A fisiologia da estética em Nietzsche: da Genealogia à Vontade de Potência

Autores

  • Vitor Leandro Kaizer UNISINOS

DOI:

https://doi.org/10.59488/tragica.v13i1.28888

Palavras-chave:

Nietzsche, Arte, Estética, Fisiologia.

Resumo

O objetivo deste artigo é ampliar e discutir o problema da fisiologia da estética proposto por Nietzsche em Genealogia da moral (1887), no qual levanta a necessidade de retornar ao tema em suas obras seguintes. Realizou-se, por tanto, a leitura transversal desta temática, partindo-se de sua primeira exposição em Genealogia da moral e passando pelas obras subsequentes, isto é: Crepúsculo dos ídolos (1888), O caso Wagner (1888), Nietzsche contra Wagner (1888), Ecce homo (1888) e, inclusive, Vontade de potência (1901). Deste modo, chegou-se ao entendimento de que a perspectiva nietzschiana distingue-se radicalmente do pensamento estético abstrato-racional – como, por exemplo, ocorre em Kant e Schopenhauer –; pois Nietzsche analisa a arte, a criação artística e a contemplação estética não a partir da ótica do espectador, mas do artista, ou seja: do âmbito fisiológico da arte.

Biografia do Autor

Vitor Leandro Kaizer, UNISINOS

Licenciado em Música pelo Instituto Superior de Educação Ivoti (ISEI) e Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), campus de São Leopoldo; bolsista do PROSUC/CAPES. São Leopoldo, RS, Brasil.

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Publicado

2020-05-12

Edição

Seção

Artigos