Controle e medicalização da infância
DOI:
https://doi.org/10.54948/desidades.v0i1.2456Resumo
.Nas sociedades ocidentais, é crescente a translocação para o campo médico de problemas inerentes à vida, com a transformação de questões coletivas, de ordem social e política, em questões individuais, biológicas. Tratar questões sociais como se biológicas iguala o mundo da vida ao mundo da natureza. Isentam-se de responsabilidade todas as instâncias de poder, em cujas entranhas são gerados e perpetuados tais problemas. Essas são algumas das análises trazidas pelas autoras Maria Aparecida Affonso Moysés, Professora Titular de Ciências Médicas, e Cecília Azevedo Lima Collares, Livre-docente da Faculdade de Educação, ambas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Brasil. Para as autoras, a medicalização e seu subseqüente papel de controle e submissão, encontra nas crianças e adolescentes seus alvos preferenciais, onde padronização, normatização e homogeneização, correspondem aos crescentes processos de patologização da vida. Nessa espiral ascendente, apresentam uma série de dados que ajudam no questionamento da atual naturalização diagnóstica, que por meio de seu instrumental, pretende quantificar e qualificar as expressões do viver de crianças.
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