Índice de pobreza multidimensional (IPM) no Mercosul: um método sine qua non para a integração social

Autores

Palavras-chave:

Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), integração social, Mercosul, métodos, políticas sociais.

Resumo

O trabalho tem como objetivo propor reflexões teóricas e críticas sobre quais são os métodos utilizados atualmente para mensurar a pobreza nos países do Mercado Comum do Sul (Mercosul). Para isso, realizamos uma análise bibliográfica sobre as abordagens de pobreza, principalmente a pobreza absoluta, a relativa e a multidimensional, assim como apresentamos os métodos utilizados no bloco, que em sua maioria são métodos que consideram apenas a dimensão monetária da pobreza. Por isso, a fim de transformar essa concepção unidimensional, aplicamos o IPM e o mesmo nos revelou pobrezas que atualmente são invisíveis tanto para os institutos nacionais de estatísticas como para os governos do bloco. Entendemos que é indispensável a aplicação e a criação de um índice de pobreza multidimensional (IPM) comum no Mercosul, pois o índice contribui para o fortalecimento da integração social e para a elaboração de políticas sociais mais fidedignas à realidade.

Biografia do Autor

Leticia Diniz Nogueira, Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)

Mestra em Integração Contemporânea no Programa de Pós-Graduação em Integração Contemporânea da América Latina (PPG-ICAL) da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA). Graduação em Relações Internacionais pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Pesquisadora na área de Economia Política Internacional, América Latina, Direitos Humanos e Relações Internacionais. Realizou intercâmbio acadêmico em Planejamento e Desenvolvimento Regional pela Universidad Autonoma del Estado de Hidalgo (UAEH- México).

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Publicado

2021-07-09

Edição

Seção

Artigos