v. 19, n. 31 (2015)

Dossiê: A mística na literatura moderna

Nas mais diversas culturas, a mística ocupa um lugar estranho e essencial (para usar adjetivos de Michel de Certeau): ela está no centro de diferentes religiões, e no entanto ameaça enrijecimentos doutrinais; foi parte integrante da mentalidade antiga e medieval, e no entanto antecipou a subjetividade moderna. No conflito entre fé e razão, tradição e modernidade, doutrina e esclarecimento, racionalidade e irracionalidade, otimismo e niilismo, metafísica e crítica, as diferentes manifestações da mística dentro e fora do Ocidente não permitem caracterizações fáceis e exigem considerar a sua irredutível complexidade. Seus êxtases, exercícios de desprendimento e formulações especulativas da negatividade ontológica deixaram marcas profundas na literatura e teoria moderna. Por isso, abre-se a possibilidade de explorar as relações entre mística, filosofia, teoria literária, literatura moderna, bem como cinema e outras mídias, com vistas a esclarecer algo dos enigmas nos quais a modernidade esconde suas origens nada modernas.

Organização: Eduardo Guerreiro B. Losso

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Sumário

Artigos

Eduardo Guerreiro Brito LOSSO
13-20
Elisa Duque Neves dos Santos, Adalberto Müller Jr.
22-49
Cleide Maria de Oliveira
53-81
Faustino Teixeira
85-105
Roy David Frankel, Gustavo Bernardo Krause
109-137
Sandra Luna, Klara Schenkel
140-168
Suzi Frankl Sperber
173-203
Teresinha V. Zimbrão da Silva
207-218
Christoph Türcke
221-227
Claudio Willer
228-259