“Todos os Policiais são Bastardos”: reflexões sobre o futebol e a Revolução Egípcia

Autores

  • Layssa Bauer Von Kulitz

Resumo

O ano de 2011 foi testemunha de múltiplas eclosões de protestos e manifestações que tomaram espaço em países do Oriente Médio, posteriormente compilados como um só evento intitulado Primavera Árabe. Neste esquema, o Egito toma um lugar especial e peculiar, tendo demonstrado em seus movimentos revolucionários forte atuação de grupos ultras, que funcionaram algumas vezes como gestores e organizadores das batalhas reivindicatórias da Praça Tahrir Square. Estes ultras egípcios instrumentalizaram suas habilidades de combate, há muito postas em prática no território do Cairo, reivindicando em concordância com o novo esquema nacional de embate revolucionário da “Revolução Egípcia” de 2011. O presente trabalho visa, dentro do escopo da participação dos ultras na “Revolução Egípcia”, discutir o modo com que algumas torcidas organizadas egípcias atuaram na nova dinâmica revolucionária estabelecida em 25 de janeiro de 2011, demonstrando as formas com que o grupo de ultras do al-Ahly canalizaram suas contendas políticas antes e depois da revolução.

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Publicado

2015-07-15

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Artigos