Edições anteriores

  • v. 13 n. 2 (2024)

    Este volume da revista apresenta uma análise detalhada e diversificada de temas fundamentais da Idade Média, explorando questões filosóficas, militares, mitológicas, históricas e culturais. 

    Anderson Machado Rodrigues Alves e Luís Carlos Silva de Sousa, no artigo “Educação e Metafísica: o Papel da Separatio de Tomás de Aquino e a Descoberta do Sujeito da Metafísica”, analisam a importância da Separatio em Tomás de Aquino e seu impacto na construção do sujeito da metafísica, ressaltando como esses conceitos ajudaram a transformar o pensamento filosófico medieval.

    Vinicius de Souza e Cruz contribui com dois artigos que discutem a guerra medieval. Em “Flechas contra Armaduras: um estudo da eficácia do arco longo inglês na Guerra dos Cem Anos”, o autor examina o papel fundamental dessa arma no campo de batalha, enquanto em “Sword against Armor: an analysis from the miniatures of the Chronicles of Froissart”, ele explora como as batalhas e armamentos eram representados em Crônicas de Froissart, oferecendo uma nova perspectiva sobre a Guerra dos Cem Anos.

    Márcia Haydée Andrade Gutierrez investiga as relações culturais e a construção do “outro” na Idade Média. Em “As mitologias eslava e escandinava: processos de interação cultural entre regiões ‘irmãs’”, ela explora as influências mútuas entre as mitologias eslava e escandinava, destacando como essas culturas interagiram e se moldaram mutuamente. Em “A barbárie: um estudo do olhar sobre o outro no mundo antigo, medieval e contemporâneo”, a autora analisa o processo de construção do conceito de "bárbaro" nos contextos antigo, medieval e contemporâneo.

    Victor Machado Soares, no artigo “Odin, god of many names and adaptations: a comparative study of the norse deity, from the Eddas and Ynglinga saga to American Gods”, faz uma análise comparativa da figura de Odin, explorando suas representações nas antigas fontes nórdicas e suas adaptações modernas na cultura popular, como na série American Gods. Este estudo ilustra a transformação da mitologia nórdica e seu impacto contínuo na cultura contemporânea.

    Gabriel Felipe da Silva e Douglas Esteves Moutinho, em “A ampliação cinematográfica de O Senhor dos Anéis: análise da adaptação fílmica da obra de J.R.R. Tolkien”, examinam a transição da obra literária de Tolkien para o cinema, discutindo as mudanças narrativas e a forma como o universo da Terra-média foi reinterpretado na adaptação cinematográfica.

    Leonardo Perin Vichi dos Santos Silva em "Antissemitismo, Pandemia e Extermínio: Olhares sobre fontes hebraicas e alemãs do periodo da Peste Negra", analisa fontes medievais em Médio Alto Alemão e em Hebraico Medieval de diferentes origens, abordando a perseguição aos judeus durante a Peste Negra e como a pandemia provocou um acirramento das perseguições às comunidades judaicas europeias. Ainda no mesmo diapasão dos estudos em Medievística Judaica, ele apresenta ainda uma tradução inédita para o Português do mais antigo texto em Íidiche que se tem notícia. Em "Por uma tradução do mais antigo texto em Íidiche: Yousef HaTsadik de 1382", Vichi apresenta um exemplar raro da Literatura Mishnaica do Medievo Asquenazi, desvelando esse texto escrito no século XIV no território do Sacro Império Romano-Germânico e descoberto no século XIX em uma sinagoga no Egito, o que revela as intensas redes de comunicação e de transmissão textual da literatura judaica da Idade Média.

    Tara Foster, no artigo “Clemence of Barking: reformulando a lenda de Santa Catarina de Alexandria”, reinterpreta a lenda de Santa Catarina de Alexandria, particularmente a versão contada por Clemence of Barking. Através de sua análise, a autora propõe uma nova leitura sobre a construção da identidade de Santa Catarina e seu impacto na literatura medieval. Deborah Fritsch, por sua vez, fez a tradução dessa obra, facilitando o acesso ao público de língua portuguesa.

  • v. 4 n. 2 (2015)

    O presente número pretende dar espaço a novos espaços e abordagens dos estudos medievais no Brasil. Se a ampliação da medievística no Brasil tem promovido um acréscimo considerável de novos pesquisadores, alguns recortes espaciais e temáticos permaneceram na periferia ou praticamente negligenciados. Deste modo, pretendemos valorizar o trabalho das novas gerações e abrir espaço para novas formas e searas deste rico campo.
  • v. 1 n. 2 (2012)

    A Revista Medievalis cumpre um importante papel ao dar espaço a produções de discentes e docentes, discutindo as relações entre História e Literatura no período medieval.

    Ambas as disciplinas nos auxiliam a compreender determinado momento através do convívio humano em sociedade, por meio de documentos escritos (históricos, filosóficos e literários) e iconográficos, que auxiliavam a fixar determinadas concepções de mundo no medievo através da memória. Essas produções representam visões de mundo de determinados estratos da sociedade e devem ser reinterpretadas pelos pesquisadores para compreendermos os aspectos daquele período. Os registros escritos foram muitas vezes colocados em diversos suportes, tanto através da prosa quanto da poesia, e conhecidos pela tradição oral.