Nas mais diversas culturas, a mística ocupa um lugar estranho e essencial (para usar adjetivos de Michel de Certeau): ela está no centro de diferentes religiões, e no entanto ameaça enrijecimentos doutrinais; foi parte integrante da mentalidade antiga e medieval, e no entanto antecipou a subjetividade moderna. No conflito entre fé e razão, tradição e modernidade, doutrina e esclarecimento, racionalidade e irracionalidade, otimismo e niilismo, metafísica e crítica, as diferentes manifestações da mística dentro e fora do Ocidente não permitem caracterizações fáceis e exigem considerar a sua irredutível complexidade. Seus êxtases, exercícios de desprendimento e formulações especulativas da negatividade ontológica deixaram marcas profundas na literatura e teoria moderna. Por isso, abre-se a possibilidade de explorar as relações entre mística, filosofia, teoria literária, literatura moderna, bem como cinema e outras mídias, com vistas a esclarecer algo dos enigmas nos quais a modernidade esconde suas origens nada modernas.
Organização: Eduardo Guerreiro B. Losso
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Sumário
Artigos
Eduardo Guerreiro Brito LOSSO |
13-20
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Elisa Duque Neves dos Santos, Adalberto Müller Jr. |
22-49
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Cleide Maria de Oliveira |
53-81
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Faustino Teixeira |
85-105
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Roy David Frankel, Gustavo Bernardo Krause |
109-137
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Sandra Luna, Klara Schenkel |
140-168
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Suzi Frankl Sperber |
173-203
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Teresinha V. Zimbrão da Silva |
207-218
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Christoph Türcke |
221-227
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Claudio Willer |
228-259
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