MacroEconomia Ecológica: a escala necessária da Economia Brasileira
DOI:
https://doi.org/10.51861/ded.dmlvtss.3.621Palavras-chave:
economia ecológica, macroeconomia ecológica, crescimento econômico, subsistema socioeconômico.Resumo
O desenvolvimento sustentável tem sido condicionado ao crescimento econômico, leia-se aumento do Produto Interno Bruto (PIB). Em razão dos limites impostos pelo subsistema natural, a resolução dos problemas socioambientais não pode ser condicionada ao crescimento do PIB. As mudanças climáticas são evidências de que a sociedade tenha ultrapassado a capacidade de suporte do ecossistema global. Contudo, a discussão sobre os limites do crescimento tem sido restrita aos países desenvolvidos. Neste contexto, o objetivo principal deste trabalho é apresentar alguns elementos que possam reforçar a hipótese de que países em desenvolvimento também deveriam adotar políticas para reduzir o ritmo de crescimento. A análise foi realizada para o Brasil, a partir da perspectiva da escala econômica necessária. Os resultados sugerem que a sociedade brasileira talvez já possa pensar em uma sociedade pós-crescimento, porque o PIB seria mais do que suficiente para oferecer um elevado grau de bem-estar.Downloads
Referências
AALST, M. VAN et al. Climate Change 2014: Impacts, Adaptation, and Vulnerability. Assessment Report 5, 2014.
ALÉM, A. C. D. DE. Macroeconomia: Teoria e prática no Brasil. 2a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.
ANA. Indicadores de Qualidade da Água. Disponível em: <https://bit.ly/2VjXxW0>. Acesso em: 20 abr. 2019.
ANDRADE, D. C. Economia e meio ambiente: aspectos teóricos e metodológicos nas visões neoclássica e da economia ecológica. Leituras de Economia Política, Campinas, n. 14, p. 1–31, 2008.
ANDRADE, D. C.; GARCIA, J. R. Estimating the Genuine Progress Indicator (GPI) for Brazil from 1970 to 2010. Ecological Economics, v. 118, 2015.
ANDRADE, D. C.; ROMEIRO, A. R.; MENDONÇA, T. G. DE. Tendências do metabolismo da economia brasileira: uma análise preliminar à luz da Economia Ecológica. Revista Iberoamericana de Economia Ecológica, v. 28, n. 1, p. 66–86, 2018.
ANDRADE, D. C.; ROMEIRO, A. R.; SIMÕES, M. S. From an empty to a full world: a nova natureza da escassez e suas implicações. Economia e Sociedade, v. 21, n. 3, p. 695–722, dez. 2012.
ANDRADE, D. C.; VALE, P. M. “Fronteiras planetárias” e limites ao crescimento: algumas implicações de política econômica. Revista Iberoamericana de Economía Ecológica, v. 22, p. 69–84, 2014.
ATLAS BRASIL. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Disponível em: <http://atlasbrasil.org.br/2013/>. Acesso em: 3 mar. 2018.
BAUM, S. D.; HANDOH, I. C. Integrating the planetary boundaries and global catastrophic risk paradigms. Ecological Economics, v. 107, p. 13–21, 2014.
BID. Informe de Sostenibilidad 2018. New York, NY: [s.n.].
BRASIL. Decreto Lei no 399, de 30 de abril de 1938. . 1938, p. 399.
BUSATO, M. I. et al. (EDS.). Escolas da Macroeconomia. 1a ed. Rio de Janeiro: Conselho Regional de Economia 1a Região/RJ – Corecon-RJ, 2015.
CAVALCANTI, C. Concepções da economia ecológica: suas relações com a economia dominante e a economia ambiental. Estudos Avançados, v. 24, n. 68, p. 53–67, 2010.
CECHIN, A.; VEIGA, J. E. DA. O fundamento central da Economia Ecológica. Economia do meio ambiente: teoria e prática, n. Janeiro 2009, p. 33–48, 2010.
CMMAD. Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nosso futuro comum. [s.l: s.n.].
COSTANZA, R. What is ecological economics? Ecological Economics, 1989.
COSTANZA, R. et al. Modelling and measuring sustainable wellbeing in connection with the UN Sustainable Development Goals. Ecological Economics, v. 130, p. 350–355, out. 2016.
DALY, H. Ecological Economics: The Concept of Scale and its Relation to Allocation, Distribution, and Uneconomic Growth. CANSEE – Canadian Society for Ecological Economics. Anais...Jasper: CANSEE – Canadian Society for Ecological Economics, 2003.
DALY, H. From a Failed-Growth Economy to a Steady-State Economy. Solutions, v. 1, n. 2, p. 37–43, 2010.
DALY, H. E. Steady-state economics versus growthmania: A critique of the orthodox conceptions of growth, wants, scarcity, and efficiency. Policy Sciences, 1974.
DALY, H. E. Toward some operational principles of sustainable development. Ecological Economics, v. 2, n. 1, p. 1–6, 1990.
DALY, H. E. From Empty-world Economics to Full-world Economics: Recognizing an Historical Turning Point in Economic Development. Em: DALY, H. E.; GOODLAND, R.; SERAFY, S. EL (Eds.). Population, technology, and lifestyle: the transition to sustainability. 1st. ed. Washington, D.C.: Island Press, 1992. p. 23–37.
DALY, H. E. Economics in a full world. IEEE Engineering Management Review, v. 33, n. 4, p. 21, 2005a.
DALY, H. E. Economics in a full world ,. Sicentific American, v. 293, n. 3, p. 100–107, 2005b.
DALY, H. E. Beyond Growth: The Economics of Sustainable Development. 1st. ed. Boston, MA: Beacon Press, 2006.
DALY, H. E. From uneconomic growth to a steady-state economy / Herman E. Daly. -. [s.l: s.n.].
DALY, H. E. Growthism: its Ecological, Economic and Ethical Limits. Resilience, 2019.
DALY, H. E.; FARLEY, J. C. Ecological economics : principles and applications. [s.l.] Island Press, 2011.
DENIS, H. Historia do pensamento economico/ Henri Denis ; tradução de Antonio Borges Coelho. -. [s.l: s.n.].
DIEESE. Salário mínimo nominal e necessário. Disponível em: <https://bit.ly/2jLdyQh>. Acesso em: 21 abr. 2019.
EASTERLIN, R. A. Will raising the incomes of all increase the happiness of all? Journal of Economic Behavior & Organization, v. 27, n. 1, p. 35–47, 1995.
EASTERLIN, R. A. Diminishing marginal utility of income? Caveat emptor. Social Indicators Research, 2005.
FONT VIVANCO, D. et al. The foundations of the environmental rebound effect and its contribution towards a general framework. Ecological Economics, v. 125, p. 60–69, maio 2016.
FOX, M.-J. V.; ERICKSON, J. D. Genuine Economic Progress in the United States: A Fifty State Study and Comparative Assessment. Ecological Economics, v. 147, p. 29–35, maio 2018.
FREIRE-GONZÁLEZ, J.; FONT VIVANCO, D.; PUIG-VENTOSA, I. Economic structure and energy savings from energy efficiency in households. Ecological Economics, v. 131, p. 12–20, 2017.
GEORGESCU-ROEGEN, N. The Entropy Law and the Economic Process. 1st. ed. Cambridge, MA: Harvard University Press, 1971.
HUNT, E. K. Historia do pensamento economico. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
IBAMA. PMDBBS - Projeto de Monitoramento do Desmatamento dos Biomas Brasileiros por Satélite. Disponível em: <https://bit.ly/2IDDxHG>. Acesso em: 22 abr. 2019.
IBGE. Sistema IBGE de Recuperação Automática - SIDRA. Disponível em: <https://sidra.ibge.gov.br/home/scnt/brasil>. Acesso em: 22 abr. 2019.
IGBP. The Great Acceleration. Disponível em: <https://goo.gl/6Yy3v8>. Acesso em: 21 abr. 2019.
INPE. PRODES - Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite. Disponível em: <https://bit.ly/2pxyiAW>. Acesso em: 22 abr. 2019.
JACKSON, T. Prosperity without growth? The transition to a sustainable economy. 1a ed. [s.l.] Sustainable Development Commission, 2009a.
JACKSON, T. Prosperity without growth: economics for a finite planet. 1a ed. London: Earthscan, 2009b.
JACKSON, T. Prosperity without Growth: Foundations for the Economy of Tomorrow. Second ed. London: Routledge, 2016.
JACKSON, T. The Post-growth Challenge: Secular Stagnation, Inequality and the Limits to Growth. Ecological Economics, v. 156, p. 236–246, 1 fev. 2019.
JEVONS, W. S. A Teoria da economia politica. São Paulo: Nova Cultural, 1996.
KEMP-BENEDICT, E. Investing in a Green Transition. Ecological Economics, v. 153, p. 218–236, 1 nov. 2018.
KENNY, D. C. et al. Australia’s Genuine Progress Indicator Revisited (1962–2013). Ecological Economics, v. 158, p. 1–10, 1 abr. 2019.
KUBISZEWSKI, I. et al. Beyond GDP: Measuring and achieving global genuine progress. Ecological Economics, 2013.
MANKIW, N. G. Introdução à economia. 6a ed. São Paulo: Cengage Learning, 2014.
MANKIW, N. G.; ROMER, D.; WEIL, D. N. A Contribution to the Empirics of Economic Growth. National Bureau of Economic Research Working Paper Series, v. No. 3541, 1990.
MARQUES, L. Capitalismo e Colapso Ambiental. 1a ed. [s.l.] Editora da Unicamp, 2015.
MEADOWS, DH., GOLDSMITH, E. I.; MEADOWS, D. The Limits to Growth, Club of Rome. New York, Universe, 1972.
MMA. Mapeamento do Uso e Cobertura do Cerrado: Projeto TerraClass Cerrado 2013. Brasília-DFMinistério do Meio Ambiente - MMA, , 2015.
MUELLER, C. C. Os economistas e as relações entre o sistema econômico e o meio ambiente. 1a ed. Brasília-DF: Universidade de Brasília: FINATEC, 2007.
OLIVEIRA, W. F. DE; ANDRADE, D. C. Economia Ecológica, capitalismo e crises econômicas. Revista da Sociedade Brasileira de Economia Política, v. 33, n. outubro, p. 73–101, 2012.
PINDYCK, R. S.; RUBINFELD, D. L. Microeconomia. 8a ed. São Paulo: Pearson, 2013.
REZAI, A. et al. Ecological macroeconomics: Introduction and review. Ecological Economics, v. 121, p. 181–185, 2016.
REZAI, A.; STAGL, S. Ecological macroeconomics: Introduction and review. Ecological Economics, v. 121, p. 181–185, 2016.
ROCKSTRÖM, J. et al. Planetary boundaries: Exploring the safe operating space for humanity. Ecology and Society, v. 14, n. 2, 2009a.
ROCKSTRÖM, J. et al. A safe operating space for humanity. Nature, v. 461, n. 7263, p. 472–475, 24 set. 2009b.
ROMEIRO, A. R. Desenvolvimento sustentável: uma perspectiva econômico-ecológica. Estudos Avançados, 2012.
RØPKE, I. The early history of modern ecological economics. Ecological Economics, v. 50, n. 3–4, p. 293–314, 2004.
RØPKE, I. Econ 101—In need of a sustainability transition. Ecological Economics, v. 169, p. 106515, 1 mar. 2020.
SACHS, J. A riqueza de todos: a construção de uma economia sustentável em um planeta superpovoado, poluído e pobre. 1a ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.
SAES, F. A. M. DE; SAES, A. M. História econômica geral. 1a ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
SCHUMPETER, J. A. Historia da análise econômica. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1964.
SEN, A. Desenvolvimento como liberdade. 1a ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
SOSMA. Atlas da Mata Atlântica. Disponível em: <https://bit.ly/2UHSwWZ>. Acesso em: 22 abr. 2019.
STEFFEN, W. et al. The trajectory of the anthropocene: The great acceleration. Anthropocene Review, 2015a.
STEFFEN, W. et al. Planetary boundaries: Guiding human development on a changing planet. Science, v. 347, n. 6223, p. 1259855–1259855, 13 fev. 2015b.
SYROVÁTKA, M. On sustainability interpretations of the Ecological Footprint. Ecological Economics, v. 169, p. 106543, 1 mar. 2020.
TALBERTH, J.; COBB, C.; SLATTERY, N. The Genuine progress indicator 2006: A tool for sustainable developmentRedefining Progress. Oakland: [s.n.].
UN. 17 Objetivos para transformar nosso mundo | ONU Brasil. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/pos2015/>. Acesso em: 6 jun. 2018.
VARIAN, H. R. Microeconomia: uma abordagem moderna. 9a ed. Rio Branco: Elsevier, 2016.
VICTOR, P. A. Managing without growth : slower by design, not disaster. 1a ed. Cheltenham: Edward Elgar Publishing Limited, 2008.
VICTOR, P. A. Managing without growth: slower by design, not disaster. Second ed. Cheltenham: Edward Elgar, 2019a.
VICTOR, P. A. Managing without growth: slower by design, not disaster. Second ed. Cheltenham: Edward Elgar, 2019b.
VICTOR, P. A.; ROSENBLUTH, G. Managing without growth. Ecological Economics, v. 61, n. 2–3, p. 492–504, 1 mar. 2007.
WACKERNAGEL, M. et al. Ecological Footprint. Encyclopedia of Ecology, p. 270–282, 1 jan. 2019.
WHO. WHO | Air pollution. Disponível em: <https://www.who.int/airpollution/en/>. Acesso em: 15 abr. 2019.
WILKINSON, R.; PICKETT, K. E. The spirit level: why equality is better for everyone. Revised ed. London: Penguin Books, 2011.
WORLD BANK. World Bank Open Data. Disponível em: <http://data.worldbank.org/>. Acesso em: 23 ago. 2017.
WORLD COMMISSION ON ENVIRONMENT AND DEVELOPMENT. Our common future. 1a ed. New York: Oxford University Press, 1987.
WWF - WORLD WILD FUND. Living planet report 2016: risk and resilience in a new era. Gland, Switzerland: [s.n.].
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.