"100 coisas e histórias" de um mesmo mundo: a homogeneização da representação, em Fernando Bonassi

Autores

DOI:

https://doi.org/10.55702/3m.v25i46.39339

Palavras-chave:

literatura contemporânea, homogeneização narrativa, Fernando Bonassi.

Resumo

Este artigo busca refletir sobre a representação das obras 100 histórias colhidas na rua (1996) e 100 coisas (2001), de Fernando Bonassi, a fim de evidenciar a homogeneização do processo narrativo que reitera a imagem de um mundo alienado, desiludido e sem qualquer possibilidade de transformação. O estudo parte dos efeitos da ironia, do choque e da elaboração minimalista da violência para demonstrar como esses elementos pouco sugerem a reflexão e neutralizam qualquer tentativa de atribuir um caráter contestatório à produção literária contemporânea nacional, cuja temática sempre se volta para a degradação e para a tragicidade humana.

Biografia do Autor

Bárbara Del Rio Araújo, UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais CEFET-MG - Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

Titulação da autora: Bárbara Del Rio Araújo é doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da Universidade Federal de Minas Gerais (POSLIT-UFMG). Mestre e Graduada pela mesma universidade, suas pesquisas e interesses se concentram, sobretudo na área de Literatura Brasileira, especificamente sobre temas como construção estética, forma literária, literatura e sociedade, entre outros.

 

Atuação profissional: É professora efetiva de Literatura no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG). Nessa instituição, orientou trabalhos de iniciação científica fomentados pela FAPEMIG.

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Publicado

2021-05-31