Um modelo para a mudança em Heráclito
DOI:
https://doi.org/10.25187/codex.v2i2.2814Palavras-chave:
Heráclito, mudança, opostos, união, ontologiaResumo
Da união representada em B60 por um mesmo caminho que vai para cima e para baixo retira-se um modelo para a mudança em Heráclito. Seus componentes seriam dois opostos, A e B, e um mesmo substrato que os une, AB ou BA. Tratar-se-ia portanto de uma mudança recíproca (de A para B e de B para A) que serviria de prova para a união dos opostos (A e B). As condições para seu funcionamento dependem da interação entre seus componentes. A união no substrato é condição de existência para os opostos. No entanto ela não pode unificá-los em um todo homogêneo pois impossibilitaria a mudança da qual depende. A aplicação desse modelo aos casos particulares apresentados em outros fragmentos permite compreender melhor a interação entre os tipos de mudança, sucessiva ou simultânea, e os tipos de opostos, com existência real ou aparente.
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