NARCISO, A BUSCA DO EU EM UM ROMANCE DO SÉCULO XII
DOI:
https://doi.org/10.55702/medievalis.v6i2.44289Palavras-chave:
Eu, Indivíduo, Subjetividade, NarcisoResumo
Não é raro ouvirmos falar que, na Idade Média, não havia a noção de indivíduo, definindo-se, cada pessoa, apenas pela sua dimensão coletiva, pelo seu papel no corpo social. Eis que nos deparamos com uma versão do mito de Narciso, num lai narrativo do século XII, escrito em romance por autor anônimo, que nos brinda, pelo contrário, com uma profunda reflexão acerca da busca do eu, do chamamento pelo conhecimento do sujeito singularizado, e que nos leva a perguntar por aquilo que nos une, hoje, a esse homem tão distante no tempo. Ressaltamos que o autor da obra Narciso não se encontra sozinho, havendo, na literatura e na filosofia desse período, outros exemplos de perquiridores pelo sentido da existência e da forma como nos postamos enquanto seres individuais, num mundo de expressões multifacetadas.