Ο que cabe aos deuses ctônicos
reparação na Alceste de Eurípides
DOI:
https://doi.org/10.25187/codex.v13i1.69224Palavras-chave:
Alceste, Eurípides, timḗ, xenía, deuses ctônicos, morteResumo
A tragédia Alceste, de Eurípides, é permeada de trocas inseridas no âmbito da kháris, prevista na relação de xenía estabelecida entre os personagens da peça. O presente de Apolo a Admeto – a possibilidade de escapar da morte –, que move toda a ação, é dado em retribuição ao fato de Admeto ser um excelente anfitrião e bem receber Apolo em seu palácio. O mesmo vale para a devolução de Alceste a Admeto, no Êxodo, outro presente ofertado ao rei por um hóspede, dessa vez Héracles, grato pela excelente acolhida recebida. Ao transpor essa relação de presentes e retribuição para a esfera divina, contudo, nos deparamos com uma questão premente: e quanto à manutenção das prerrogativas de Tânatos, o deus da morte? Como lidar com o fato de que Alceste, que lhe era devida em reparação a Admeto ter escapado, ao fim também lhe ser roubada? Nesse sentido, o artigo tem como objetivo analisar a dinâmica das esferas divinas e mortais em Alceste, em especial o discurso do deus Tânatos em defesa de sua timḗ.
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