Editorial Português.
DOI:
https://doi.org/10.54948/desidades.v0i16.13432Resumo
Desenham-se hoje outros cenários sobre a posição das crianças no mundo. Mudanças
profundas converteram nossa maneira de percebê-las e tratá-las. A visão sobre a infância
como um momento biográfico cujo valor reside justamente na sua superação, ao deixar
para trás qualquer indício do ‘infantil', é considerada anacrônica. Este momento da
existência humana -- a infância -- é valioso, não porque deve ser ultrapassado na busca
de maior ‘maturidade', termo que frequentemente serve para dizer que as crianças
ainda não são o que devem buscar ser, mas porque contradiz a arrogância daqueles
ideais de plenitude humana que se considerava existir na vida adulta. Crianças e adultos
são muito mais semelhantes, do que se imaginava, na fragilidade e incompletude das
suas existências. Ao mesmo tempo, crianças e adultos, em virtude do lugar encarnado
que ocupam no espaço e tempo histórico, diferem quanto ao que podem e querem
transformar em si mesmos, e no mundo ao redor.
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