Editorial

Autores

Resumo

Em maio de 2025, completa-se um ano das enchentes que devastaram o estado do Rio Grande do Sul, no Brasil — episódio classificado por autoridades como "a maior catástrofe climática" da história do estado. Foram mais de 184 mortes, cerca de 2,4 milhões de pessoas afetadas, cidades inteiras destruídas, lavouras e animais dizimados.

Estudos indicam que o aquecimento global causado por atividades humanas, somado à ausência de infraestrutura adequada, tornou a tragédia duas vezes mais provável e aumentou sua intensidade entre 6% e 9%.

A gravidade da crise climática e seus impactos não é um tema novo. Há décadas, estudos vêm alertando para suas causas, consequências e possibilidades de mitigação. No entanto, as catástrofes climáticas fazem parecer que antecipamos o “fim do mundo” — o mundo que supomos conhecer, com sua suposta normalidade. A questão é que, enquanto parte da população parece experimentar seus efeitos apenas agora, outras — como os povos originários do Brasil — já convivem há muito tempo com secas, desmatamentos, inundações, fome e a violência estrutural que tais transformações aprofundam.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Juliana Siqueira de Lara, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

.

Referências

BRUM, E. Banzeiro òkòtó: Uma viagem à Amazônia Centro do Mundo. 1a ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.

KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo. 1a ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

Downloads

Publicado

13-06-2025