CLASTRES: o Mal radical e a Terra sem mal

Autores

  • Olgária Matos Professora do Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.59488/tragica.v9i2.26768

Palavras-chave:

Nietzsche, Spinoza, Trágico

Resumo

Para Pierre Clastres, a linguagem do ocidente reduz e limita todas as coisas a sua medida, a medida da identidade e da nãocontradição. O monismo centralizador, que marca a história do pensamento ocidental, constitui na supressão do heterogêneo e das diferenças. A partir do estudo das sociedades indígenas, sociedades sem Estado, Clastres deseja pensar a busca de uma linguagem que não queira dizer o Um, linguagem instituidora da sociedade na medida em que pensa ao mesmo tempo o Um e o outro, juntos. Tal é a busca da Terra sem mal, terra da verdadeira linguagem, distante da linguagem enganosa da identidade unificadora, pois nada do que existe pode ser dito segundo o Um.

For Pierre Clastres, Western language reduces and limits all things to its measure, the measure of identity and of noncontradiction. The centralizing monism which marks the history of Western thought is constituted by the suppression of the heterogeneous and of differences. Using the studies of indigenous, stateless societies, Clastres wanted to reflect about the search for a language which refuses to say the One, a language which founds society in so far as it thinks the One and the other together. Such is the quest for the Land-without-evil, the land of true language, far from the misleading language of unifying identity, for nothing that exists can be talked about according to the One.

Biografia do Autor

Olgária Matos, Professora do Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Dra. em Filosofia

Downloads

Publicado

2019-07-16