“Fantasmas existem”: a aparição da música de protesto no pagode baiano

Autores

  • Maycon Silva Lopes

Resumo

Este ensaio busca refletir sobre a fase inicial do grupo musical Fantasmão, e, sobretudo, acerca das inovações discursivas produzidas dentro do gênero conhecido como pagode baiano. Deslocando o corpo negro como objeto erótico através da sua performance de palco sem coreografia (CHAGAS, ANDRADE, LOPES et al., 2009), o grupo problematiza as hierarquizações sociais baseadas na raça. Ao abdicar do discurso e gestuais eróticos, que marcam este gênero musical, o Fantasmão cruza as categorias marginais procedentes da negritude e da pobreza, localizando no gueto uma dimensão de comunidade, que parece ainda mais fortalecida quando trava diálogo com outros gêneros musicais da “cultura negra”, como o rap e o reggae.

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Publicado

2015-07-15

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Artigos