Do bem comum da Pólis em direção à Cidade de Deus: o conceito de política em Agostinho de Hipona em comparação com Aristóteles
DOI:
https://doi.org/10.55702/medievalis.v7i1.44294Resumo
Na história do pensamento humano, poucos conceitos foram tão debatidos, interpretados, significados e ressignificados quanto o de política. Argumento teórico complexo e produtivo, é objeto de interesse da Filosofia, da Teologia, da Psicologia, dos Estudos Linguísticos, da Sociologia, do Direito e de outras áreas do pensamento. Ao mesmo tempo, é de interesse comum a todos os homens, ainda que eles entendam a política não dentro de uma escola conceitual ligada à determinada área, mas como um senso comum que associa a política do dia a dia e os acontecimentos relacionados aos políticos com cargos ao conceito de política per se. Em nosso texto, buscamos associar dois momentos fundantes da evolução do conceito de política e associá-los de forma a criar um panorama que indique, no período agostiniano, o quando de influência aristotélica ainda poderia ser encontrado. Para tanto, buscamos compreender as primeiras compreensões do termo encontradas em Aristóteles, em seu Política e associá-lo com as impressões de Santo Agostinho em seu Confissões.