Pesquisando nas fronteiras: cartografia de circuitos culturais juvenis em Feira de Santana-BA/Brasil
DOI:
https://doi.org/10.54948/desidades.v0i14.9578Resumo
O artigo trata de uma pesquisa-intervenção que tem como foco os circuitos de consumo e
produção cultural juvenil em Feira de Santana-BA. Discute-se a cartografia como dispositivo
teórico-metodológico que privilegia a implicação do pesquisador no território pesquisado.
Acompanhar processos e capturar as expressões artísticas (hip hop, grafite, poesia etc.)
singulares, agenciadas pelos coletivos juvenis, é ir ao encontro de uma narrativa mais horizontal, que considera as intersubjetividades na relação pesquisador-pesquisado. Consideramos as dimensões éticas, estéticas e formativas que atravessam as experiências dos jovens no contexto urbano e em suas margens e o papel político por eles ocupado ao provocarem rupturas com a cultura hegemônica. Ao se apropriarem da cidade por meio de redes criativas e solidárias, sinalizam a busca por direitos e reconhecimento. A pesquisa colaborativa nos convocou a pensar na necessária abertura dos espaços canônicos ao transbordamento da vida e da arte.
Palavras-chave: culturas juvenis, cartografia, pesquisa colaborativa.
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