórias, principalmente os contos de fadas, são uma maneira de a criança aprender brincando, em um mundo de imaginação, sonhos e fantasias. Além de encantar a criança, os contos são de suma importância no desenvolvimento processuais de aprendizagem, no qual a criança está inserida.
Os contos de fadas na sala de aula ajudam a criança a desenvolver seu intelecto, sua realidade, vocabulário e inúmeras outras competências. O trabalho realizado com o auxílio dos contos de fadas no processo educacional pode ser infinitamente rico e significativo em todas as séries, porque permite o intercâmbio entre o professor e o aluno, bem como, a interação entre os estudantes no momento da contação de história.
É aqui que os contos de fadas têm um valor inigualável, conquanto oferecem novas dimensões à imaginação da criança que ela não poderia descobrir verdadeiramente por si só. Ajuda mais importante: a forma e estrutura dos contos de fadas sugerem imagens à criança com as quais ela pode estruturar seus devaneios e com eles dar melhor direção à sua vida (Bettelheim, 2002, p. 16).
De acordo com Bettelheim (2002), os contos de fadas ao longo dos tempos deixaram de ser percebidos como fantasias, para serem notados como portas que se abrem para veracidades humanas ocultas. É através desse ponto de vista que os contos de fadas vêm sendo redescobertos como verdadeiras fontes de conhecimento do homem e de seu lugar no mundo. Para o referido autor, a partir dos conteúdos dos mitos, e/ou dos contos, os estudantes formulam os conceitos de procedências e finalidades do mundo e de seus padrões sociais.
Através da linguagem simbólica, a literatura pode influenciar na formação da criança, que passa a conhecer o mundo em que vive de maneira a compreender o bem e o mal, o certo e o errado, o belo e o feio, o amor e a raiva, a dor e o alívio, dentre outros. Por isso, aos poucos, a criança compreende o mundo adulto do qual faz parte.
A literatura infantil cumpre a responsabilidade de entreter e divertir e, principalmente, formar na criança uma consciência de mundo. A leitura é uma forma de recreação muito importante para a criança, principalmente, para o seu desenvolvimento intelectual, psicológico e afetivo. Esta desempenha papel fundamental na vida da criança, pela riqueza de motivações, sugestões e de recursos que oferece ao seu desenvolvimento. A leitura infantil é um dos fatores para que a criança consiga buscar a sua realização, fazendo com que as novas gerações criem uma responsabilidade quanto a mudanças de seus hábitos, de maneira a que o hábito da leitura seja realizado desde os primeiros anos de idade, contribuindo em sua formação sob todos os aspectos.
Concomitantemente, os livros podem contar histórias que falam do dia a dia da criança ou de hábitos e situações, fazendo com que a criança passe a se identificar pouco a pouco. Falam também de sentimentos como amor, carinho, proteção, cuidado, inveja, raiva, ciúmes, medo, entre outros, ajudando a criança a compreender melhor as coisas que sente.
O incentivo à leitura da literatura vem, assim, qualificar a ação pedagógica e ampliar os horizontes do mundo escolar no que tange ao trabalho emancipatório com o livro literário, de maneira a formar alunos-leitores e, consequentemente, auxiliá-los no desenvolvimento das habilidades de fala e escrita, na formação de opiniões, na formação de sua identidade, na compreensão do mundo que os cerca e na expansão de seus horizontes de expectativa.
Como profissionais da educação, quando se pensa numa sala de aula, devem-se buscar logo as soluções que sejam mais interessantes e viáveis para que os alunos tenham interesse e participação quanto aos conteúdos abordados.
O conceito básico de leitura, nesse contexto, passa ser então a “produção de sentido”. Essa produção de sentido, por conseguinte, é determinada pelas condições socioculturais do leitor, com os seus objetivos, seus conhecimentos de mundo e de língua que lhe possibilitarão a leitura. Por isso, é importante que o educador crie espaços para pesquisas, discussões em grupo, montagem de painéis referente aos temas, maquetes, enfim, tudo aquilo que se tornar centro de interesse dos alunos.
É importante frisar que as crianças se desenvolvem em situações de interação social, nas quais conflitos e negociação de sentimentos, ideias e soluções são elementos indispensáveis (BRASIL, 1998, p. 31).
Não existe uma técnica certa para a leitura de livros para as crianças. O educador apenas precisa ter disposição para dar mais esta atenção a elas. Cada um descobre a sua própria maneira de explorar melhor a hora da leitura. Aos poucos, a criança vai perceber que também se beneficia do que vêm escutando. É muito importante que o professor escolha livros que também a encante, só assim levará entusiasmo para a criança.
Faz-se mister que as escolas revejam as condições restritas impostas ao ensino da leitura. Entretanto, mudar as condições de produção da leitura na escola não significa apenas alterar os instrumentos de codificação e decodificação; Vai além:

“(...) o ato de ler não se esgota da decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita, mas que se antecipa e se alonga na inteligência do mundo”. A leitura do mundo precede a leitura da palavra (...) linguagem e realidade se prendem dinamicamente (FREIRE, 1997, p. 11, grifo do autor).

A leitura infantil é um dos fatores básicos para a criança buscar a sua realização como pessoa humana, incumbindo às novas gerações uma grande responsabilidade quanto à mudança de concepção ideológica, de maneira a que o hábito da leitura seja propugnado desde a mais tenra idade, contribuindo em sua formação sob todos os aspectos.
A importância elementar da literatura é permitir a evolução e a formação da personalidade do futuro adulto, pois a literatura infantil foi redescoberta para servir e enriquecer as bases das experiências sociais e culturais, fundamentais ao desenvolvimento da criança. Sendo assim, a literatura foi criada com objetivo de valorizar a fantasia do maravilhoso e da magia.
As histórias com crianças são bastante importantes no desenvolvimento das mesmas, principalmente no início da aprendizagem, como afirma Abramovich (1997, p. 16): “Ah, como é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas, muitas histórias”.

Conto de fadas e letramento

Desde os períodos mais antigos, os contos de fadas exercem um grande fascínio no público infantil. São histórias que aguçam a imaginação e nos despertam para mundos extraordinários. Além do interesse pela leitura no processo escolar, auxiliam na formação da personalidade, pois a cada personagem apresentado surge a capacidade de se identificar e discernir entre o real e o imaginário.
Entende-se que os contos de fadas oferecem para a criança elementos para compreensão da realidade, bem como na sua formação psíquica, auxiliando-a na resolução de seus conflitos internos, contribuindo no desenvolvimento da imaginação, no emocional e ajudando-a no sentido de tornar-se mais sensível, esperançosa, otimista e confiante na vida.
De maneira simbólica e prazerosa, os contos reproduzem as dificuldades, os complexos das crianças, de maneira que é possível elas se projetarem nessas narrativas, fortalecendo e solucionando suas experiências internas; além de contribuir para o exercício da imaginação, os contos exercem um grande fascínio nas crianças, são caminhos de descoberta e compreensão do mundo.
Segundo Bettelheim (2002), os contos de fadas atuam de maneira consoante ao caminho pelo qual uma criança pensa e experimenta o mundo, por esta razão são tão convincentes para elas. Os mesmos contribuem muito na formação da personalidade, ajudando-as a entenderem um pouco melhor o contexto no qual está inserida.
Assim, a leitura dos contos de fadas se faz importante na formação da personalidade da criança, pois através deles poderão formar-se e informar-se sobre a vida e os ambientes que as cercam.
É importante a leitura deste tipo de gênero na educação das crianças, sobretudo por exercer um grande fascínio, contribuindo não só pelo gosto à leitura, mas ajudando-as a entender um pouco melhor sobre o mundo que as cercam. Faz-se necessário ressaltar que os contos de fadas no processo de letramento contribuem muito na formação da personalidade, ajudando as crianças a pensar e a experimentar o mundo facilitando sua compreensão, colaborando assim, para resolução de conflitos, valores, bem como um entendimento da sua realidade.
Os contos de fadas no contexto de letramento e numa visão de mundo mais significativos partem de um problema vinculado à realidade que de início desequilibra a tranquilidade, mas, que desperta na criança a ideia de que ela não pode viver indefinidamente no mundo da fantasia, sendo necessário assumir o real, no momento certo. Portanto, os contos são utilizados, sobretudo pelo público infantil para conseguir lidar com problemas reais, enfrentando-os com a coragem de um adulto e com a inocência de uma criança. Os contos de fadas ajudam a criança a elaborar e a construir sua identidade na perspectiva de uma visão de mundo significativa e abrangente.
Em razão da aprendizagem, os contos contribuem para a formação da personalidade, para o equilíbrio emocional e afetivo das crianças, pois através de suas personalidades boas e más, dos obstáculos que estas enfrentam e os desfechos que nem sempre são felizes, as mesmas começam a perceber o mundo em que estão inseridas e todas as dores e prazeres contidos nele.
Além disso, os contos são utilizados com uma finalidade pedagógica, buscando trazer a criança à realidade concreta e racional. Os contos de fadas desenvolvem a capacidade de fantasia e imaginação infantil, proporcionando situações reais e contribuindo com o desenvolvimento cognitivo da criança.
Desta forma, os contos devem estar presentes na vida da criança desde muito cedo, auxiliando-a na elaboração dos seus conflitos e emocionais.
A literatura estimula a imaginação, abre novos horizontes para as crianças, transmite valores culturais, permite saber sobre o presente e também experiências e fatos do passado, sendo que a mesma propõe fantasia e distração pois, de acordo com a evolução psicológica da criança são consideradas algumas fases e, nesta fase, predomina a fantasia.
Percebe-se o quanto é importante o papel mediador do professor, pois será de sua responsabilidade proporcionar aos alunos espaços adequados de leitura, transformando estes espaços em situações prazerosas de aprendizagem.

Considerações finais

Partindo dos pressupostos teóricos estudados para essa pesquisa, conclui-se que os contos de fadas proporcionam à criança um desenvolvimento emocional, social e cognitivo bastante significativo. Ampliar o interesse e o hábito pela leitura constitui-se em ser um processo constante, que se principia no lar e, posteriormente, aprimora-se na escola e prossegue pela vida inteira.
Há muitos fatores que influenciam na construção do conhecimento do educando, um dos mais importantes fatores para o desenvolvimento do interesse da criança pela leitura é determinado pela atmosfera literária. Ao ouvir histórias desde cedo, estar em contato direto com livros, a criança se sentirá estimulada e certamente obterá um desenvolvimento favorável de seu vocabulário, bem como a prontidão para a leitura.
Os contos de fadas, utilizados de maneira adequada, embasam-se como um instrumento de suma importância na construção do conhecimento do educando, fazendo com que ele desperte para o mundo da leitura não unicamente como um ato de aprendizagem significativa, mas também como uma atividade prazerosa.
Por meio da utilização dos contos, os educandos aprendem sobre problemas internos dos seres humanos e sobre suas soluções e também é através deles que o legado cultural é informado às crianças, tendo uma grande contribuição para sua educação moral. Os contos de fadas podem ser decisivos para a formação da criança em relação a si mesma e ao mundo em sua volta. A forma de julgamento que divide as personagens em boas ou más, belas e feias, fortes ou fracas, faz com que as crianças entendam alguns valores e condutas humanas para o convívio em sociedade.
É através da leitura diária dos contos de fadas que a criança irá absorver a perspectiva formativa dos contos e receber os valores morais e éticos da vida em sociedade.

Referências

ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil: Gostosuras e Bobices. 5 ed. São Paulo: Scipione, 1997.

BAMBERGUERD, Richard. Como incentivar o hábito da leitura. 7. Ed. São Paulo: Ática, 2000.

BETTELHEIM, Bruno. A Psicanálise dos Contos de Fadas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.

BRASIL. Secretaria de Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: PCNS, Referencial Curricular para educação infantil / Secretaria de educação. – Brasília: MEC/SEF, 1998.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. Em três artigos que se completam. 27 ed. São Paulo: Cortez. Autores Associados, 1997.

GÓES, Lúcia Pimenta. Introdução a Literatura Infantil e Juvenil. 2 ed. São Paulo: Pioneira, 1991.

LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. 6 ed. São Paulo: Ática, 2002.

PIRES, Dilea Helena de Oliveira. Livro... eterno livro.... Revista Releitura, Belo Horizonte, MG, v. 14, p. 2-3, 2000.

Resumo: A importância de oferecer às crianças contos com diferentes modelos, de forma contextualizada nos processos de leitura e escrita é bastante peculiar e necessário. Contar e ouvir estórias são atividades mais antigas do homem e desenvolve o prazer pela leitura a partir da imaginação. Pessoas de todas as condições socioculturais têm prazer de ouvir e contar estórias. O presente artigo possibilita ao leitor a compreender a importância do estímulo do gosto e o prazer pelos contos de fadas em nossas crianças, uma vez que eles permitem que elas se acostumem com os conflitos que vivenciam.

Palavras-chave: Estórias; Leitura; Escrita; Contos de Fadas.

Abstract: The importance of offering children stories with different models, contextualized in the processes of reading and writing is quite peculiar and necessary. Telling and listening to stories are man's oldest activities and develops pleasure by reading from the imagination. People of all sociocultural conditions are pleased to hear and tell stories. This article enables the reader to understand the importance of stimulating taste and pleasure for fairy tales in our children as they allow them to become accustomed to the conflicts they experience.

Keywords: Stories; Reading; Writing; Fairy tales.

  • 1 Mestre em Letras pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB; Especialista em Gestão Escolar pela Universidade Federal da Bahia – UFBA; Atualmente é Coordenador Técnico Pedagógico na Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Itiruçu/BA.

  • 2 Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN; Professora adjunta da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia -UESB.